13 - Audrey - Sedução e morte.

38 6 0
                                    

Não acredito que perdi o controle e fiquei histérica ante Daniel. Isso nunca me aconteceu. Falei coisas que não falei nem mesmo a minha família. Ele deve me achar completamente louca. E ainda por cima eu posso ter colocado tudo em risco. Falar que matar não é algo que eu já não tenha feito? Depois que fiquei calma e percebi à que ponto cheguei, desejei desaparecer. No final Daniel acabou simplismente indo embora. Não exigiu explicações. A única coisa que ele fez foi simplismente agir como se nada tivesse acontecido. Ele mal falou comigo. Agora estou totalmente convencida, ele é absolutamente bipolar. Que se dane! Não ligo para o que ele faz ou deixa de fazer. Só me arrependo de ter ficado vulneravel ante ele. Depois de tudo o resto do dia transcorreu normalmente, salvo que agora temos um membro à mais. E ele é maravilhoso. Se afeicoou a todos rápidamente, e o sentimento foi mútuo com todos. Ele dormiu comigo. Acordei hoje com os latidos animados dele. E agora estamos novamente na Village ClubNight. É uma maravilha a criatividade dessas pessoas. Estou sentada no bar conversando com o BarMan. Harry é o nome dele. Estou tentando me informar dos últimos acontecimentos. Está difícil, já que ao que parece, ele é um funcionário exemplar. Tenho que ter muito cuidado, já que o dono tem ouvido em todos os lugares.
   "- Vem muita gente nova por aqui?" Pergunto me inclinando pra ele e lançando o meu olhar mais sedutor.
   "- Sempre tem." Diz ele. Droga! Está um pouquinho difícil aqui. Encantado ele já está, o problema é a lealdade. Ou poderia até ser medo.
   "- Homens?" Pergunto.
   "- Na maior parte, sim."
   "- Ah, qual é Harry, me prove que posso ter um pouco de ação aqui! Minha vida últimamente anda tão deprimente."
   "- Você não parece ser do tipo de pessoa que fica deprimida, linda."
   "- Pois saiba que fico. Esse lugar é tão parado! Sinto falta de Londres."
   "- Não tem lugar melhor que o lar."
   "- Isso é absolutamente correto."
   "- Mas voltando ao assunto, você parecia muito bem com o Daniel no outro dia."
   "- Então você o conhece?"
   "- Depois de tantas vezes que ele veio aqui, fica meio difícil não conhecer. De qualquer forma, ele já me ajudou em algumas situações, sempre estou lhe devendo um favor."
   "- Bastardo aproveitador!"
   "- Quem, eu?"
   "- Não! Ele."
   "- Ele se aproveitou de você?" Ele ri.
   "- Jamais! Ele já teria aparecido aqui com um olho roxo para chorar suas lágrimas junto à um copo de Wisky!"
   "- Bourbon."
   "- O quê?"
   "- É o de sempre dele."
   "- Idiota."
   "- Você se incomoda demais para quem o odeia."
   "- Simplismente acho um desperdício de oxigênio a existência dele."
   "- Quem desdenha quer comprar, amor."
   "- Negativo no meu caso. É só ódio mesmo."
   "- Ódio e amor andam lado a lado."
   "- Vá! Está ficando muito filosófo. Encha o copo, é melhor."
   Ele dá uma gargalhada e volta a encher meu copo.
   "- Está muito estressada, companheira!"
   "- Você não conhece o termo "o cliente tem sempre razão"?"
   "- Você pediu sinceridade."
   "- Touché."
   "- Nunca ouviu falar que nunca se discute com uma dama, Harry? Volte ao trabalho." Ouço uma voz masculina dizer ao meu lado. Olho para o meu novo companheiro e "touché"! Achei uma vitima. Sorrio para ele.
   "- Está completamente certo." Digo.
   "- Olá doçura. Estava à te observar à algum tempo. Percebi que parecia um tanto aborrecida e resolvi vir lhe fazer compania. Espero que não se encomode." Comenta ele.
   "- Nem um pouco, senhor?"
   "- David. Sem o senhor. E a senhorita?"
   "- Isabelly, sem o senhorita." - Minto sem pestanejar. Harry ergue a sobrancelha mais não diz nada.
   "- Muito prazer, Isabelly. O que uma mulher maravilhosa como você faz sozinha em uma boate lotada de gente?"
   "- Desprezando uma vida tediosa. E você, sozinho?'
   "- Não mais." Ele me lança um sorriso que poderia ser sexy para qualquer outra mulher, salvo à mim. Esse vai ser fácil. Finjo deslumbramento.
   "- Me dá um imenso prazer ser o motivo de você não está mais só." Viro totalmente pra ele e cruzo as pernas. Ele olha descaradamente minhas pernas e logo vai subindo fazendo pausa em todos os lugares de seu interesse. Levo a mão ao pescoço e acaricio. Ele segue o movimento hipnotizado. Continua olhando mesmo depois de eu já ter tirado a mesma. Ele finalmente me olha e volta a sorrir.
   "- Posso te pagar uma bebida?" O mesmo pergunta.
   "- Achei que não fosse perguntar. " Falo sorrindo de volta. Logo Harry volta a encher meu copo. Bebo um gole e quando volto a colocar o copo sobre o balcão passo a lingua pelos lábios apreciando a bebida. Claro que ele segue esse movimento.
   "- Espero que não lhe incomode saber o quão sexy te achei." - Diz ele se inclinando para mim.
   "- De maneira alguma." Respondo. Ele ri e ou o acompanho. Ele me paga mais dois copos até se convencer de que estou bêbada o suficiente. Logo ele age.
   "- Estaria sendo atrevido ao sugerir que poderiamos tomar um pouco de ar?" Pergunta ele me colocando a mão à perna. Sinto repugnância, mas tenho que fazer meu trabalho.
   "- De maneira alguma. Estou mesmo precisando tomar um pouco de ar." Respondo com a voz rouca que reservo para essas ocasiões. Ele se levanta e eu faço o mesmo, finjo desiquilibrio e ele me puxa colando meu corpo ao dele. Dou uma gargalhada rouca e coloco meus braços ao redor de seu pescoço.
   "- Acho que bebi um pouquinho demais." Falo.
   "- Não tem problema. Logo você estará recuperada com os planos que tenho para nós dois." - Ele comenta colocando a mão na minha cintura e me "ajudando" a caminhar.
   "- Estou ansiosa." Ronrono em seu ouvido. Dou um mordidinha em sua orelha e ele coloca a mão sobre minhas nadegas, apertando. Juntos saimos para fora. Ele nos encaminha ao beco que fica ao lado da boate. É escuro o suficiente para impedir a qualquer um de nos ver. Chegando ao final ele me joga contra a parede e me beija com voracidade. Logo sinto suas mãos em todo meu corpo. Quando chega as minhas coxas ele se aperta contra mim e vai subindo as mãos até chegar a barra do meu vestido, ele continua e vai subindo meu vestido. Sinto sua boca sobre meu pescoço, seus dentes me arranhando. Quando ele sobe meu vestido o suficiente para encontrar a adaga ele paralisa.
   "- Que diabos?!" Ele exclama. Eu ajo. Dou uma joelhada no meio das pernas dele e lhe dou um soco certeiro no nariz. Ele grita e fica um momento torpe, esse que eu aproveito para pegar a adaga e partir pra cima dele, o derrubo no chão e quando vou enfiar a adaga em seu coração ele nos gira e fica por cima de mim. "- Vou matar você, vadia!" Ele exclama apertando os meus braços. Sei que vou ficar com grandes ematomas. Quando vejo seus caninos se alongarem e ele os dirigir ao meu pescoço, sinto ele ser puxado de cima de mim.
   "- Droga, Audrey! De novo me vejo na situação de salvar sua vida!" Grita Andrew.
   "- Tinha tudo sobre controle!" - Exclamo.
   "- Percebi." Diz ele enquanto rola no chão com o sangue-suga. A briga deles não dura muito, pois David (que é provável que esse não seja seu nome) joga Andrew contra a parede e o mesmo fica sem ar. David vai pra cima do Andrew disposto a matá-lo mais eu vou pra cima dele, pulo em suas costas e quando vou erguendo a mão para enfiar a adaga nele, ele me joga contra a parede, o que me faz soltar a arma, e logo em seguida sinto uma dor imensa na mão. Andrew que já tem se levantado puxa ele e o joga ao chão novamente. Pego a adaga que caiu e vou pra cima de David me escanchando nele. Ergo a adaga e à abaixo com toda força que tenho sobre seu coração. Ele grita, dou uma torção na adaga e ele está morto.
   "- Maldito! Me mordeu! - Exclamo.
   "- E você ainda sim está decidida a se fazer de caça." Andrew comenta.
   "- Quieto! E a Hay, conseguiu algo?"
   "- Sim, os meninos estão com ela, vamos." Ele ergue a mão para me ajudar. Retiro a adaga e aceito sua ajuda.
   "- Temos que ligar para o pessoal." Digo.
   "- Já fiz isso. Estão à caminho." Responde ele.
   "- Porquê...?"
   "- É inevitável não existir um cadaver. Só me precavi."
   "- Por isso eu te amo."
   "- Só por isso?" Ele sorri.
   "- Por isso e por não sei quantos motivos."
   "- Ótimo."
   "- Sim mano, sei que você me ama igualmente." Ironizo.
   "- Claro que te amo, boba." Diz ele me abraçando. " Agora vamos ver se os outros precisam de ajuda e irmos logo pra casa, você precisa de curativos, como sempre."

Heey pessoas bonitas! Gostaram? Espero que sim! Nem vou falar para votarem e talz pke vcs já devem estar enjoados. Façam só se quiserem.
Bjks da Izzy e até a próxima :*

Karma - Tudo Que Vai, Volta.Onde histórias criam vida. Descubra agora