Capítulo Cinco
Segredos a revelar.
Após aquela carta meu sorriso transformou minha boca em algo fechado, algo mais mal humorado. Podia ver a raiva em meus olhos pelo espelho que havia em meu armário. Eles transmitiam raiva, ódio, e ira.
A vontade de queimar aquela carta era muita. Mas preferi guardar como recordação de ódio, e lembrar que não tenho propósito algum a não ser matar quem fez da minha vida o inferno que atualmente é. O inferno pessoal de Abigail Grifinórie queima mais que o fogo do próprio inferno. Aquele anjo era uma ameaça, porém, vou fazer o que faço com todas as ameaças que ousam contrariar ou se opuser ao meu caminho. Eu mato.
Amassei a carta dentro da minha bolsa e coloquei em meu ombro com fúria. Não estava com paciência para assistir qualquer aula de história que eu já sabia. Algumas eu presenciei, outras eu estudei no passado. Não precisava de mais aulas e muito menos de alguém me dizendo o que fazer.
Olhei pelo vidro e vi Dylan se sentando em uma cadeira logo depois de olhar pelo vidro que dava acesso aos meus olhos. Fiquei gélida quando aqueles olhos olharam em direção aos meus novamente. Criei coragem e abri a porta me deparando com uma professora de no mínimo trinta e oito ou quarenta anos. Tinha traços velhos mais se comportava de maneira jovem e com a certa elegância que Rosalie nunca conseguiu obter.
Fechei a porta com os olhares de todos na sala cravados em mim. Apenas sorri e me sentei na primeira cadeira ao lado da porta.
– Olha o que temos aqui. – Disse a professora ao abaixar os óculos. – Se apresente, garota.
– Não sou de falar. – Disse com um sorriso tímido bem planejado para não manda-la se foder.
Vi a página que Dylan estava e abri o livro sem vontade alguma. Percebi que no quadro já estava repleto sobre coisas sobre a segunda guerra mundial. Isso aconteceu em mil novecentos e noventa cinco. Um ano bem popular na história desse mundo patético.
A professora olhou para mim e sorriu delicadamente.
– Já que é nova aqui, vamos ver se já está diante da matéria. – Ela pediu para que eu virasse a página, soltei uma leve risada com a idiotice de mim mesma por tentar colocar na página certa sem a preocupação de tal ato. – Fale um pouco sobre o que ocorreu em mil novecentos e quarenta e quatro em relação à segunda guerra.
– Não seria mil novecentos e quarenta e cinco? – Corrigi.
Dylan riu um pouco, foi baixo mais o suficiente para ver o rosto de insatisfação da professora.
– Sim, desculpe.
Tomei postura.
– No ano de 1945, com o final da Segunda Guerra Mundial, a França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Japão se encontravam em uma situação socioeconômica digamos que bem ruim, além de um cenário de e uma grande perda populacional. Diante do cenário do final da Segunda Guerra, somente os Estados Unidos e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, dentre os envolvidos, mesmo diante de prejuízos, conseguiram manter a estabilidade financeira adequada. – Arrumei o cabelo e sorri delicadamente para a professora que tornava meu dia ainda mais patético do que o normal.
– Além de bonita é inteligente. – Disse ela com ironia.
Ela se dirigiu a Dylan que não parava de sorrir e escrever algo em seu caderno. A professora olhou e avistou que havia um desenho, e bem bonito por sinal. Era uma mão segurando três rosas para uma garota. Só que não era algo atual, a paisagem que ele desenhava era como se fosse lembranças passadas de Jackson. Algo me dizia que aquilo poderia ser um sinal, uma lembrança produzida por sua mente.
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Pétalas em meio ao caos (livro 2)
Romance( SE NÃO LEU A PRIMEIRA TEMPORADA, NÃO LEIA A SEGUNDA) (2ª TEMPORADA) Eu cheguei a pensar que minha alma era destinada a ficar entre o sofrimento, e descobri que era somente a pura verdade. Obter o perdão de uma alma que já se foi não é tão fácil a...