Capitulo 23: O plano de Agnes

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-Isso! Põe mais para o lado! Eu quero essa festa a melhor de todas!-Sophia apontava para todos os lados, indicando os lugares desejados para os trabalhadores.-Aliás, eu to pagando pra isso.

Ela abriu um espelhinho e abriu o gross. Começou a passa-lo sobre os lábios, e viu pelo reflexo do espelho uma sombra negra atrás dela.

-AH!-Gritou, deixando o espelho e o gross caírem de suas mãos.

Ela olhou para trás, enquanto sua mão estava entre o peito que se contraia várias e várias vezes por conta da respiração acelerada.

-Agnes, que susto!

-OI...-Agnes acenou.-Viu um fantasma?

-Não é que eu tive a impressão de ter visto um vulto,e...-Ela tentou se explicar.-Esquece. Bem, por que está aqui? -Sophia cruzou os braços.

-É que eu queria saber se eu poderia te ajudar em algo...-Ela não tirava o olhar do de Sophia, tentando a hipnotiza-lá.- Você deixa eu te ajudar a arrumar a boate para o seu aniversário?

Sophia estava começando a ser persuadida.

-Por que...Por que eu...Deixaria?

-Por que?-Ela riu.-Porque a mamãe deixou.

Sophia começou a ver tudo embaçado, e uma forte dor de cabeça a dominou. Em sua vista, formaram borrões sobre o rosto de Agnes, transformando-o no rosto de sua irmã, Helena.

-SIM Helena...Eu deixo...-Sophia dizia sem consciência nenhuma.

-Então tudo bem.-Agnes estralou os dedos, e Sophia acordou do transe.

Sophia caiu em si ainda confusa,não entendendo o por quê sua "irmã" estava sua frente, sem saber que era Agnes disfarçada.

-Arrume as coisas ai, eu...Eu já volto.-Apontou para os utensílios jogados no lado da parede ainda zonza.

Sophia passou por Agnes e esbarrou em seu ombro ainda atordoada. Ela por sua vez, esperou a sala ficar sozinha, e pois o seu plano em ação. Aproximou a palma de sua mão em uma das paredes, e se concentrou. Nela, se formou uma barreira que envolveu todo o lugar, uma barreira negra.

-Pronto, os poderes deles não podem funcionar aqui.

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-Oi, oi!- Anita abriu a porta do quarto da amiga.

-Nossa, você chegou muito cedo!-Dália se surpreendeu, olhando o horário no celular.-Ainda são quatro horas da tarde. A festa começa as nove.

-Claro! Vim na missão de arrumar você, já que não leva o jeito com makes e roupas.-Anita começou a mexer dentro das bolsas que tinha trazido.

-E essas bolsas ai?Vai viajar?-Brincou.

-Eu vim preparada! Olha o tanto de base que eu trouxe! Eu não sabia qual usar, então eu trouxe toda a maquiagem!-Riu.

Dália se levantou da cadeira e abriu o guarda-roupa.

-Então...Eu acho que o meu problema e outro...-Mordiscou o lábio inferior.

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Arion observava o teto do seu quarto pensativo. Ultimamente, estava pensativo demais, ele não costumava pensar e sim por em prática. E era isso que iria fazer, por em pratica.

Saiu da cama, e foi diretamente tomar uma ducha, estava decidido a ir.

Miguel ouvia a barulheira vinda de Arion.

-Miguel, você viu uma blusa minha...-Ele pareceu só de calças na sala, secado os fios de seus cabelos com uma toalha.

-Eu não sou o varal. Já pensou em ver lá? -Miguel manteve a vista sobre as folhas do livro que estava lendo.

-Ae!

Depois de alguns instantes, Arion pareceu novamente, só que já todo arrumado, amarrando as suas pulseiras de couro sobre o pulso.

-Você não disse que não iria para essa festa, Arion?- Miguel olhou de cima da lente do óculos.

-Não existe mau tempo para festa, Miguel. Ele piscou.

-Eu sei o por quê você vai.-O arcanjo se levantou.-Você sabe que Agnes estará lá. -Miguel foi até o amigo, e o barrou com o livro sob seu abdômen.-Não tire os olhos dela, e se acontecer alguma coisa, eu saberei.

-Eu sei.-Assentiu.-Em falar nisso, você pode me emprestar as chaves do carro?

Miguel levantou a sobrancelha.

-POR que você acha que eu...

-É pela missão. -ARION tentou convencer.

O arcanjo pensou, e acabou desistindo.

-OH Deus!Por que, senhor?! Está bem, mais...-Arion correu, e Miguel ouviu a porta bater.-tome cuidado...Ai, ai, ele já tinha pegado.

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-Ta...Só falta a roupa...-Anita procurava algum vestido no meio dos cabides.

-Eu não tenho vestido, mais eu preparei uma roupa... -Dália sorridente, tirou uma roupa dobrada de sua gaveta.

-Tá...-Anita analisou.-Bonita, mas você vai para uma festa ou um convento?

-Eu não quero ir vulgar.-Dália abraçou a roupa.

-Pera ai..-Anita procurou entre as suas roupas.-Aqui! Eu sempre encontro uma roupa a mais! Vai ficar lindo no seu corpo.- A amiga batia palminhas.

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Asariel acabava de se arrumar, quando viu um envelope passar pela brecha de sua porta. Ele pegou a carta, que estavam sem remetente e a abriu. As letras eram recortadas de revistas e jornais, coladas apenas em uma folha branca.

"Todos vocês irão morrer essa noite, idiotas."

A MEMÓRIA (Os Objetos Sagrados Livro-02)Onde histórias criam vida. Descubra agora