Parte 10

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No dia seguinte, fui para a empresa mais cedo, tinha que levar as coisas que havia comprado, e precisava organizar uns papéis. Cheguei e já pedi pra minha secretária mandar o Breno a minha sala assim que ele chegasse. Entrando em minha sala, me deparo com algo magnífico. Haviam pétalas de rosas espalhadas pelo chão, e na parede, pôsteres com fotos minhas. Na mesa um bilhete acompanhado de flores.

"Lu, deixo uma nova decoração, com fotos da mulher mais linda que eu já conheci, e que um dia eu quero que seja minha. Att. Breno."

Sorri. Espontaneamente, olho ao meu redor, e vejo que este homem é único, mas eu me magoei muito, e mesmo com o Gustavo fora da minha vida, ele ainda me assombra. E paro pra pensar onde o Lucas se meteu? Outro conquistador barato, que encontrou uma pessoa muito querida, pude ver fotos dele com a namorada atual, e ele esta feliz. E eu? Eu tenho que refazer minha vida.

Ligo pro pessoal da confecção, para que eles venham buscar as coisas que eu comprei. Não demorou muito apareceu Breno chegou.

-Bom dia Breno, sente-se, por favor.

-Bom dia Lu, me chamou?

-Sim. Eu quero pedir, se mesmo que eu saiba que você não precisa estar aqui, você pode continuar comigo? Aqui na empresa, no caso.

-Claro Lu, tudo pra ficar perto de você.

Neste momento ele segurou a minha mão, e me olhou nos olhos. Ele realmente sentia algo por mim. O olhar entregou. Terrivelmente bonito, eu sei que ele vai bagunçar tudo, mas é inevitável.

-Gostou do presente? –falou olhando ao redor.

-Adorei, sério. Ficou lindo, aconchegante. Vai combinar com a poltrona nova que comprei.

Ele se levantou, e pegou minha mão. Me levantei. Ele entrelaçou as mesmas e me puxou perto, num abraço confortante. Me olhou nos olhos e falou com uma voz suave e linda.

-Eu não vou desistir de você.

Juntou minhas mãos e as beijou, num gesto delicado e fofo. Sorriu e saiu. Ele que bagunçar minha vida. Porque?

Sentei na minha mesa, liguei o computador e fiquei respondendo e-mails de fábricas de tecidos, e organizando notas, e pagamentos, afinal o final do mês já está chegando. Perto do meio dia, ele me liga.

-Almoça comigo, senhorita?

-Será um prazer, senhor. –soltei uma risada, que não devia ter saído.

Ouvi que no outro lado da linha ele riu comigo. Ele é um amor. Peguei minhas coisas e desci. Ele já estava a minha espera.

-Vamos? –fez um gesto pra mim engatar meu braço no dele.

-Vamos. –disse com um sorriso.

Ele foi muito cavalheiro, abriu a porta do carro, e me tratou com dignidade. Eu me sentia uma rainha com tanto mimo. Chegamos ao restaurante,um lugar muito fino. Ele me acompanhou, e puxou a cadeira pra mim sentar. Pediu um vinho. O meu preferido. Chardonnay suave. Me pergunto: coincidência ou ele sabe coisas de mim, sem eu contar.

-Posso fazer uma pergunta? –ele consentiu. –Porque a escolha do vinho, foi este?

-Porque eu sei que você gosta. –ele sorriu.

Fiquei totalmente sem jeito, ele é maravilhoso. Almoçamos, e soltei muitas risadas. Ele me faz bem. Já no carro, ele pegou minha mão. Chegou perto de mim. Pude sentir a respiração acelerada. Ele me olhou, e me beijou. E eu retribui. Afinal porque ficar evitando o inevitável? Foi um beijo bom. Ele foi totalmente delicado. Ele tinha o sabor do vinho. Confesso que meu corpo todo enrijeceu. E eu estou com medo de me apaixonar sem perceber.

Frio de MaioOnde histórias criam vida. Descubra agora