27° capitulo

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Era ele, mas como?
Ele estava morto, não estava?

Assim que Richard sentou na cadeira, houve um pequeno tumulto de vozes, várias pessoas murmurando.
Eu não conseguia falar nada, estava parada, olhando para ele.
Como era possível que ele estivesse vivo?
Eu vi a reportagem, eu vi seu corpo dentro de um caixão.
Eu chorei por ele, chorei muito!

-ordem, ordem no tribunal! -falou o juiz batendo o Martelo.
As pessoas foram se calando aos poucos.

-senhor Richard Andrew fernandez, poderia nos contar como o senhor estar vivo? Se meses antes foi declarado a sua morte por um acidente? -perguntou o advogado de acusação

-desculpe, mas isso é informação confidencial! -ele disse num tom sério e exigente.
Nunca tinha escutado ele falar assim.

-você não pode esconder um fato importante como esse senhor, por acaso foi milagre? -o advogado perguntou com ironia.

-não, essa informação só diz respeito a mim e ao meu departamento, e inclusive o juiz, que me permitiu não revelar absolutamente nada desse caso. -ele estava muito indiferente.
Não apenas seu físico, mas o seu jeito de falar, parecia esnobe, autoritário.

-meritíssimo peço a palavra. -disse Emanoel se levantando.

-palavra dada. -disse o juiz.

-senhor Richard Andrew fernandez, como sendo a única testemunha viva do assassinato do senhor borbeley Andmus Leirt e do senhor Derlys Harrison, pode nos contar o que aconteceu desde o começo? -perguntou Emanoel.

-eu e o Bob procuramos incansavelmente pela Sally, fazia três dias que ela tinha sumido, encontramos um dos capangas dele que nos revelou várias informações, mas foi devido a uma agente que encontramos o local onde ela estava.
Fomos até lá e encontrei a Sally trancada em um quarto, ela estava muito debilitada, e mal conseguia andar, suas pernas sangravam, seu rosto estava bastante inchado e também sangrava, a tiramos de lá.
Mas depois começou um tiro-teio entre os policiais e os capangas do Harrison.
Eu deixei Sally em um local seguro e fui ver o que estava acontecendo.
Depois de tudo o que aconteceu, Bob tinha sumido, acabei tomando um tiro no braço.
Sally apareceu cambaleando e perguntou por Bob, eu disse que não tinha visto, estão escutamos um tiro, Sally pegou minha arma caída no chão e correu para ver o que aconteceu, me levantei e fui atrás dela, quando consegui alcanca-la, vi que Harrison levantou a arma para ela e atirou, ela também atirou.
Ele caiu no chão, já morto, e depois ela desmaiou em minhas mãos.
Vi que o agente Bob estava morto perto do Harrison, e esse é meu testemunho. -disse Richard saindo sem pedir permissão ao juiz ou a todos lá.

Estava com a boca aberta, não acreditava naquilo.
Ele poderia ser preso pelo desrespeito.

-esse julgamento ficara em pausa por algumas horas para podermos darmos a sentença da réu. -disse o juiz se levantando, algumas pessoas o acompanharam.

Saímos do tribunal e fomos até uma sala, lá estava Minzy, Steven, Bryan, Lucca, e Carmem.

-Sally! -disse Minzy vindo até mim.

-a quanto tempo você sabia Minzy? -perguntei.

-não muito tempo, eu o peguei na sua casa uma vez, ele não me disse muita coisa, apenas foi lá pra ver como você estava. -ela disse se sentindo culpada.

-por que não me contou? -gritei.
Era o que eu mais queria fazer, gritar.

-e-eu não sei, fiquei com medo da sua reação. -ela disse, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

-eu tinha o direito de saber porra, eu tinha! -gritei.
Senti uma dor na barriga e me contorci.

-Sally! -gritou todos ali.
Emanoel me pegou no colo e me deitou em um sofá.

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