Swow estava paralizado dentro de um banheiro público apertado e sem iluminação, já era noite e ele tinha medo, mas sua vontade de sair lá para fora ajudar o Pai e os amigos era maior. Ele tentava abrir a porta mas sabia que se fizesse muita força contra ela, o outo banheiro fedido onde estava sua mãe e sua irmã podia cair e os loucos podiam pegá-las. Ele já havia visto eles pegando outras pessoas, eles devoraram elas vivas, Swow não queria que fizessem aquilo com a sua família.
Quando os cabeças ocas chegaram no acampamento, rapidamente ele pegou uma machadinha que estava ao lado de sua barraca e correu desfir golpes na cabeça dos ocos, mas seu Pai e os outros homens falaram para que ele entrasse naquele casulo apertado e fedorento, fecharam a porta e encostaram outro sanitário móvel na frente do dele. Os barulhos que Swow ouvia eram aguniantes, ainda mais porque ele não podia ver nada, escutava tiros e mais tiros, os amigos do golfe de seu pai gritavam, corriam com passos pesados, ele ouvia o som das lâminas dos machados e das foices quebrando o crânio dos loucos, sua vontade de sair para ajudar só aumentava.
Os cabeças ocas gemiam alto, Swow batia nas laterais do banheiro químico, a força que ele usou foi suficiente, o sanitário tombou, o problema era que havia uma barroca para aquele lado, ele bateu com a cabeça na lareral oposta de onde ele jogou o peso do corpo, ele sentiu uma tontura, mas não deu tempo dele reagir a dor, ele começou a quicar e bater em todas as laterais, no teto e até na base do chão, o Banheiro estava rolando morro abaixo!Swow abriu os olhos ainda meio tonto, virou com o rosto para cima, o que viu foi a porta do banheiro ainda fechada, uma gota de sangue pingou na sua testa, ele passou o braço para limpar, a manga da blusa logo encharcou, ele passou a mão e sentiu o corte fundo logo acima da sobrancelha esquerda. Com um chute pra cima, a porta abriu, ele se levantou e olhou em volta, já havia amanhecido, mas não era possível, quanto tempo havia passado? Por que ninguém o procurou?
Ele levantou uma das pernas, passando-a pra fora do sanitário, um gemido conhecido veio de trás das suas costas, ele virou encarando o louco, a pele era esverdeada e os cabelos podres, seus dentes amostra estavam sujos de sangue fresco, o oco vinha na sua direção, Swow recuou com um passo para trás, sua perna que estava dentro do banheiro prendeu na porta, fazendo com que ele caísse sentado na grama úmida, o louco arrastava as pernas rapidamente, devia estar a ums dez metros em sua direção, Swow se arrrastou com as mãos, suas pernas doíam pelas pancadas e o sangue do ferimento da testa escorria pelo rosto, ele não tinha armas, um bastão ou uma machadinha sequer, não sabia o que fazer, já havia enfrentado os loucos antes, mas sempre tinha um instrumento letal em suas mãos. Ele tentou se levantar mas sentiu um estralo no joelho e caiu denovo, o Oco devia estar a cinco metros a essa altura, Swow se arrastava de pressa tentando ganhar tempo para pensar em algo para se fazer. Ele se arrrastou para o lado de um galho seco que estava no chão a uns oito metros do banheiro químico, ele pegou o pedaço de madeira com a mão direita e jogou na direção do louco. O galho acertou no peito do Canibal, quebrou em dois pedaços e sequer fez ele cair.
O louco continuou na direção dele, devia estar a uns dois metros agora, Swow bateu as costas em uma árvore, o Oco caiu sobre ele, batia os dentes no ar tentando arrancar um pedaço da carne de seu braço. Ele fechou os olhos de desespero... Fafth! Swow abriu os olhos assustados, um facão de lâmina longa estava cravado na cabeça do Canibal, que caiu para o lado imobilizado, os olhos brancos e leitosos estavam agora fechados, um sangue grosso e de cor escura escorria do corte que fizera o facão. Swow empurrou o Oco de cima de suas pernas, olhou para direção de onde fora dado o golpe com a grande faca e se assustou ainda mais, uma garota desconhecida, devia ter uns 23 anos, dois anos a menos que ele, a garota tinha os cabelos morenos amarrados em uma trança, os olhos verdes brilhantes o encaravam como se ela fosse pegar o outro facão que estava em seu cinto e fincar em seu crânio também, o macacão e o boné em jeans que ela usava estavam cobertos de sangue escuro de Canibais. Ela pegou o cabo do terçado que estava na cabeça do Oco e o puxou para cima ainda encarando-o, ela guardou o facão no cinto, limpou as mãos nas pernas do macacão e estendeu-a na sua direção, Swow se sentiu desconfortável em ter a ajuda da moça, mas pegou sua mão. Ela o puxou para cima com força, ele quase não conseguiu parar de pé, mas ela o ajudou, ele a usou de apoio, ela era quase do seu tamanho.
- Ah!! - Ele olhou para o chão - obrigado... Sou Swow!
- Eu sei - disse a moça com uma voz doce mais ao mesmo tempo assustadora - Sou Any, venha, tem alguém que quer vê-lo!
Mancando e com muita dor no corpo ele subiu a barroca com a ajuda de Any, que parecia não gostar muito de conversar.
- Mas... - Swow engasgou - quem é você afinal de contas?
- Uma pessoa que está te ajudando - ela tinha um jeito doce de ser grossa - caminhe mais depressa, não tenho o dia todo.
A cada passo suas pernas doíam mais e mais, ele não estava mais conseguindo subir o barranco.
- Anda logo, já estamos chegando - disse ela apontado para atrás de umas árvores - lá estão eles.
Swow forçou a visão e viu tudo o que queria ver, uma mulher de meia idade loira de olhos castanhos, segurando no colo uma garotinha de cabelos enrrolados segurando um ursinho de pelúcia.
- Mãe! Jessie! - gritou Swow.
Ele fez força para conseguir dar mais dois passos e então caiu no chão de terra batida. Sua mãe correu na direção dele com sua irmã cassula nos braços.
- Graças a Deus - ela colocou Jessie de pé no chão ao lado de Swow e o abraçou - você está bem? Onde esteve? O que aconteceu? Achei que... - Sua mãe começou a chorar e o abraçou com mais força.
- Estou bem Mãe! - Ele a abraçou e até deu um sorriso - talvez umas costelas quebradas, mas... - Ele olhou em volta, devia ter mais umas cinco pessoas escondidas atrás da árvore, mas nenhuma... - Cadê o Pai?
Sua mãe o abraçou ainda mais forte.
- Ontem... Ontem a noite - ela disse soluçando, olhou para a filha que estava ao lado e a abraçou também. - Os montros... Eles o pegaram.
- O quê?! - Swow não sabia o que sentia, tinha raiva e tristeza, espanto e agonia. Ele olhou assustado para mãe que estava chorando sobre os cabelos dourados da irmã - Não pode ser... - Ele começou a chorar, percebendo que ali, numa manhã de sabe-se lá que dia, tão machucado que não podia se quer levantar, abraçado com sua mãe e com a irmã de sete anos, aquele era o dia mais triste de sua vida.- Desculpem-me atrapalhar seus momentos de luto - disse Any, que por um momento, Swow nem lembrava que existia. - Mas temos que ir, o barulho que fizemos ontem a noite, deve ter atraído mais deles, e não queremos estar aqui quando chegarem.
- Ela tem razão - disse Molly soltando os filhos e enxugando as lágrimas com a blusa - temos que ir, as malas estão prontas - ela se levantou e abraçou Any - Obrigado, você salvou a minha vida e a vida dos meus filhos, serei grata por toda minha vida.
Any abraçou Molly, e Swow viu uma lágrima rolando por seu rostinho angelical todo sujo de sangue.
- Vou chamar Tobby e Aaron pra colocar seu filho no trailer - ela o encarou enquanto falava, então virou as costas e foi em direção às pessoas que estavam atrás da árvore.
- Sinto muito por seu pai querido - Molly o abraçou novamente.
Swow abaixou a cabeça, não sabia e nem tinha o que falar.
- Any - disse por fim, apontando com a cabeça - quem é ela?
- No meio do caos ela apareceu - Molly olhou para ver se ela estava voltando - estava com o irmão. Quando eu saí do sanitário, seu pai estava rodeado, foi então que eles apareceram, ela matou os Ocos que tentavam me pegar e ele foi atrás dos que tentavam pegar seu pai.
- E então? - Perguntou Swow.
- Aqui está! - Disse a voz de Any para os conhecidos amigos de seu pai, Tobby e Aaron, provavelmente os únicos que sobreviveram. - Ajudem-o a subir no trailer.
- Sinto por Fill - disse Tobby, o amigo gordo de seu falecido pai.
- Sinto por seu pai também - falou Aaron o ajudando a ficar em pé.
Swow fez que sim com a cabeça e não disse nada, usando os velhos colegas de golfe de seu pai como apoio, ele foi até o trailer, nas escadas, Tobby o mais gordo, pegou-o no colo, subiu para o interior do ônibus-casa e o colocou na cama.
- Eu assumo a direção - disse Aaron.
Tobby sentou na mesa junto com Donna, sua mulher. No trailer ainda entraram Greta, a esposa de Josh, um amigo de Fill que havia sido devorado na noite anterior, Jessie, a irmã de Swow, Katy, a irmã de Donna e sua mãe, Molly.
- Você tem que vir - dizia Molly para o lado de fora do trailer - Você não pode ficar sozinha!
- Não posso ir - não era difícil conhecer a voz de Any - não posso, tenho que continuar sozinha, só vou dar mais prejuízo e atrasar o grupo.
- Você salvou a vida de toda minha família - disse Molly - você tem que vir, eu insisto.
Elas ficaram mais ou menos cinco minutos discutindo, até que Any se convenceu e entrou no trailer, sentou no pé da cama que Swow estava e o encarou rapidamente.
- Todos prontos?! - Gritou Aaron no volante, fechou as portas, ligou o motor e partiu.
O silêncio da angústia e do luto empregnava dentro do trailer.Se estão gostando deixem o voto para mim saber se posto mais, e me Digam o que estão achando nos comentários. Obrigado! 😉
O dia foi corrido pessoal, então não vai dar tempo de postar o segundo capítulo hoje, mas amanhã eu posto com certeza, Obrigado! 😉
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The Walking Dead
HorrorUm Apocalipse Zumbi pode ser considerado por muitos o fim do mundo, mas para o protagonista dessa história, Swow Pircing, foi onde sua vida começou, bem... Quase isso. Acompanhe as Aventuras e Decisões dele nessa história pós apocalíptica! #PlágioÉC...