Lembro de sorrisos, lembro de esta feliz, mas também lembro que os sorrisos é risos, e se desfizeram em gritos.
Lembro de pequenos estilhaços luminosos.
Uma pequena luz que se transformou em escuridão.___________________________________
Acordei com um beijo na testa. Abri meus olhos com dificuldade, era como houvesse um peso entre meus olhos, impedindo de abri-los.
Não conseguia definir quem estava na minha frente.
Aos poucos minha visão foi voltando a normal e vi um homem próximo a mim, ele falava algo, mas eu não conseguia compreender.-Alana! Como está se sentindo ? - perguntou o rapaz de olhos azuis que me olhava com preocupação.
-O que... aconteceu? - Alana disse concerta dificuldade.
- Está sentindo alguma coisa?
- Dor de cabeça.
- Calma, já chamei a médica.
Olhei em volta, as paredes brancas declarava que eu estava em um hospital, a porta se abriu e uma mulher alta de cabelos pretos jogados no ombro entrou.
- Sou a Dr. Angella. Como você está Alana? - perguntou se aproximando da cama onde eu estava.- Alana falou que estar com dor de cabeça doutora. - respondeu o rapaz de olhos azuis.
- É normal sentir algumas dores nesse momento, você passou muito tempo desacordada, vou pedir para lhe aplicar mais alguns analgésicos. - Ela começou a mexer em minha perna esquerda e uma dor insuportável subiu por ela. Não consegui me conter e gritei de dor. - Está tudo bem. Você ficará boa.
- O que aconteceu com a minha perna?- Esta quebrada, mas em poucos meses voltará a andar normalmente. Preciso ver outros paciente, qualquer coisa é só me chamar a enfermeira.
Joguei a cabeça no travesseiro, tentando entender o que estava acontecendo, me lembrei do rapaz que estava na minha frente quando acordei, olhei em volta, ele estava sentado em um sofá no canto com a cabeça abaixada, ao perceber que estava olhando para ele, se levantou e veio na minha direção. O reconheci nesse momento, era Luke, meu irmão mais velho. Antes mesmo que eu pudesse dizer algo ele me abraçou. Mesmo com as dores intensas que estava sentindo por causa do esforço, não quis me afastar dele.
- O que aconteceu Luke? Como vim parar aqui?
Luke se afastou de mim, sentou na beirada da cama e segurou minha mão.- Você sofreu um acidente de carro. - luke diz olhando para nossas mãos.
- Mas como? - eu não consigo lembrar.
- Não se lembra Alana? Você estava com o papai e com a mamãe, estavam indo passar o Natal comigo.
____________________________________Estava encostada no carro esperando meu pai colocava,as malas no porta-malas.
- Pai, hoje é Natal, podemos viajar amanhã.
- Não filha, vamos hoje - Disse sem parar o que estava fazendo
- seu irmão já alugou a casa onde vamos ficar.
- minha mãe saiu de casa
pela porta da frente com uma pequena mala na mão.- Luke alugou uma casa no meio dos matos,ele mora em Las Vegas né ?
- Vamos ter um natal diferente esse ano filha, um natal em família em um lugar tranquilo.
- mamãe disse colocando sua mala dentro do carro junto com as que papai havia terminado de arrumar - Você vai gostar querida - continuou passando por mim, parando para me dar um beijo na testa e em seguida entrando no carro e sentando no banco do passageiro ao lado de papai.
Levantei as mãos para cima me dando por vencida, abri a porta detrás do carro e me sentando disse:
- Ah claro, sempre sonhei em andar de cavalo e ficar perto de um monte de caipiras no natal.
Percebi que mamãe ria enquanto papai dava partida no carro.
- Fica tranquila filha, lá não tem cavalos só burros - disse papai se virando para traz sorrindo. Acabei rindo com ele, não tinha como resistir a aqueles olhos escuros sorrindo.
Eu me parecia com ele, apesar de seus cabelos negros e os meus loiros. Minha mãe sempre dizia que eu era a cópia dele, que nosso gênio era idêntico.- E aliás, você quem quis viajar no natal. - completou papai virando novamente para frente e colocando carro para andar.
- Sim, mas para Las Vegas.
Digo resmungando.____________________________________
Depois de duas horas andando no meio do nada , papai resolveu parar em um posto para irmos ao banheiro.
- Senhor Jackson o banheiro é horrível - disse assim que voltei ao carro.
daquele lugar horroroso - quase vomitei.
- Não é tão ruim assim filha - papai falou- Não, imagina. Só é um banheiro em que homens e mulheres usam juntos.
E vocês homens são porcos, mijam em qualquer lugar.
- Não é bem assim, nem todos somos iguais - olhou pelo para mim pelo retrovisor assim que saímos do posto de gasolina.
- Pode até ser mas usaram a pia como privada pai, e isso é nojento. - franzi o cenho lembrando de como encontrei a pia quando fui lavar minhas mãos.
Meia hora se passou novamente, não falávamos nada. Estava olhando para fora quando mamãe quebrou o silêncio.
- Vocês estão um saco hoje, vou ligar o som para animar isso aqui. Coloca o cinto querida - disse mamãe quando viu que eu estava virada de lado sem o cinto.
Me ajeitei no banco bufando e coloquei o cinto enquanto mamãe e papai começam a cantar acompanhando a música que estava tocando: footloose.
Quando percebi todos estávamos cantando e sorrindo.
Papai e mamãe sorriam e dançavam sentado no carro, parei por um segundo e fiquei observando eles juntos, catando e se olhando, nesse momento percebi o quanto se amavam e o quanto eu era sortuda por ser filha dos dois, por ter sido um pedaço desse amor imenso que demonstram todos os dias sentirem um pelo outro, quando de repente me assustei com uma buzina insistente e uma claridade forte no meu rosto e tudo ficou escuro.Olhei para meu irmão na frente, ele me olhava curioso, esperando que eu dissesse alguma coisa.
- Agora eu me lembro. Lembro de quando saímos de casa, da viajem. E lembro da claridade.
- Era um caminhão, o motorista dormiu por alguns segundo e perdeu o controle. - disse Luke limpando uma lágrima que escorria pela minha bochecha.
- Onde está papai e mamãe Luke? Eles estão bem né?
Luke não respondeu, desviou o olhar para nossas mãos. Me desesperei e tentei me levantar mas uma pontada na minha perna esquerda me fez desistir.- Calma Alana, fica deitada. - disse Luke me segurando na cama
- Me fala Luke, cadê eles - exigi dele
- A mamãe está... está em coma, os médicos não me deram muitas informações sobre o estado dela ainda.
- E o papai?
- O papai - Luke fechou os olhos e soltou minha mão colocando-as em seu rosto, balançando a cabeça de um lado para o outro- O papai não resistiu - disse finalmente tirando as mãos dos rosto, lágrimas corriam pelo seu rosto.
Eu não conseguia acreditar, não podia ser verdade. Luke se aproximou de mim novamente me abraçando, senti seu coração batendo acelerado em seu peito enquanto ele soluçava.
Não precisávamos de palavras, só precisávamos um do outro.- Vai ficar tudo bem Alana, vai ficar tudo bem - repetia para mim, mas era como se ele mesmo não acreditasse nas próprias palavras, repetindo-as de modo que fizessem algum sentindo para ele.
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Foi apenas um sonho
RomanceSinopse Alana,morava com seus pais em New York,era uma adolescente de 17 anos,gostava de fotografias, era popular na escola é chamava atenção dos homens. Alana tinha um Dilema (Viva intensamente) Mas sua vida muda completamente quando sofreu um ter...