• Escada •

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Aquela tarde não foi boa.

Mas não foi de todo ruim.

Eu apenas conheci o espaço, descobrindo que nos fundos da casinha charmosa havia uma escada que descia-se no meio de um generoso jardim que seguia até o que chamarei de quadra. Grande espaço, com bancos de madeira branca e marrom, as enormes janelas ventiladas. O chão de uma bonita cerâmica bege com mandalas tracejadas.

Doutor Tomlinson era um bom homem, e nos disse que todos nós eramos ridiculamente iguais - cheios de medo - e estranhamente diferentes.

Alguns estavam lá para largar vícios.

Dos mais banais as neuroses mais caóticas. Como por exemplo a moça que costumava tirar suas roupas em qualquer lugar ou circunstancia em que se encontrava.

O que eu sabia sobre ela, é que já passou por um tratamento mais aprofundado, mas que por enquanto era seguro mantê-la perto de tutores.

Haviam pessoas como eu lá. Não no sentido silenciosas e com sociofobia, mas sim que precisavam de ajuda para conseguirem algo de volta.


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