Hoje estava a ser um daqueles dias difíceis de aturar, em que, acreditando ou não, o ponto alto do dia (até agora) tinha sido falar com um completo desconhecido!, mas também, quem é que não gosta de novidades.
Começo a pensar que se calhar nem tinha sido a conversa mas sim o olhar que me manteve a falar com Edgar, já que só estávamos a falar de tipos de peixes num mercado ao ar livre, isso ou a sua voz profunda... ou o seu cabelo perfeitamente penteado ou qualquer outra coisa, já que tudo nele me fascinava... Se não tivesse sido o facto de eu ter falado com ele, já me teria ido embora, farta daquele cheiro a tripas de peixe, e se me tivesse ido embora nunca teria encontrado o gatinho abandonado que estava a passar enquanto falávamos de chicharros. Fiquei com ele e, graças ao seu focinho rosa com formato de coração e o seu pêlo branco angelical, chamei-o de Cupido.
Depois de o ter lavado e de ter dado uma lata de sardinha ao meu novo amiguinho de quatro patas, deitei-me e adormeci a ver o subir e descer do peito do Cupido.
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Ao Fim do Arco Íris
RomanceUm livro, oito histórias, oito emoções, oito cores. Cada história representa uma cor e uma emoção, da raiva ao amor, passando pela humilhação e pelo remorso. Por fim também oito personagens diferentes.