◀ Dois Lados Seus ▶myg (REVISADO)

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   — Tem certeza que não quer comer com a gente?

   O fim da primeira aula do dia havia chegado ao fim, era perto das cinco da tarde e todos, sem nenhuma exceção, estavam famintos e cansados.

   — Tenho sim, aceito o convite, Taehyung, mas creio que Mariana esteja indisposta para isso.

   — Ela está sempre indisposta?

   — Não, mas darei uma trégua hoje, a forcei a vir até aqui, nada mais justo que irmos para casa.

   — Entendo. – a tristeza e insatisfação era notável no garoto.

   — Desculpa.

   — Tudo bem... Eu entendo perfeitamente como é, tenho um amigo que age do mesmo jeito. Minha sorte ele não ter vindo hoje, caso contrário, ele estava me forçando à ir para casa também.

   — Vocês moram juntos?

   — Eu moro com muitos homens. Não me entenda errado, por favor.

   — Eu não estava. – falou risonha ao ver o desespero do mais velho. — Bem, eu tenho que ir agora, Mariana não está com uma cara de quem está com muita paciência de esperar.

   — Então... – respirou fundo e mexeu nos cabelos escuros e brilhosos. — Saia comigo amanhã. O que acha?

   — Sair? Amanhã?

   — É... Vamos ao cinema, ou... A algum lugar. Só de estar com você já será ótimo.

   — Okay! – era notável a alegria da menina, seu sorriso e olhos brilhantes estavam deslumbrantes.

   — Então nos encontramos em Hondae amanhã às 15:00 horas. O que acha?

   — Está ótimo para mim!

   — Bia! Anda. Estou cansada, quero tomar banho e dormir até o ano que vem.

   — Tenho que ir. Até amanhã, Taehyung.

   O garoto estava feliz em ver o brilho nos olhos da mais nova, eram tão brilhantes quanto uma estrela e ele gostava, mais ainda, de pensar que o motivo de tudo aquilo era ele.

   Antes que Beatriz pudesse ir ao encontro de sua amiga, Taehyung a surpreendeu com um simples beijo no rosto, um beijo estalado e ingênuo, porém cheio de sentimentos. Era mais que suficiente para deixar a menina com seu rosto queimando como um vulcão em ação.

   Ela arregalou os olhos cor de chocolate ao sentir os lábios do garoto sobre a pele de seu rosto. Um sorriso determinado surgiu na feição gentio do mais alto, ele a encarava tranquilo, notando a timidez da menina e achando-a ainda mais graciosa e bela com sua fofura natural.

   Não durou mais que trinta segundos, porém, o mundo havia parado e junto a ele, o tempo, que estava a favor do casal.

   A menina se afastou do rapaz, um pouco contra sua vontade, mas tinha que ir para casa, além de estar igualmente cansada como sua melhor amiga, que esperava pela menina sentada com o olhos fechados, quase em um sono.

   — Vamos.

   — Obrigada! Achei que demoraria mais.

   — Não. Estou cansada também, quero poder descansar.

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