Mônica está assistindo a um filme de terror com Sansão quando vê uma cena aterrorizante.
-Chega! - exclamou ela. -Detesto estes filmes violentos.
-Ha ha. Olha só quem fala. A maior calasca da tulma - disse Cebolinha, assustando a garota.
-Eu não sou nada disso. Só me defendo quando alguém me xinga - rebateu ela.
-Pois pla mim você devia tomar cuidado - disse ele,dando um risinho.
-Porquê?
-Bom, qualquer dia você pode plovocar uma tlagédia.
-Até parece - disse ela, saindo de casa e fechando o portão.
Ao passar por uma lata de lixo, ela vê Cascão sair de dentro da lata e dizer:
-Oi Mônica. Quer ver uma coisa que eu sei fazer?
-O que é?
-Dentuça, gorducha!- respondeu o garoto, fazendo uma careta e deixando a menina furiosa.
-Volta aqui seu moleque! Volta aqui!- gritou Mônica, correndo atrás do Cascão e acertando o coelhinho nele. -Que isso sirva de lição pra você aprender a... - e, ao chegar perto do corpo do garoto se assusta ao ver o corpo cheio de sangue. -Aaaaaai! O Cascão tá cheio de sangue.
-Sua... sua... assassina - disse Cebolinha, se aproximando dela.
-Eu?
-Clalo, você atacou ele.
-Mas isso nunca aconteceu isso! Ele já estava machucado.
-Não tava, não! Eu tô de plova! - disse Cebolinha, apontando o dedo pra ela.
-Mas eu só fiz assim - disse Mônica, batendo na cabeça de Cebolinha com o coelhinho. O garoto se vira e a cabeça está coberta de sangue.
-Cebolinha, fale comigo!
-Você não conhece a sua folça, mas agola já é talde - respondeu o garoto.
-Não, não pode ser. Não! - gritou ela.
-Mônica?
-Diga, diga, diga.
-Eu posso fazer um último pedido?
-Claro, fala logo!
-Eu quelia que você palasse de bater nos meninos mesmo que eles te xinguem e façam caleta - respondeu o menino.
-Tá bom, tá bom! Eu prometo!- ela gritou.
-Cebolinha, fale comigo! Ele se foi e o Cascão também. E minhas mãos... Aaaaaah - ela gritou e saiu correndo para lavar as mãos. -Foi sem querer! Eu juro que...
-Falando sozinha, Mônica? O que houve? - pergunta Magali, assustando a amiga.
-Magali, eu sou uma... assassina!
-O quê? Que história é essa, Mônica?
-Magali, você nem imagina!
Enquanto isso, do outro lado do campinho, Cebolinha e Cascão se levantam para ir embora e se limparem.
-Ô, Cebolinha! - disse Cascão.
-E aí? Ela já foi? - pergunta Cebolinha para o amigo.
-Acho que já- respondeu Cascão, espiando para ver se Mônica ainda estava por perto. -Ainda bem, eu não aguentava mais essa posição.
-Ai! Aquela coelhada doeu!- exclamou o garoto de cinco fios de cabelo.
-Mas você tem que leconhecer, Cascão, esse plano é ótimo- disse Cebolinha, apontando o dedo para o amigo.
-É, mas gastou muito ketchup.
-E daí? A Mônica nunca mais vai bater na gente - rebateu Cebolinha.
-E se minha mãe descobre?
-Colagem, Cascão, foi por uma causa justa!
-Só tem um problema.
-Qual?
-A Mônica pensa que a gente morreu. Como vamos aparecer vivos de novo?
-Fácil. A gente fala que foi no médico e salou - respondeu Cebolinha.
-E o que a gente faz agora?
-Você eu não sei, mas eu vou tomar banho e tilar todo esse ketchup! - Ao ver Mônica e Magali se aproximando, ele manda Cascão se deitar novamente.
-Lá estão eles - disse Mônica, indicando os meninos para a amiga.
-Nossa, igual aos filmes da TV.
-Eles vão me prender!
-Engraçado, de repente me deu uma vontade de comer hambúrgueres!
-Magali! Como pode pensar em comida numa hora dessas?
-Sei lá. Tá um cheirinho de ketchup! - respondeu Magali e as duas se assustam ao verem algo se mexer atrás de uma moita.
-Ai, os guardas chegaram!
-É só o Bidu, Mônica.
O cachorrinho sai de trás da moita e cheira o ketchup e lambe a barriga de Cascão.
-Bidu! Ficou maluco? Sai daí. Lambendo sangue! Onde já se viu?
-Bom, Mônica, acho que eles morreram mesmo. Agora tem que enterrar imediatamente - disse Magali, olhando para os meninos.
-Enterrar? Onde? Como? E eu não tenho coragem - disse a menina, triste.
-Bem, eu conheço alguém que tem - rebateu Magali, dando um sorriso maldoso. Enquanto Bidu cava o buraco para enterrar os meninos, Magali olha por cima da cerca. - Olha lá, os buracos já estão quase prontos. Você sabe, né, Mônica, tem que cavar bem fundo mesmo. Ele parou de cavar. E encontrou ossos! Agora é só pegar os meninos e....
-Milagle eu fiquei bom! Eu fiquei bom!
-Eu também! Eu também!
-Meus amiguinhos! Que bom! Estou tão feliz! - gritou Mônica, correndo para abraçar os meninos.
-Eu tô achando essa história muito estranha.
-Não se mete, Magali.
-Oi, crianças.
-Mãe? - pergunta Cascão.
-Eu sabia que isso ia acontecer!
-Calma, eu posso explicar - disse Mônica, olhando para a mãe do Cascão.
-Bem que eu desconfiei quando você me pediu aquele vidro de ketchup!
-Eu... Ketchup?
Cebolinha e Cascão tentam escapar mas Magali os impede. A mãe do Cascão fala que vai comprar outro vidro de ketchup, mas avisa que se for pra fazer isso nem peça mais à ela.
-É, né, Cascão? Quando não é você quem entlega o plano, é a sua mãe.
-Temos umas continhas a acertar - disse Mônica, segurando os dois.
Ela pega o coelhinho e bate nos dois, sujando seu coelhinho de sangue.
Minutos depois, a mãe do Cascão volta e chama os meninos para tomarem um lanche.
-Tenho uma surpresa para vocês: hambúrgueres com bastante ketchup - disse ela e os meninos ficam assustados e saem correndo pela janela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Turma da Mônica em O Plano Sangrento e Outras Histórias
HumorEsse livro conterá diversas histórias da turma da Mônica, incluindo O Plano Sangrento, O Mônico e muitas outras. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À GOHANTAIKI