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Eu costumava atualizar minhas fanfics apenas um dia por semana, mas tento fazer mais rápido com as daqui. E pode parecer que a maioria estão encerradas e tals, mas não. Eu, literalmente, estou escrevendo e reescrevendo 15 fanfics que quero postar e ainda tenho vida social fora daqui que só me deixa livre na hora do almoço e de madrugada, por mais que não pareça. Só quis dizer isso para vocês saberem que quando eu não postar rápido, é porque realmente não arranjei tempo. Sem contar que gosto de ver se o português ta direitinho né, ai demora mais hehehe.

Votem e Comentem se quiserem, indiquem pra alguém quando começarem a gostar, etc etc.

Ok, e talvez eu tenha confundido o capítulo anterior e possa dizer que depois DESSE a história começa de verdade. Preparem seus corações para isso ou não.

Boa leitura!


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Zayn:

Passo as mãos pelo meu rosto e mantenho-as em minhas bochechas, encarando os meus sapatos com certo desgosto.

O silêncio é tão grande entre nós que consigo ouvir o que se passa do lado de fora da sala, inclusive a televisão da sala de espera. E se me concentrar mais um pouco, conseguirei ouvir perfeitamente nossas respirações compassadas.

Carla bate com a caneta repetidamente contra seu bloco de anotações, analisando-me tão atentamente que consigo notar sem nem mesmo precisar levantar a cabeça.

_ Isso não está ajudando. - abro um sorriso de lado, sem humor.

_ Como irei te ajudar se você nunca fala nada? Apenas nos resta dez minutos, use-os. - a mulher para de bater a caneta, realmente me dando toda sua atenção.

_ Eu não sei, converse comigo. - encaro minhas mãos como se houvesse algo de interessante em meus anéis.

_ O que está acontecendo? - sua voz é tão doce que me faz me sentir mais errado ainda por nunca a ajudar. Ela só está tentando fazer seu trabalho, e eu estou atrapalhando isso, como sempre.

_ Não, não dessa maneira. - sacudo a cabeça em negação e sugiro algo. - Sem perguntas, apenas fale algo sobre você e eu acabarei falando sobre mim naturalmente.

_ A questão aqui não sou eu. - posso dizer que ela se sente tão estranha quanto eu diante disso. - Zayn, estamos nesse impasse a meses.

_ Dessa vez eu juro que falo, nem que seja algo qualquer. Só o faça, por favor. - sussurro. - É a única maneira de eu confiar em você. Uma confissão por outra.

_ Tudo bem. - A garota suspira e põe uma mecha loira de volta atrás da orelha, pondo seus óculos em cima da mesa e começando a falar gesticulando, como se eu fosse seu amigo a séculos. - Para começar, saiba que meu dia está um saco. Uma criança gritou comigo e me chutou logo de manhã só porque teve que vir aqui, como se eu houvesse a obrigado, e depois um senhor me xingou de tudo e falou que eu era a louca por o estar o aconselhando a fazer coisas sãs, sua esposa começou a chorar porque estava frustrada e ouviu o escândalo, eu disse que estava tudo bem apesar de querer chutar a bunda dos dois para fora daqui. E, então, um adolescente chegou, se sentou na minha frente e ficou olhando para os sapatos durante todo o tempo, só me olhando uma vez desde que chegou com uma linda cara de nada digna de aplausos da Kristen Stewart, exatamente como nos três meses que ele vem aqui. E, adivinhe só, ele não me conta nada! Às vezes ele abre a boca para declarar que nada demais aconteceu, mas o engraçado é que ninguém para em uma psicóloga por não fazer nada, sem motivo algum. Ele não admite que precisa de algo, então simplesmente torra toda a grana de seus pais, porque ricos são nojentos assim e usualmente te deixam frustrado com seu desperdício diário de dinheiro com coisas que não precisam. Tenho apenas 24 anos e reclamo mais que uma velha, vai ter uma hora que meu noivo irá me defenestrar por isso. - dou uma risada e levanto a cabeça enquanto a menina recupera o fôlego. - Mas isso não é nada demais, certo? Qual é, reclamo por hobby, tem gente com problemas piores.

I Won't Mind (Ziam)Onde histórias criam vida. Descubra agora