- Ryan
Ela ficava incrivelmente sexy quando se chateava, mas não valia a pena correr o risco.
Sentei-me à mesa ao lado de Marina que sorria docemente para mim, o seu perfume era agradável quase que não se notava, já o de Saskia era muito mais intenso era quase que provocante. - Quem sou eu? Agora deu-me para comparar perfumes de mulher?
- Manhã atarefada? - Perguntou Mark, sabendo perfeitamente onde eu tinha estado.
- Há certas reuniões que parecem complexas, mas valem a pena. - Respondi-lhe e ele sorriu de lado.
- O meu marido às vezes também vai a reuniões aos fins de semana e chega sempre exausto, é impressionante. - Comentou a mãe de Marina, Kathrine. Mark mordeu os lábios para não se rir, mas eu não aguentei. - Passa-se alguma coisa?
- Não, nada. - Respondi, recompondo-me. A minha mãe olhava-nos reprovadora. - Peço desculpa.
A conversa seguiu para a Marina que se gabava do seu curso, era impossível não prestar atenção ao que dizia visto que a sua voz era tão estridente que captava qualquer um. - Os meus ouvidos pedem o suicídio.
Marina até era um pessoa agradável e bem parecida, se este jantar fosse no século passado a coisa até se dava, mas adivinhem... não é!
{...}
- Queres ir beber um copo? - Perguntou-me Mark. - Conheço um restaurante que tem um bar e a empregada é tão, mas tão boa.
- Não sei se me apetece. - Respondi. Estava exausto, a mini discussão com a Saskia deu-me a volta à cabeça.
- És tão chato, querido irmão! Estás a ficar velho. - Provocou.
{...}
- Já reparaste que eu consigo sempre o que quero? - Perguntou retórico. Adentrámos a zona do bar que tinha vista para o restaurante era uma area ampla e agradável. Sentamos-nos junto ao balcão nuns bancos altos.
- Isto serve para te mostrar que não estou velho e que nos meus 29 ainda estou melhor que muitos de 19. - Disse fazendo sinal para a empregada que era, de facto, bem boa.
- Lá jeitoso estás ou não eras meu irmão.
Mark pediu dois whiskys aproveitei para me virar de costas para o bar e observar o restaurante, os meus olhos pararam numa jovem alegre que sorria e falava alegremente para o seu par e logo o meu sangue começou a fervilhar, não tirei o meu olhar de cima dela para ver se ela reparava em mim o que não demorou. Vi as suas bochechas ganharem cor e o seu olhar a ficar confuso.
Ao meu lado, Mark tentava engatar, com sucesso, a empregada que lhe respondia com risinhos idiotas.
- Ei! Ry, aquela não é a Sa...
- Eu sei. - Respondi, não permitindo que ele acaba-se a pergunta. - Ela fez de propósito.
- Vai lá! Quero ver a cara do paspalho. - Olhei para o meu irmão como se ele tivesse dito a maior asneira de sempre.
- Achas? Vou deixar que a confusão se instale sozinha. Aposto contigo que não demora muito até ele se virar e perceber para quem ela está a olhar.
E de facto não demorou, Arthur o amigo da universidade, olhou para mim um pouco espantado e voltou-se para a frente logo a seguir, mas antes sorri de lado para ele, provocando ainda mais.
- Das duas uma ou acabas a noite com um par de estalos dela ou com um murro dele. - Riu-se Mark e eu ri-me com ele. Bebi o que faltava da minha bebida num só golo e voltei-me para o meu irmão.
- Vou andando, tenho assuntos para resolver, depois apanha um taxi para casa.
- Deixas-me sempre pendurado o que me vale é aqui a Kate que vai me ajudar. - Disse referindo-se à empregada.- Este rapaz nunca vai mudar.
{...}
Esperei dentro do meu carro à porta do seu prédio, não demorou muito até um carro se aproximar, eles vinham os dois a conversar casualmente, despediram-se com um abraço e ela saiu do carro dele. - Paspalho, nem a leva à porta.
Esperei até o carro já não se ver e fui atrás dela, sumi as escadas até aos seu apartamento, este prédio é tão mau que nem um elevador da idade da pedra tem, bati à sua porta e enquanto esperava que ela abrisse arranjei a camisa branca que vestia.
- O que é que estas aqui a fazer? - Perguntou assim que abriu a porta.
- Vi ver se estavas bem. - Disse adentrando a sua sala, ela seguiu-me e eu sentei-me no seu sofá.
- Tu realmente não tens mesmo noção da coisas. - Afirmou aparentemente calma. Ela estava linda, o cabelo que em outra hora esteve esvoaçante agora estava apanhado no alto da sua cabeça, mostrando o seu lindo pescoço que havia beijado ainda esta manhã.
- Noção de quê? De que aquele gajo só te quer comer? - Fiz uma pausa e ela olhava escandalizada para mim. - Eu só quero o teu bem e tu não entendes!
- Arthur é um amigo da faculdade! - Gritou. - Tu não tinhas o direito, Ryan. Por mais que nos estejamos a dar bem, tu não controlas a minha vida, e além do mais, nunca vou permitir que o faças!
- Quem te ouvir falar até pensa que eu te arranquei daquele restaurante à força. - Falei baixo, mas ela ouviu.
- Não fizeste, mas esperaste junto ao meu prédio até eu chegar! - Respondeu. Caminhou até à cozinha e encheu um copo de água.
Aproximei-me dela e confessei:
- Eu não quero que aquele idiota te toque, cada vez que penso nisso a minha raiva cresce. - Ela olhava para mim um tanto assustada, mas tinha de continuar, não podia ficar com aquilo entalado muito mais tempo. - Eu quero-te só para mim, Saskia, só para mim.
Naquele momento uma lágrima escorreu no seu rosto e o copo que tinha na mão estava despedaçado no chão. Fiquei em pânico, estava à espera de todas as reações menos daquela.
- Sai. - Disse sem olhar para mim. - Sai da minha casa.
Conduzi até ao meu apartamento e quanto mais pensava no que havia dito mais tinha certeza que a culpa não era minha.
***
Beijinhos meus amores!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dear Boss
RomansJá pensas-te se um dia te sentisses atraída pelo teu chefe? ➸ Conteúdo sexual explícito. Portanto a sua classificação será de conteúdo adulto; ➸ Se és sensível ou não te sentires confortável a ler este tipo de conteúdos peço-te que não leias; ...