capitulo 2

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Não,não fiquei triste com a separação.juro!os dois viviam brigando ,discutindo,dizendo coisas horrorosas um para o outro.eu chorava,eles choravam,batiam porta,gritavam,ficavam o maior climão pesadão lá em casa...A decisão de cada um seguir para um lado foi mais do que acertada.E tomada civilizadamente ,o que eu achei muito legal
     O meu pai voltou para vitória depois de passar três meses de férias no rio aproveitando a familia(entenda-se por familia eu,ele,mamãe,vovó,vovô...não disse que a separação foi civilizada?pois é,meus pais mantiveram a amizade,o que é maravilhoso).ele foi embora na véspera do meu primeiro dia de aula e prometeu me visitar sempre.sabia que não o veria mais com frequência que gostaria,mas optei por ficar com a minha mãe e estava muito feliz perto dela.                        
     Enquanto caminhava à procura da sala de aula,pensava que era chegada a minha hora,a minha,a minha vez de encarar o desconhecido.do alto dos meus 14 anos ,vi minha vida mudar por completo de uma hora pra,e precisava olhar para o futuro de frente,sem medo,sem vergonha,sem constrangimento.porque primeiro dia de aula em colégio novo é ridiculamente difícil.
      Será que iam implicar comigo porque eu tinha morado em vitória?pô,adolescentes implica com tudo,por qualquer motivo-e sem qualquer qualquer motivos também,vamos combinar.será que me deixariam de lado ,sozinha num canto?será que me tachariam de chatinha ?sera que achariam meu nariz muito grande ,minhas canelas muito finas,meu cabelo ressecado,minha voz esganiçada?será que a comida da cantina e boa ??
   Antes de entrar na minha sala ,fiquei na porta observando as pessoas que conversavam animadamente lá dentro. Eram amigos se revendo depois de meses de férias,mostrando fotografias, falando dos presentes que ganharam no natal,todo mundo alegre,todo mundo rindo muito.ninguém com cara de peixe fara d'agua.so eu.
        Entrei e logo tive a nitida sensação de que era invisivel. Ninguém me viu ,ninguém reparou em min,ninguém sequer finjiu ter me visto.desviei dos vários grupinho espalhados pelos lugar e escolhi uma mesa perto da janela. Fiquei ali sozinha por um tempo,com vergonha de me aproximar de algum grupo.finji procurar alguma coisa na minha mochila e tirei tudo lá de dentro. Torcia para que alguma pessoa viesse me dar um oi,um sorriso,qualquer coisa para me tirar daquels aflição de estar completamente sozinha numa sala cheia de gente.
    -Oi,beleza?

Não creio!alguém falou comigo!alguem falou comigo!não posso perde tempo,tenho que ser simpática ,que sorrir mostrando os dentes,preciso me mostra interessada,engrenar um diálogo incrivel!planejei.

  -arrã
     Nossa,nota zero pra min.zero,zerésimo. Eu sou uma anta mesmo.louca para fazer amizade,para não me sentir deslocada,para me sentir alguém no mundo e mandei um "arrã"logo no primeiro contato. Péssima aluna na matéris "relacionamento com gente nova".Em pouco tempo,com certeza,eu viraria"A antipática do arrã".meu apelido em toda a escola seria "arrã"."olha a roupa que a arrã veio hoje","repara só na arrã comendo"."nossa! arrã não sabe escolher perfume ","a letra da arrã e medonha!",eles diriam,às gargalhadas.triste.para piorar meu sofrimento,de "arrã" eu viraria "a rã",de "rã" pra "sapa" seria um pulo e "sapa" seria o fim.o fim!que futuru terrivel me esperava !
   Claro que depois dessa recepção gélida(com direito ao arrã estúpido que me fadaria ao insucesso escolar) seria praticamente impossivel o menino continua puxando assunto.

  

Ela Disse ,ele Disse Onde histórias criam vida. Descubra agora