Capítulo 12 - Pedido de namoro
Miguel acompanhou Clara até o carro mas antes que ela entrasse a parou e pediu baixinho em seu ouvido feche os olhos um minuto. Ela o olhou surpresa mas fez o que ele pediu. Ele destravou a porta traseira do veículo e tirou uma embalagem. Quando estava novamente a sua frente disse-lhe para abrir os olhos. Ela os abriu lentamente buscando o que ele queria com aquela atitude. Miguel segurava em suas mãos um embrulho delicado.
- Abra - Ele pediu.
Clara abriu e ficou encantada com o que descobriu dentro da embalagem. Era uma caixa linda e tinha uma tampa com uma rosa vazada por onde passava uma luz. Ela não sabia o que dizer. Havia tanta delicadeza no gesto. Ele se preocupou em escolher algo significativo.
- Miguel ela é linda!
Ele abriu um sorriso enorme. E pensou que estava valendo a pena estar se arriscando a virar motivo de piada pros seus amigos. "Sim, porque ele sabia que o Louis estava de olho neles". E não havia nenhuma chance do idiota manter a boca fechada.
- Ainda preciso que veja o que está dentro - ele disse.
Ela rapidamente a abriu. Seu coração acelerou naquele instante. Havia um cartão com a frase: Vale um namorado. O sorriso cresceu em seus lábios! Ela o segurou pela nuca e puxou o rosto dele para si.
- Vem aqui namorado. Preciso te agradecer devidamente.
- Eu sabia que tinha escolhido uma garota inteligente. - Ele piscou e beijou-a como se fosse o primeiro beijo deles.
Era muito bom sentir a suavidade da boca dela. A maneira como ela se entregava no beijo o deixava louco. Tudo nela o atraía. Seu sorriso, seu perfume, o toque e até mesmo aquela mistura de mulher com jeito de menina que ela tinha e o deixavam duro. Ele a queria com tanta intensidade que chegava a assustar. Desejava todas as suas facetas.
- Princesa se você ainda quiser ir a esta festa é melhor parar de me agarrar assim.
- Vejam só que namorado convencido eu fui arrumar! Amei tudo. O pedido e a caixa. Obrigada.
Ela falou encantada. Miguel lhe deu um selinho, abriu a porta do carro e o contornou para entrar. Foram conversando durante o caminho e sempre que tinha oportunidade ele segurava sua mão e quando tinha que soltá-la a depositava em sua perna. Ele falou do propósito da caixa.
- Podemos enchê-la com recordações nossas. Eu tenho planos de abastecê-la!
Clara olhou para ele encantada. Quem poderia imaginar que um homem como ele que já viu tantas coisas difíceis até de imaginar, poderia agir de forma tão doce. Certamente ele faria cara feia para o adjetivo. O tempo ao lado dele era sempre rápido. Já estavam chegando ao jantar.
Miguel olhou o ambiente e percebeu que havia pelo menos umas cem pessoas no local. Isto sem contar com o pessoal de apoio e imprensa. Quanto a imprensa havia o lado bom de que provavelmente quem quer que estivesse por trás das ameaças não se arriscaria ali. De qualquer forma tomou providências. Tyler havia monitorado através de seu brinquedos a lista de convidados e outras informações detalhadas sobre cada um. Também tomaram conhecimento sobre a planta do local. Eles estavam alertas!
Eles entraram na casa de recepções. Tudo estava impecável. Os garçons estavam servindo a todos até que o jantar iniciasse. Como não podia deixar de ser as mulheres olhavam o Miguel sem o menor constrangimento. Ele parecia não se dar conta da existência delas. "Melhor assim". Pensou Clara. Alguns empresários eram seus conhecidos dela. Outros, ela não fazia muita questão de se relacionar pois a má fama os precedia. Estavam ali movidos por interesses em benefício próprio.
Uma empresária do ramo da moda se aproximou de Clara e Miguel. Conversavam alguns minutos quando a anfitriã do evento veio cumprimentá-los e aproveitou para dizer a Clara que havia um amigo que lhe pedira para os apresentar. Clara procurou Miguel com os olhos.
- Tudo bem querida. Enquanto isso vou procurar um lugar para acomodar-nos.
- Okay - ela respondeu. Sabia que seria assim. Mais cedo ou mais tarde teria que conversar com algumas pessoas.
Miguel viu a direção que elas tomavam e aproveitou para observar mais ao redor. Viu quando elas chegaram até um senhor e havia vários grupos em volta. Seu olhar encontrou o de Louis e ambos fizeram um sinal discreto. Enquanto deixava seu amigo de olho foi procurar uma mesa no salão que lhe desse uma visão ampla do ambiente.
Ben estava observando Clara desde que ela chegou. Ela ainda não o tinha visto. Agora lhe parecia o momento perfeito para se aproximar. Já que o leão de chácara com quem ela andava ultimamente havia desgrudado. Ele conhecia o empresário que estava com ela. Não teria dificuldades quanto a isso. Mas preferiu pedir a Rosalinda que depois a levasse até a sacada. Não foi difícil convencê-la. Precisou apenas dizer que estava tentando reconquistar a mulher de sua vida e pronto.
Clara estava louca para voltar para a companhia do Miguel. Mas Rosalinda pediu um pouco de sua atenção e não teve coragem de recusar. Elas estavam indo pra sacada. Ao chegar percebeu que havia sido manipulada.
- Clara querida, não se zangue com a Rosalinda. - Ele disse com um olhar contrito que só durou até a senhora se desculpar e pedir licença.
Imediatamente ele deu um passo à frente e bloqueou sua saída.
- Ben o que há de errado com você?
- Eu não vou aceitar ficar longe de você Clara! Não faz muito tempo que nós éramos um casal. Porque você está me castigando assim?
Ele deu mais um passo e ela recuou para se afastar.
Louis Oliver Mouret era amigo e o cara que Miguel havia chamado para ser sua cobertura hoje. Tudo estava tranquilo até que ele viu a garota entrar na sacada e logo em seguida a senhora que a acompanhava sair sozinha. "Porra! Se ele não chegasse naquela sacada logo, Miguel iria tirar sua pele."
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É você a luz ( Em Degustação)
RomanceEla é uma mulher delicada, boa amiga, bem sucedida e com um sonho obscurecido por causa do passado. Ele é um homem forte, justo, treinado para para proteger e lutar pelo que acredita. Os caminhos de Clara e Miguel se entrelaçam levando-os muito mais...