Capítulo 12

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Hoje era quinta-feira, dia 10, finalmente os dias estavam passando. Meu pai ainda continua no hospital, e eu tenho ligado para ele todos os dias. Juh e eu estamos totalmente comprometidas com o lançamento da revista, e o término meu e de Dylan não foi comentado na redes sociais. Juh briga comigo de vez em sempre.
Enfim, estava a caminho do trabalho mais uma vez, tinha que escolher os textos para colocarmos na edição desse mês, mandar as fotos, e decidir o local onde ficaria nossos financiadores.
Ou seja, o dia seria longo.

Na privacidade da minha sala, eu pude me distrair com o trabalho.
-Molly! -Juh entrou- Aqui estão os textos
-Ok. Vamos ler...-suspirei
-Tá. Dylan tá preparando as fotos
-Tá. Precisamos associar fotos e textos- fui para o sofá ao lado dela
-Você tem falado com ele?
-Não- respondi rapidamente
-Isso é errado. .
-Podemos começar? -questionei
-Chata- ela bufou e pegou o primeiro texto

Depois de escolhermos tudo, fizemos as associações com as fotos. Estava super empolgada para acabar logo com tudo, queria muito ir para Nova York e ver meu pai.
Toc toc
-Entra...-falei
-Oi?- a voz de Kauê me causou arrepios

Ergui meu olhar vendo ele entrar e vir até mim.
-Oi...-sorri educadamente
-Oi, está muito ocupada?
-Hã, na verdade sim- afirmei
-Oh. Eu queria sair com você- ele sorriu- podíamos ir almoçar, ou dançar. .
-Kauê, eu estou preocupada com o meu pai- falei- Ele tá com problema na saúde. .
-Entendo...- ele assentiu- Sem problemas.

Toc toc
Ah, não. .
-entra...-falei cautelosa

Dylan entrou e congelou na porta mesmo. Seus olhos foram para Kauê, e voltaram furiosos para mim.
-O que houve?- perguntei profissional
-Já escolheu as fotos? -Dylan perguntou
-Sim, ficaram ótimas- elogiei
-Obrigado, eu preciso sair. Tenho que levar Luana no médico. Tenho permissão? -ele falou em um tom cortante
-Você pode pedir a Juh? -me levantei- estou indo para a casa de Kauê, então não tenho como te liberar.

Dylan trincou os dentes e saiu batendo a porta.
Joguei sujo...
-hã. Isso é sério? -Kauê me olhou
-Sim, podemos ir?- bati meus cílios
-Ok. Vamos- Kauê sorriu como se tivesse ganhado um prêmio

Eu fui na frente, e quando entramos no carro, eu sabia que minha tarde seria animada. Dylan estava seguindo com a vida dele, era minha vez de fazer o mesmo.

Kauê estava em um quarto de hotel, ele iria ficar por mais algum tempo aqui antes de voltar para o Canadá. Me sentei no sofá vendo ele se mover pelo cômodo.
-Pedi comida mexicana pra gente- ele anunciou- não sei cozinhar.
-Ah, tudo bem- sorri -Quando você vai voltar para o Canadá?
-Não sei- ele se sentou ao meu lado- depende do que vai acontecer agora aqui.
-Kauê....-hesitei
-eu sei que ainda esta sentida com tudo. Sei que é recente, mas eu gosto de você de verdade.
-Eu gosto de você. Mas, Dylan e eu tivemos uma história, eu estou grávida. ..
-Ele vai ter outro filho, e eu não me importo e ser o pai do seu. Eu iria adorar na verdade..
-Ai Kauê- toquei o rosto dele- não é tão simples, baby.
-Vamos tentar- ele segurou minha mão- Você gostava de se arriscar, eu sei que sim. Onde está essa vontade? Onde esta a Molly?

Olhei fundo em seus olhos e então, o beijei. Ele agarrou minha nuca e eu me deixei levar por meu desejo momentâneo.
Eu gostava de Kauê, ele me fazia bem, e eu sabia que se não desse certo mais entre Dylan e eu, tinha que seguir meu caminho, tinha que mudar minha vida. Por que não com Kauê?

Ele veio para cima de mim, e eu agarrei o braço do sofá tentando ficar mais perto dele. Ele foi descendo por meu pescoço, e eu me permitir gemer ao seu toque.
Eu te amo, Molly. .
A voz de Dylan varou por minha mente, e de repente, comecei a lembrar dos seus toques, suas carícias, seu sorriso entre nossas brincadeiras.
Eu te amo, Dylan. Respondi à minha memória.
Kauê pôs a mão na minha cintura e eu voltei à realidade.
A campainha tocou me salvando de interromper o clima.
-Deve ser o almoço- Kauê beijou minha testa e foi até a porta

Me sentei no sofá tentando me convencer de que poderia dá certo esse relacionamento se eu tentasse.
-Almoçar? -Kauê chamou

Olhei para o belo homem que me esperava próximo à mesa com um lindo sorriso no rosto.
Eu posso tentar...
-Almoçar- concordei de bom grado

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