Paixões e Amores

7° capitulo

Cheguei em casa e tenho uma surpresa.
Richard está de terno me esperando na porta.

-pra que o terno? -pergunto estranhando.

-para comemoramos. -ele diz todo sorridente.

-comemorar o quê? -pergunto desconfiada.

-seu caso, fiquei sabendo que você conseguiu prender o assassino da garota. -ele diz todo sorridente.

-não fiz mais do que meu trabalho. -disse entrando em casa.

A casa estava toda escura, sendo iluminada apenas por velas.

-venha! -disse Richard indo até a cozinha.

Segui ele, e tive mais uma surpresa.
A mesa estava perfeitamente arrumada, com velas em cima.

-pra que tudo isso? -pergunto impressionada.

-tudo pra você. -diz ele tirando minha jaqueta e bolsa, e colocando em cima do balcão.

Ele me faz sentar, e começa a me servir.
Depois ele mesmo se serve e senta a mesa comigo, abre um vinho e coloca para nós dois.

-está tudo muito bonito, obrigada. -digo.

-tudo isso é pra você, pra demostrar meu carinho, minha admiração, tudo porque gosto de você. -ele disse abrindo um sorriso.

Abri um sorriso bobo em resposta, nunca me senti assim.

Há três meses atrás, eu não imaginava que fosse ficar assim, que fosse ser assim com Richard, eu o odiava e agora eu posso dizer que o amo.

-eu te amo. -disse abrindo o sorriso.

Richard me olha, e vejo seus olhos brilhando.

Seu celular toca.
Ele olha para o monitor e faz uma cara feia.

-preciso atender! -ele disse se levantando.

Alguns minutos depois ele volta, seu semblante está mudado, parece triste.

-o que aconteceu? -perguntei.

-nada não, apenas coisas do caso. -ele disse.

-quer conversar? -pergunto na esperança dele me contar.

Em um mês, Richard começou a receber ligações estranhas, e sempre tinha que atender, depois ele voltava triste e só dormia.

-não, eu resolvo isso, agora vamos terminar de jantar. -ele disse abrindo um sorriso.
Um sorriso triste.

Depois de jantarmos, ele me levou até o quarto e tomamos banho juntos na banheira.

-ainda não demos um nome para o gato. -ele disse enquanto lavava meus cabelos.
Adorava o modo como ele fazia, massageando desde a raiz até as pontas.

-que tal farinha? -digo me lembrando de onde eu o encontrei.

-farinha? Por que? -ele pergunta soltando uma risada.

-bem, já que encontrei dentro do pote de farinha, nada mais justo, e a propósito, por que ele estava dentro do pote de farinha? -perguntei rindo.

-acho que ele se escondeu lá. -falou sorrindo. -farinha é bom, bem, agora vai ser farinha.

Terminamos o banho e fomos para a cama.

Começamos a nos beijar, o clima esquentando, ele alisa todas as minhas partes.

-eu te amo. -falei novamente entre os beijos.
Ele não respondeu nada, apenas olhou pra mim com o brilho no olhar.

Fizemos amor a noite toda.
Dessa vez foi diferente, como se tivéssemos nos despedindo.

Não falei nada dele não me responder, não preciso de resposta falada, eu tenho as ações dele que demostram o amor.
Dormimos agarrados, e ele fazendo carinho no meu cabelo.

...

Acordei no meio da noite, passei a mão no lado da cama e não senti Richard.
Olhei o relógio em cima do criado mudo.
Eram 3:30 da madrugada.

-Richard! -chamei sonolenta. Mas não escutei nada.
Levantei da cama meio tonta ainda pelo sono, e vi algo em cima do criado mudo.
Uma carta.

Minha querida Sally, tive que sair para resolver um problema do caso, não se preocupe, devo chegar em casa antes do amanhecer.
Você não sabe o quanto fiquei feliz ao escutar você dizer "eu te amo"
Também te amo minha marrenta.
De seu amor, Richard.

Que estranho.
Richard nunca me escreveu uma carta, senti algo estranho, como se alguma coisa de ruim fosse acontecer.
Liguei para o celular de Richard, mas só dava na caixa postal.
Retirei o pensamento de que alguma coisa tinha acontecido e voltei a dormir.

Sou acordada pelo meu celular.
Não parava de tocar.

-alô? -atendi sonolenta. -Richard é você?

-Sally sou eu, Minzy, liga a televisão no tele jornal agora, já estou indo aí. -disse Minzy desesperada.

Não acredito que mais uma das garotas morreu, de novo.

Liguei a TV no tele jornal que ela mandou.

"A polícia de nova York está investigando, mas provavelmente foi um acidente, infelizmente uma pessoa morreu, ainda não temos notícia de quem é."

O cara do tele jornal disse.
Senti um aperto no peito na mesma hora.
Então mostraram a placa do carro, a única coisa que sobrou "intacta"
Meu coração parou na hora, era a placa do carro de Richard.
Não, não deve ser.
Alguém deve ter pegado o carro dele e aconteceu o acidente.
Fiquei de olho no tele jornal, esperando mais informações.
O carro estava totalmente queimado.
Pelo que o cara disse, o carro bateu em algo, capotou e pegou fogo.

"Voltamos com mais informações, encontramos o nome da vitima, Richard Andrew fernandez..."

Escutei até a parte que ele diz o nome de Richard.

Não pode ser, não não não, não posso perder o Richard.
Primeiro minha família, depois o Bob, e agora o Richard?
Não posso acreditar.

Escuto uma zoada na porta e depois passos na escada.
Sei que é a Minzy, pois só ela além de Richard e eu tem a chave.

-Sally. -disse Minzy chorando.

Não percebi que estava chorando até ela me abraçar e limpar minhas lagrimas.
Não posso acreditar, Richard não está morto, ele não pode está morto não agora.

-isso dói Minzy. -disse chorando.

-eu sinto muito. -ela disse me abraçando mais.

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Por favor não me matem.
Esse é só o começo do livro.
Sally ainda vai ter muitas surpresas no decorrer da história.
E ainda vai ser muito feliz.

Eu espero. :D
Kkkkkkkkkkk