Lendários: O Início De Uma Aventura

1° Dia

1° Dia:

Um belo vale florido coloria a vista, tudo parecia ser perfeito. Caminhava por entre as flores ao meu redor, admirando aquele lindo lugar, fecho meus olhos por um minuto, sentindo o aroma que exalava das flores que ali continham.

Então em meio aquele aroma agradável, um ardor insuportável surgiu, era pútrido e enjoado, abro meus olhos e por um momento me assusto com o que vejo, a paisagem havia sido destruída dando local a um grande vale destruído e morto, caminho por entre o mesmo, meu nariz estava tampado, me privando a respiração, observava o lugar com um pânico que crescia em mim, quando derepente, minha visão escurece  .

Acordo com um grito abafado, estava coberto de suor, o dia já havia amanhecido e se mostrava entre as persianas, o relógio na cabeceira marcava 5:30 AM, ainda tinha algumas horas antes da escola, caminho lentamente até o banheiro, me situando pelo pouco de luz que escapava da janela, pego uma toalha e seco meu pescoço e rosto, volto ao meu quarto e deito na cama, recusava-me a dormir, fitava o teto de mogno negro, e fico ali, imaginando coisas e seres, tentando desvendar o sonho anterior, então adormeço.

O despertador toca uma música irritante, avisando que já estava na hora de levantar, não havia sonhado dessa vez, o que de certa forma, era bom.

Me sento na cama e fico de olhos fechados, tentando voltar a dormir, mesmo que sentado, minha mãe entra no quarto alegre, vestia um vestido de linho azul, e seus cabelos loiros estavam elegantemente penteados num rabo de cavalo frouxo, ela senta na beirada da cama e me olha
- Não pode se atrasar no seu primeiro dia.
Abro meus olhos devagar, e a fito
-Não quero ir...
Minha voz estava rouca e fraca, o que me faz limpar a garganta
-Vai ser legal, vai conhecer novas pessoas, seu primeiro dia na escola nova
Havíamos nos mudado a 3 meses, de uma cidade pacata no interior do Texas, nos mudamos pelo emprego de minha mãe, ela era enfermeira, e havia conseguido um emprego aqui, em Death Hill.

Ela sorri e se levanta devagar
-Vamos Jason. Levanta.
Estende sua mão para que eu a pegue.
-Ah, droga.
Pego sua mão e me levanto, e ela me envolve num abraço, retribuo acanhado. Então me solta e fala
-Vá se aprontar, vou preparar seu café da manhã
Fala seguindo em direção a porta e fechando a mesma.
Tiro meu pijama, e vou em direção ao banheiro, tomo uma ducha quente e volto a meu quarto para me trocar, ponho uma roupa qualquer do meu armário e meu All Star preto, com minha mochila nas costas, dou uma última olhada no espelho.
As férias haviam meu mudado, meu cabelo estava maior, estava mais magro e largado. O estilo do Jason GranPride, Largado.
Desço as escadas que davam na cozinha e encontro minha mãe lavando louça, na mesa se encontrava bacon, ovos e leite.
-Coma rápido, está atrasado.
Olho o relógio da cozinha e confirmo que realmente estava atrasado, e que logo o ônibus da escola chegaria, então me sento e começo a comer.
A buzina do ônibus me apressa,  termino de comer, e me levanto
-preciso ir
Minha mãe se aproxima e me abraça
-Boa sorte, e se cuide
Eu sorrio
-Hey, só irei a escola
Rio e me despeço, saindo porta a fora.
O ônibus estava na esquina da rua, me aproximo apressado, e logo as portas se abrem em um rangido seco, que me arrepiavam a espinha. Subo no ônibus e comprimento o motorista, ando pelo corredor vendo os alunos e sento na penúltima cadeira com um garoto um tanto esquisito que me olha tedioso
Os olhares dos alunos no ônibus me examinavam, e fitava todo o percurso, me deixando um tanto desconfortável
A viajem é curta, logo chegamos na escola, sou um dos últimos a descer, e sigo em direção ao interior da escola, minha primeira aula era de economia domestica, o que pra mim era um saco.
Então sigo em rumo a última sala do corredor e entro na mesma, alguns garotos do time de futebol estavam ali, esbanjando suas jaquetas bordadas, e tentando conquistar algumas garotas, ando ate o meio da sala, e me sento na ponta esquerda
-Bom dia alunos
Meu nome é Melanie Riviera e hoje vamos aprender a fazer panquecas!
Formem duplas e sigam para o final da sala.

Continuo sentado, não tinha muita interação com eles, preferia ser escolhido, que escolher.
Por alguns minutos, penso que não iria ser escolhido, entao por fim;
O convite vem de uma garota que eu já conhecia, Ally Black. A garota mais linda da escola
-An, olá. Quer ser minha dupla?
Ela sorri amigável, e tira uma mecha de cabelo do rosto
-Sim... Claro
Ela sorri e segue para o final da sala, me levanto, e sigo a mesma, ficando a seu lado.
-Qual seu nome?
Ela pergunta, sua voz tinha uma suavidade relaxante
-Jason, E o seu?
Sabia o nome dela, Ally. Ally Black, tem 16 anos e mora na rua atrás da minha.
-Ally
Ela interrompe meu pensamento, e me faz olhar para ela, ela sorri gentilmente, e ficamos nos fitando.
-Bom, cada dupla tome uma bancada, e comecem a receita, as instruções estarão em vossas bancadas. Não explodam minha cozinha
A professora interrompe o transe na qual nós dois nos mantínhamos, ela volta sua atenção para a professora então segue em direçao a uma bancada próxima, me fazendo lhe seguir
Nos acomodamos na bancada e coloco o livro de receitas aberto na nossa frente
-Espero que você saiba cozinhar.
Ela sorri e ri
-Eu arrisco
Começamos a pegar os ingredientes, e arrumamos na bancada

Terminamos as panquecas e depois comemos as mesmas, conversamos sobre vários assuntos, Escola, Livros, Músicas, filmes e de nós mesmos. O sinal toca finalizando a aula.
-Qual seu próximo horário?
-História
Ela sorri
-Sr. Woody
A olho confuso
-Quem é?
-Seu professor de História
Ela ri
Saímos da sala e nos separamos.
O meu 1° dia de aula havia terminado, não havia visto Ally novamente. Saio da escola, e caminho pela rua de volta pra casa, minha mãe estava na parte frontal, em uma cadeira, ela adorava fazer seus bordados ali.
Entro em casa, e subo as escadas que davam em direção ao meu quarto, jogo a mochila na cama e troco de roupa, pondo a primeira que vejo, desço as escadas e vou ate a cozinha almoçar, minha mãe logo chega, já que sempre almoçámos juntos, termino o almoço e fico um tempo a conversar com minha mãe, depois saio em direção a sala, e deito no sofá para assistir algum filme, depois de passar milhares de canais, paro em um filme dos anos 90, assisto um pouco mas me rendo ao sono e logo adormeço.
Acordo já no anoitecer, minha mãe estava na cozinha, me levanto do sofá tentando acorda aos poucos e sigo em direção a mesma
-Até que enfim acordou!
Ela exclama sorridente
-Parece que morri e só ressuscitei agora

Ela ri e se volta pra mim
-Me lembra seu pai, dormindo
Meu sorriso se desfaz e um tom de surpresa aparece em meu rosto
Me impressiona ela falar de meu pai, ela nunca o citou, só falava que foi mecânico e que morreu de febre amarela.
-Por que nunca me fala sobre ele?
Ela me olha com uma expressão vazia
-Você já sabe tudo o que precisa
Ela fala se levantando e subindo as escadas, da cozinha ouço o bater da sua porta.
Janto sozinho um pizza velha da geladeira
Subo novamente para o meu quarto e caio na cama, sabia que não conseguiria dormir, então fico olhando o teto, e lembro de Ally, então adormeço.

Estava em um tipo de armazém, com balcões, ferramentas, forjas.
Um homem grande, e forte batia em uma placa de um metal reluzente, me aproximei lentamente, então o homem para de bater e me olha, seu olhar era gentil e ameaçador ao mesmo tempo, ele sorri e aponta para a placa que tinha um formato cilíndrico
-Será seu, no futuro
Sua voz era grave e assustadora, mas tinha uma suavidade acalmante
Olho para o metal, e depois pra ele, e fico confuso
-Não entendi, o que será?
Quem é você?
Ele ri
-Você me conhece, talvez, ainda não seja hora de lembrar.
-E o que será?
Ele sorri, e depois aponta para o couro e alguns outros metais que já tinham certas formas, tiras, lâminas, placas.
-Algo mágico,  pra sua proteção, meu filho
Ele sorri, e desaparece.

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~Obrigado aos que leram, e esperem que terá mais 😀