Simples Fato (2)

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Prólogo :

Dia 24 de Dezembro de 2005 ás 16:00 p.m., era de noite e nevava muito, estavamos indo para a casa da vovó e do vovô para passarmos o Natal lá, eram três horas de viagem, o papai colocou músicas natalinas. Eu estava sentada ao lado da minha irmã que estava na cadeirinha, ela estava rindo por causa do papai que cantava e dançava as músicas que tocavam na rádio. O papai estava prestando mais atenção na música e em fazer a mim e a minha irmã rir do que no trânsito. Até que o sinal ficou vermelho e o papai não viu, ele avançou o sinal, na mesma hora passou um caminhão e o papai bateu na lateral do caminhão, eu so me lembro da agonia, da grande quantidade de vidro. Meu pai gritando " Charlotte" "Clarice" "Camille".. Me lembro também de algumas coisas após o acidente, eu estava muito nervosa e então não prestei atenção em tudo, mas os pedaços desse filme trágico passaram em minha mente, gritos, choros, ambulância, mais gritos, muito sangue e muitos cacos de vidros. Três dias depois eu acordei em uma maca de hospital, com um monte de máquinas ao meu redor e ao meu lado direito estava em uma maca, com minha mãe provavelmente inconsciente e do mesmo jeito que eu, cheia de máquinas. Estiquei a minha mão e toquei na dela que caia na lateral da maca e então ela apertou minha mão, virei o rosto para poder vê-la melhor e eu vi a cena que me magoou demais, o seu olho estava vermelho e derramava lágrimas. Apertei mais a mão dela. Olhei para o lado esquerdo, mas eu vi a maca com alguém deitado, porém com um pano preto cobrindo a pessoa. Minutos depois chegou dois médicos e quando viu eu e a mamãe com olhos abertos deu um sorriso. E entao ele veio até mim e tirou uma máscara de ar que impedia a saida da minha voz. Isso demorou uns trinta minutos. E a primeira coisa que disse foi : "Cade o papai e minha irmã Clarice? Preciso vê-los e abraça-los" O olhar dos dois médicos mudaram e trouxeram uma terrível mensagem : "Sinto muito, mas os dois não sobreviveram." Depois disso eu só ouvi a mamãe gritando e as máquinas acompanhando ela com seus apitos. E então, após alguns gritos e muitas lágrimas caídas eu não me lembro mais de nada, somente do médico vindo até o meu lado e enjetando uma seringa, tudo duplicou e minha visão ficou embaçada, então eu só me lembro de quando eu saí do hospital com a minha mãe e a dor, direto para o enterro do meu pai e da minha irmãzinha que não conhecia praticamente nada da vida.. O enterro foi uma das coisas que eu já presenciei e que eu mais chorei, meu pai e minha irma foram entrrados em covas próximas. O caxãozinho branco, pequenino. O caixão grande e marrom...

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