Quatro.

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       Estava indo embora da escola quando o mesmo apareceu de repente com seu carro e abriu o vidro.
       - Quer carona? - Ele perguntou, não queria pegar outro táxi então simplesmente abri a porta e entrei. O silêncio estava me irritando.
       - Olha aqui seu babaca, primeiro você me trata super mal, praticamente esfrega na minha cara que eu sou puta, depois enche meu saco e agora faz... Isso. - Joguei tudo pra fora. - Qual é a sua?
     Ele soltou uma gargalhada, fiquei séria. - Quero te mostrar o que perdeu aquela noite, gata. - Ele olhou malicioso.
     Fiquei espantada com o atrevimento. - Não vai achando que vai ser assim não. - Continuei séria. - Não vou ter nada com você, muito menos no trabalho, já disse pra... Moça, que se for você nem me chame.
     - Vamos ver. - Ele parou o carro, e pelo meu azar, era uma rua praticamente vazia, e estava anoitecendo. Ele me olhou e chegou mais perto. Não podia negar, era lindo.
    Algo me fez chegar mais perto dele ainda, eu não queria, mas queria fazer aquilo. Então ele me puxou e me beijou, era um beijo delicioso, não era calmo, nem romântico, era um beijo desafiador. Aceitei o desafio, retribui o beijo. Ele começou a tirar minhas roupas quando eu parei.
     Abotoei minha blusa de novo e sai do carro. - Eu te disse que de mim você não consegue nada, menino. - Dei uma risada como se estivesse o desafiando, e estava, o jogo estava legal, e por mais que eu disse que não ia jogar, acabei entrando. Ele ficou assustado. - Gostou, não é? - Ele sorriu. - Você é louco. Fui embora, o prédio estava perto.
    Aproveitei que tirei a semana de  "folga" e me dediquei aos estudos. E por mais que eu tentasse não lembrar, era impossível, tinha uma faísca entre nós, e cada vez mais ela aumentava, é claro que não era nada sério, mas era bom. Se eu não ganhasse esse jogo logo iria ceder, e não deixaria isso. Pois bem, ele queria jogar? Que comece o jogo.

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