(48) E tudo se repete

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Apos eu e a garçonete termos terminado o nosso momento de diversão, ela foi em bora e eu continuei deitado na cama incapaz de me levantar.

A droga não estava mais no auge, mas ainda se era capaz de sentir seus efeitos, eu estava com o corpo suado e uma sensação de alívio coisa que eu não sentia a um tempo.

-espero que não esqueça esse momento, guarde para somar no final.

Me assusto com o tal anjo entrando no quarto e me enrolo rapidamente no lençol.

-bater sempre é bom, sabia?

-esta na hora de voltar a ser anjo.

Olho para ele com uma cara de interrogação, ele sai provavelmente ficando do lado de fora a minha espera.

Ponho minha roupa lentamente, a sensação de estar vestindo uma novamente era incrível.

-vamos princesa.

Saio do quarto e vou caminhando em sua frente sem o esperar, sinto sua mão em meu ombro direito e a mesma sensação péssima se repete.

Anjo novamente.

-obrigado por avisar.

-relaxa aos poucos você se acostuma.

-podemos tomar caminhos diferentes agora, vou fazer coisas que não são do seu interesse.

Ele sorri e desaparece.

-ha, anjos....

Sem pensar duas vezes caminho em passos apressados em direção a casa da minha mãe.

Chegando la paro em frente a porta e respiro fundo, ponho meu pé direito para dentro e dou um sorriso.

Finalmente.

-mãe... eu to de volta.

Vou correndo até seu quarto mas a mesma não se encontrava la, vou em todos os cômodos da casa mas não, ela não está.

-tudo de novo não, pelo amor de deus.

Vou ao telefone e procuro o último número a ser ligado emergência, Como o imprevisto.

Vou o mais rápido que posso para o hospital, chegando la vejo ela em uma maca na entrada pelo visto tinha acabado de chegar.

Apos alguns segundos os médicos chegaram e levaram minha mãe para uma sala branca, botaram os mesmos aparelhos que antes se encontravam nela, a enfermeira continuava ao seu lado tirando a pressão e as outras providências que tem que tirar.

Chego perto dela e sua pele estava pálida seu lábios estavam um tanto branco, e a máquina que detectava seus batimentos estavam lentos.

-ho mãe, de novo aqui?!

Tento fazer um carinho de leve em sua mão mas não senti nada, eu não sabia porque ela estava desacordada.

Ela ficou naquela situação a quase uma hora e nem um médico veio ha atender,

-como ela está?

Olho para traz de mim e o anjo misterioso estava parado, ereto olhando para mim.

-agora não é hora, faz favor.

-so vim ajudar... oferecer um ombro amigo talvez.

-não preciso do seu ombro amigo.

-agora não é hora de ser ingrato.

Ele se dirige até o outro lado da cama, e põe  sua mão em cima da mão de minha mãe.

-não toque nela.

-ela é tudo pra você não é mesmo?!

Minha mãe é a causa de eu estar aguentando tudo isso, de eu ainda estar lutando para voltar a viver.

-eu ha amo mais do que qualquer coisa no mundo.

Ele caminha lentamente até a poltrona e se senta.

-quando eu o vigiava ainda em vida você... parecia ser muito feliz.

Dou um sorriso ao lembrar dos tempos bons.

-sabe, quando eu era mais novo, colocava os abraços dentro da blusa e dizia as pessoas que os tinha perdido. Eu dormia com todos os animais de pelúcia pra nenhum ficar ofendido. Eu tinha aquelas canetas de 6 cores e tentava carregar todas ao mesmo tempo. Eu esperava atrás da porta para assustar as pessoas mas saia sempre ou porque elas estavam demorando ou porque eu tinha que fazer xixi, eu fingia estar dormindo no sofa so para minha mãe pode me leva pra cama, eu costumava pensar que a lua seguia o carro e olhava para aquelas duas gotas d'água escorrendo pela janela como se fosse uma corrida. Eu começava o jogo de novo toda vez que perdia.
É... eu era criança e queria crescer, onde é que eu estava com a cabeça?

-as coisas acontecem porque tem que acontecer, você não pode fazer nada contra isso.

-eu sei, existem os finais felizes e os finais necessários.

-infelizmente, mas sempre é bom pensar positivo.

-o problema é que eu sonho de mais, e nada acontece.

Um médico entra na sala ganhando nossa atenção, ele olha alguns papéis e balança a cabeça em um sinal de negação.

-vamo la guerreira, agora não é a hora.

O doutor sai correndo pela porta deixando-a aberta.

Olho para o tal anjo  que está com uma expressão indecifrável.

-oque foi? Oque ouve com ela?

-ela não está resistindo.

-não, não, faz alguma coisa cara por favor.

-...infelizmente eu não posso fazer nada Mateus.

-pode sim, eu sei que pode.

Ele faz um sinal negativo com a cabeça e Põe as mãos nos bolsos, minha mãe não ia partir se eu sou um anjo o meu dever é proteger quem eu amo, e é isso que eu irei fazer.

chego parto da minha mãe pondo minha mão sobre o seu coração.

-oque você está fazendo?

-vi Bianca fazendo uma vez e deu certo.

-você não é forte o suficiente para isso Mateus.

-veremos.

-você irá ficar fraco logo após, poderá ficar dias apagado.

Olho para ele com um pouco de esperança que me restava.

-me prometa que cuidará dela se eu não estiver aqui?

Ele não disse nada, sei que é errado jogar essa responsabilidade toda em alguém que eu so conheço a dois dias mas ele é o único que pode me ajudar, nesse momento eu me encontro do um beco sem saída.

Era isso ou... deixar minha mãe morrer.

Isso nunca, eu sempre vou estar aqui para ajudá-la.

-prometa.

Ele olha para minha mãe e em seguida volta sua atenção para mim.

-eu...prometo cuidar da sua mãe, enquanto você não estiver aqui.

Dou um sorriso de lado para ele é fecho os olhos, respirando fundo e tentando relaxar o máximo que eu posso.

Eu podia sentir todas as minhas energias sendo puxadas por ela.
Após alguns minutos ali, eu não estava mais sentindo meu corpo.

-Mateus, ja chega, os batimentos dela ja voltaram ao normal.

Tentei continuar mas o anjo me puxou para traz acabando com a minha sincronização com minha mãe, eu caio  no chão e nesse exato momento os médicos entram, vendo-a e dando suspiros de alívio.

-você foi um anjo da guarda  hoje.

O anjo disse ajoelhando ao meu lado, meus olhos foram se fechando aos poucos e eu apaguei.

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