4- nossa primeira briga.

31 0 0
                                    

          Acordo, com dor no corpo, vejo que estou na beliche de baixo, a cama ta todo desarrumada, e meu braço está algemado, a cama, não tá muito forte, acho que é só para prender mesmo,.
            - ótimo - digo sentando com dificuldade.
            - vocês não ta tendo outro ataque? - Carl me pergunta - por que se estiver por favor fica longe de mim.
            - não - digo olhando seus braços arranhados - foi eu que fiz?.
            - o heshel disse que vocês tava tendo um ataque de pânico, ele falou que pode ter sido por causa de um sonho - ele pegou a chave é começou a má soltar - ou uma lembrança.
            - bom tenho a dizer que os arranhões foi um pouco de raiva de você.
            Ele dá um sorrisinho.
             - por que não me contou, que seu pai te batia?.
            - isso ficou no passado - digo - e outra pena não faz parte do meu vocabulário xerife.
                Levanto e coloco minha jaqueta, deixo ele sozinho, no caminho esbarro com Rick que também está todo arranhado.
             - foi mal por ontem - digo - eu não tava me controlando só isso.
            - tudo bem - ele disse - mas se abre ajuda.
           - Você já me ajudou muito, e eu sou grata - falo - mas sabe feridas emocionais se curam com o tempo.
            - igual as físicas - ele fala.
            - claro que as emocionais durão mas tempo que as física - respiro fundo.
            - ele ainda ta vivo? - Rick me pergunta.
            - não sei - digo - eu e a gabi o trancamos, mas o porão tinha várias armas e suprimentos, aonde estávamos ainda tava no começo, mas bom eu e ela fomos acolhidos.
            - e a gabi?.
            - não força Rick - digo saindo.
          Vou até o banheiro, tomo um banho, coloco uma blusa regata, e uma calça jians, coloco um tênis, e minha jaqueta, faço um rabo no meu cabelo e pego meu arco.
                  Vou lá fora e fasso alvos com garrafas, quando abro o saco com o arco vejo uma daquelas luvinhas de arqueiros (sei lá o nome) coloco e pego o arco, e por um minuto escuto a voz do tio markes.
              -sempre centralize o alvo.
              - mas como faz isso? - eu perguntei para ele.
               - esquese tudo em volta, só escuta o seu alvo - ele dizia.
              - e se não dá para escutar?.
              - então apenas enxergue ele mas nada - ele dizia beijando meu nariz.
                Faz tempo que não vejo um arco decente, olho o arco e me concentro, até ouvir a voz irritante de um certo xerife.
               - se você quisesse trinar aqui não é um bom lugar - ele diz abaixando o chapéu - trouxe enlatados.
               Ele tira da mochila vários enlatados, e duas garrafinhas de água.
               - se você acha que vamos conversar sobre aquele assunto pode dar meia volta e encher o saco do seu querido e amado pai. - digo acertando o alvo.
             - a qual é - ele fala abrindo um enlatado com a faca - to tentando ser gentil pocha.
             - é sério grimes não to afim.
             - não quero conversar sobre isso, você não come a dias.
              - ta bom mas depois me deixa em paz.
             - sim senhorita - ele joga uma lata de feijão enlatado.
               Enquanto comemos ele pergunta.
              - aonde você nasceu?.
              - em Londres - digo colocando uma colherada de feijão na boca.
             -e como veio parar tão longe?.
             - quando minha mãe ficou doente Charles resolveu ir para Atlanta, mas tivemos um contratempo e tivemos que ficar por aqui mesmo.
             Ele me olha estranho.
            - ta bem - digo conhecido aquele olhar - uma pergunta.
            - por que?.
            - ele nos batia por prazer.
            - e sua mãe não fazia nada?.
            - uma pergunta só - digo jogando a lata vazia nele.
            Ele me olha de novo com o mesmo olhar, mas eu o esnobo, e tomo toda a garrafinha de água.
               Ele ainda me olha meio com pena.
            - Carl para de me olhar com pena - digo pegando outro enlatado - por favor.
             - vocês já deve ter usado muita essa frase não é?.
            - por favor?.
            - sim.
            - as vezes - digo cedendo - só quando ele resolvia bater na gabi, ou me dava tranquilizante, e eu não sabia o que acontecia.
            - sinto muito - ele fala - por sentir pena de você.
            - desculpas aceitas - eu digo me levantando - mas é sério presiso treinar.
            - para que?.
            - eu fasso isso quando estou nervosa - digo pegando minha flecha.
            - isso é tipo um tic? - ele me pergunta se levantando.
           - na verdade quando o tio markes me ensinou fizemos um trato, eu só usaria minhas técnicas se fosse muito presiso mesmo, e quando to afim de matar algo eu treino isso me deixa calma.
            - e quantas vezes você usou esse tipo de auto controle? - Carl fala com um ar de pena novamente, isso ta me irritando.
            - olha garoto eu não quero falar sobre isso - digo pegando uma flecha.
            - e para seu bem, compartilhar as coisas, - ele ensiste.
           - cê eu fosse compartilhar meus sentimentos com alguém pode ter certeza que eu compartilharia com um zumbi do que com você - digo o empurrando de leve.
              Acho que eu exagerei, ele me olha com aquele olhos intensos, e por um minuto sinto pena dele.
             - OK - ele fala pegando a mochila - da próxima vez que dar um ataque me avisa, para mim nem chegar perto de você - ele fala sério - na verdade eu nem queria falar com você foi obrigado pelo meu pai.
            - tem tanto medo dele assim? - falo muito irritada - tamos num Apocalípse, o mundo acabando aos poucos e você me fala, meu pai mandou, puta que pario Carl vocês e tão certinho assim?.
            - você não sabe de nada - ele fala jogando as coisas no chão - nem queria você é seu namorado aqui.
            - ele não é meu namorado - digo começando a soar frio - ele foi o único que me deu apoio esse tempo todu, nunca pedio para mim sofrer de novo - eu também solto meu arco no chão - vocês pensa que as feridas só foram fisicamente? - eu olho nos olhos dele - não. Elas foram mas emocional, você acha o que? - eu o Empurro dessa vez mas forte - que dor é tudo, toda a vez que alguém fala para mim contar a merda que meu pai fez não dói de pensar - eu sinto as lágrimas queimar no meu rosto - não to me fazendo de coitadinha, nunca vou me fazer disso, mas eu não vou ficar ouvindo merda de um metido a besta, que pensa que a vida é muito difícil assim.
            Eu pego meu arco e quando eu vou sair ele agarra o meu braço.
             - já falou tudo - ele fala calmamente - agora eu posso falar?.
            - não quero ouvir - eu me solto e vou para cela.
       
    
    
      

The Walking Dead - Prisão.Onde histórias criam vida. Descubra agora