Capítulo - 16

909 64 4
                                    


Acordo assustado, tremendo, em meu sonho eu estava novamente com 17 anos e estava sendo acusado de agressão, minha mãe não falava mais comigo, meu pai estava sempre bravo, meu irmão era o único que ainda falava comigo, é porque pensávamos igual. Kat me provocou, eu nunca quis machuca-lá, eu a amava, bom pelo menos era o que eu achava. Por causa de Kat tive que ir a psiquiatra, todos os dias, tomar remédios para controle de raiva, ela destruiu minha vida e minha mente.

(...)

Levanto da cama e vou tomar um banho, lembro de quando havia estado na casa de Emma e ela estava no banho, me lembro do corpo dela em baixo da água, a água molhando seu corpo todo. Tento afastar todos os pensamentos relacionados a Emma, se estou mesmo apaixonado por ela, ela deve ficar longe de mim. Eu ainda quero machuca-lá mas não quero que ela vá embora da minha vida. Preciso afasta-lá, encontro minha mãe na cozinha chorando, pergunto o que aconteceu e ela aponta para o meu bloco de notas, como ela o encontrou? Eu deixei escondido dentro do meu cofre. Fico sem reação, ela leu todos os meus pensamentos, inclusive os que eu tive quando machuquei Emma, ela sabe de tudo.

- Mãe eu posso explicar.
- Pode mesmo? Você não tem consciência de seus atos, torturar uma pessoa e depois se envolver com ela pra fazer com que a vida dela seja um inferno, que Tipo de pessoa é você ? Todos aqueles anos de tratamento psiquiátrico e os remédios não ajudaram em nada.
- Mãe eu sinto muito mas tudo aquilo foi em vão, aquilo só me deixou pior. Naquela época eu era normal, foi por causa da kat que tive que fazer todos aqueles exames e tratamentos pra raiva. Ela me provocou até eu perder a cabeça e bater nela, ela estava me chantageando para que eu continuasse com ela. Eu não queria mais, não depois do que ela tinha feito, mãe eu amei ela.
- Você não sabe o que é amor James, apesar de eu ter lhe dado todo o meu amor, carinho e afeto, você continua doente.
- MÃE PARA DE FALAR QUE SOU DOENTE, QUE DROGA! EU NÃO SOU DOENTE.
- NÃO FOI O QUE EU VI.
- Por favor mãe me ouve e tenta me entender.
- Não quero ouvir, você se afastará da Emma e voltara a se tratar com o psiquiatra, e ficara no hospital psiquiátrico até melhorar. Se você não fizer isso eu mostro esse seu caderno para a policia e você ira para a prisão.
- Mãe...
- Nada de mãe, ou você faz isso ou você nunca mais me verá ou verá a luz do dia.
- Ir para a prisão é a mesma coisa do que ir para um hospital psiquiátrico.
- James ou é isso ou é nada.
- Está bem.

Minha mãe não me entende, nem ao menos tenta, eu farei o que ela me pediu mas não só por ela, farei pela Emma, ela merece ter paz.

{...}

Quinta.. Sexta.. Sábado.. Os dias passam voando, o dia do casamento do meu está chegando e minha mãe acha melhor que Emma ir para que eu possa explicar para ela o motivo do meu sumiço e porque eu me afastarei. Eu não entendo muito bem o porque mas concordo mesmo assim, eu preciso ver ela mais uma vez.
Domingo finalmente chegou e apesar de tudo eu estou ansioso para ver Emma, me arrumo e vou buscar Emma, minha mãe me dá um colar para que eu dê pra ela, acho que é como um pedido de desculpa por ela estar nos afastando, ou talvez não. Emma está linda, me contenho para não abraça-lá e beija-lá, eu quero estar com ela mas agora eu não posso mais.

- Oi, minha mãe pediu pra mim te dar, é pra você usar hoje.
- Ãhn, ta bem.

Ela fica me olhando por um tempo e se vira para que eu coloque o colar, meu dedo encosta na sua nuca e sinto uma descarga elétrica passar pelo meu corpo. Ela fez isso?

- Emma vamos?
- Ah sim, só tenho que pegar minha bolsa.

Depois que ela pega sua bolsa vamos para o elevador, eu quero falar com ela explicar o que está acontecendo mas nesse momento eu só quero estar perto dela, eu sei que no final dessa noite eu nunca mais poderei olhar para ela. Enfim ela cansa do silêncio.

O Psicopata e a Suicida (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora