Surviving New Orleans - Klaus Mikaelson

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"Você não deveria estar aqui. Essa cidade é perigosa demais, vá embora! Me ouça e quem sabe você sobreviva – era o que a voz ao fundo daquela floresta bizarra me dizia - Agora me escute com atenção, é muito importante que você saiba sobre seu..."

-Acorda Ariana, nem a bela adormecida dorme tanto - era o que a minha melhor amiga/ser humano mais irritante do mundo repetia.

Me aconcheguei mais no travesseiro, tentando ouvir a voz.

-Ariana Elizabeth Thompson, se você não acordar agora eu juro que vou...

Levantei o rosto do meu travesseiro macio e a encarei.

-Nem precisa terminar a ameaça, já to levantando, afinal e impossível dormir com Katherine Gray como colega de quarto - disse, saindo da cama- já falei que você é o ser mais irritante do mundo?

–Sempre - ela disse, fazendo uma careta engraçada- mas você não vive sem mim, agora lava essa sua cara de zumbi e se arruma. Quero conhecer Nova Orleans, os lobisomens, bruxas e quem sabe um vampiro bonitão.

A empolgação de Kate com os seres sobrenaturais da minha cidade natal me preocupava.

–Kate! - a repreendi - Você sabe que vampiros são perigosos.  A gente esta aqui pra curtir as nossas férias, passar um tempo com minha família.  Se soubesse que você queria confraternizar com vampiros  nunca teria te contado.

Ela fez aquela carinha fofa de anjo, piscando lentamente pra mim.

-Você me contou porque não consegue guarda segredos de mim. E qual é a graça de saber que vampiros existem se eu não posso ficar com um? Aliás, se todos os vampiros forem gatos como dizem, nem você vai resistir que eu sei -ela sorriu maliciosa, jogando um travesseiro em mim-Agora se arruma que eu quero me divertir!

Entrei no banheiro e tomei um banho mega rápido. Me arrumei, sem me importar em me produzir muito. 

Sai do meu quarto ajeitando minha jaqueta e encontrei Kate na cozinha atacando um KitKat.

–Comendo um KitKat, KitKate?- falei rindo da sua expressão infantil.

–Ainda bem que sua mãe abasteceu a geladeira do nosso loft - ela disse aliviada -  você sabe, para mim chocolate é sagrado, então nem olha que eu não vou te dar nenhum pedacinho...

–Nosso loft? É emprestado da minha mãe, que aliás insistiu muito pra mim passar um tempo com a família.

–Da sua mãe, seu, nosso, é a mesma coisa- ela deu de ombros - Agora vamos sair e nos divertir um pouco, afinal, os vampiros gatos não vão nos encontrar se ficarmos trancadas aqui. Pra onde nos vamos?

–Vamos passar uma tarde empolgante e divertida com meus pais e minha avó- Kate abriu a boca pra discordar, mais fui mais rápida- e não, não adianta reclamar que você vai de qualquer jeito.

...

Toquei a campainha da porta carvalho a minha frente.

–A gente ainda pode ir se divertir, a gente só precisa voltar pro carro... -Kate repetia numa voz irritante.

–Não, vim a Nova Orleans pra  passar um tempo com minha família, agora comporte-se.

–Se divertir primeiro, sua família já passou um tempão com você e...

A porta se abriu e minha mãe nos puxou pra um abraço apertado.

–Meninas que saudade - ela deu uma beijo estalado na minha bochecha - entrem, sua avó está louca pra te ver. Tem tanto assunto pra colocar em dia, e a universidade? Vocês já comeram ?Eu fiz um...

–É - Kate sussurrou, fazendo uma careta- a tarde vai ser longa...

...

–Caramba, pensei que sua mãe não fosse parar de falar mais -Kate disse, resmungando de novo enquanto a gente entrava no bar- e sua avó nem se fala! Ela é meio esquisita com todo aquele papo de previsões do futuro e tudo mais.

–Para de reclamar- disse me sentando ao lado dela nos bancos do balcão-acabou e agora a gente pode curtir a noite.

–Haah, você tem toda a razão, peça um uísque pra mim enquanto eu vou ao banheiro -ela piscou de uma maneira sexy pra mim, então sussurrou- não pegue nem um vampiro antes de mim. 

Pedi um uísque pra Kate e um refrigerante pra mim.  Não tenho boas experiências com álcool. Na ultima vez que eu bebi foi numa festa da universidade e no dia seguinte acordei na banheira de um desconhecido. Não foi nada divertido.

Olhei a minha volta, até que o bar tinha bastante gente, muitos homens atraentes na verdade, mas nenhum que realmente despertasse meu interesse. Geralmente eu sou atraída pelos homens perigosos. Claro, termina mal, mas fazer o que, gosto não se discute.

No fundo do bar vejo Kate conversando com um cara, tinha algo no jeito dele que eu já sabia o que era, vampiro. É claro que ela encontraria um vampiro. Por enquanto não estava acontecendo nada de mais então eu só fiquei observando.

–Um uísque - disse uma voz ao meu lado, seu sotaque sotaque carregado era maravilhoso .

Pulei pelo susto repentino, ele sorriu.

-Desculpe, não quis assustá-la.

Ele tinha olhos azuis, um sorriso sedutor e algo de incrivelmente  perigoso no olhar. Todos os meus sentidos gritaram perigo, sorri de lado.

–Tudo bem, é que eu nem notei você chegando- disse de modo amigável, algo na sua expressão era familiar- a gente se conhece?

–Acho que eu não me esqueceria de alguém como você, linda - ele disse sedutor,  meu coração parecia querer saltar do peito.

–ãn...claro - sorri sem jeito- sou Ariana.

–Klaus, Klaus Mikaelson.

E como num toque de mágica, eu vi.