Meu Novo Chefe Estúpido

1 - Matar meu Chefe

Virei a noite sem dormir, pensando e repensando em como seria, enfim, hoje.
Eu me sentia exausta, minha bateria parecia pronta para descarregar à qualquer momento, no entanto, não podia me dar o luxo de mais alguns minutos para pelo menos tirar um cochilo, uma vez que já estava no horário de ir para a empresa.

Naquele tempo em que fiquei acordada, não contive a curiosidade de pesquisar um pouco da vida desse meu nome chefe. No final de tudo acabei me sentindo frustrada, porque na verdade tudo o que estava ali sobre ele, era o que as pessoas falavam.
Tirando a parte em que Liam tem seus vinte seis anos, já trabalhou de modelo para algumas revistas famosas e tem uma irmã mais nova de vinte anos, o resto nada mais que eu já não saiba.

Levanto da cama me rastejando com minhas meias verdes, macias e vou direto para meu armário separar a roupa que vou usar. Nada que chame atenção e também não exiba muito meu corpo, então o escolhido foi um vestido de corte simples, com uma estampa nada chamativa e um decote mínimo. Deixo tudo em cima da cama e entro no banheiro para fazer minha higiene. Quando termino vou me vestir as pressas.
Meu desejo não era chegar tarde, mas pelo jeito como as horas estão à correr...

Desço as escadas me dividindo em não deixar a bolsa cair do meu ombro, pentear meu cabelo embaraçado com os dedos - porque a escova simplesmente resolveu sumir só pra me ajudar - e calçar o sapato. Quando chego na cozinha só pego apenas uma banana e deixo minha casa correndo.

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Quando alcanço o prédio imponente do meu trabalho, a alça da minha bolsa já estava toda retorcida, pela intensidade da minha ansiedade. Também não era para menos. O dia de tê-lo pela primeira vez em minha frente, chegou, e eu estava literalmente sem saber o que me vem pela frente.

Colocando para dentro uma grande quantidade de ar, passo a andar em direção a entrada, sendo recebida logo de imediato pelo frescor agradável do ar-condicionado.
Estava tão absorta em meu próprio mundo que passei pelas pessoas, direto para o elevador sem cumprimentar ninguém. A porta fechou e eu passei a fitar minha imagem pálida refletida no espelho do lado direito. Observei minhas feições, exatamente como elas estavam ali, era também como me sentia por dentro. O receio estava bem explícito; precisei respirar mais uma boa quantidade de ar, tentando me convencer que esse encontro, ou melhor, que essa substituição não será um início da minha sentença de morte, ou algo do tipo.

Quando as portas se abrem eu já estava tentando afastar aquele pavor para bem longe de mim, porque com certeza ele não me ajudaria em nada. Caminho para minha mesa em meu salto médio, forçando-me a não olhar para a plaquinha onde indica a sala da presidência.

Não estava totalmente no meu controle ainda, precisava de mais um pouco de tempo para me recompor.

Em meio aos meus devaneios, Sheila, a recepcionista se aproxima de mim, com um sorriso de cobra.

- Bom dia, Charlotte! - Seu tom falsamente animado me faz revirar os olhos.

Essa mulher me persegue. Ela nunca aceita que em meus três anos aqui eu consegui um cargo melhor que o seu e também, por minha competência tive a confiança e carinho do senhor Simon.

- Bom dia, Sheila! - Retribui com a mesma intensidade de antipatia. - O chefe lhe deu permissão para sair andando pela empresa, largando a recepção com pessoas nela esperando para serem atendidas?

- Eu cuido do meu, você do seu. - Ela responde com irritação. Eu apenas sorrio, percebendo que a aparição desagradável dela me fez relaxar por alguns segundos. Segundos que passam tão rápido quanto veio, assim que ela diz: - Falando nele, ele te espera na sala.