Valentine apenas uma princesa

Eu não sou tuas nega

Em meu quarto eu atirava todos os tipos existentes de pelúcias sobre minha cama, eu vo pega fogo, estou com tanta raiva da minha tia, como ela pode, minha vida ta acabada, e tudo culpa da minha mãe como sempre, eu sei que Marlon salvou minha vida e tudo mais, mas isso não quer dizer que eu tenha que me casar com ele, eu to errada?

Com o vestido já todo destruído eu passo ele pela minha cabeça e procuro na minha mala ainda cheia uma roupa de verdade,pego a primeira muda que vejo, uma grande camisa branca que fica caída em um dos ombros, um short jeans e o All star vermelho que já calçava.

-Bem melhor- me atiro na cama, que desconforto, ela e muito macia, eu gosto de camas duras

Esse quarto é um lixo, odeio rosa, odeio ursinhos,odeio vestidos, odeio princesas, odeio estar aqui.A unica coisa boa que aconteceu comigo hoje foi encontrar aquele guarda, falando nisso, onde será que ele está.

-Valentine- alguém bate de leve na porta, e a minha tia, bosta!

Pulo da cama e voo até a janela, abrindo ela salto com rapidez para fora do quarto, droga esqueci que estou no terceiro andar, me agarro a tempo nas cortinas que voam de acordo com o vento, me penduro nelas e apoio meus pés no parapeito abaixo da janela

-Ufa

Bem devagar me viro de frente para o quarto e vou arrastando meus pés para o lado, antes que minha tia abra a porta e me descubra ali, um pouco afastado de mim havia uma grande arvore, se eu chegasse perto de uns de seus galhos eu poderia descer por eles.

Fui arrastando os pés no parapeito até diminuir a distancia entre mim e um galho grosso e firme, ele parece seguro, segurei firme com umas das mãos no galho e depois a outra, fiquei ali pendurada e fui me impulsionando para o lado, a arvore era enorme, abaixo dela tinhas alguns arbustos com flores, olhei para frente, era outro jardim, quantos jardins tem aqui?

Ao me distrair minhas mãos foram escorregando do galho

-Não,não,não,não,não,não

Olhei para baixo, havia outro galho ali, ele era um pouco inclinado e torcido, mas se eu consegui-se parar de pé ali ficaria tudo bem, eu fui me deslisando devagar mirando cuidadosamente o galho abaixo da mim e...

~CREK~ (galho quebrando)

O galho quebra abaixo dos meus pés no ritmo em que meu corpo se esta beca no chão como um saco de bosta, os arbustos cobrem o meu corpo todo e rosam em minha pele. Me levanto levando umas das mãos a cabeça, é não está sangrando, ao me endireitar percebo que não estou sozinha, uma voz ecoa ao longe como um solfejo, ao longe noto uma menina, que parecia uns dois anos mais nova que eu, aguando as flores em seu caminho perto de um banco, ela estava com o mesmo uniforme que as criadas do meu quarto usavam, seus cabelos eram castanhos e brilhantes presos num coque perfeitamente redondo, sua voz juvenil e suave e suas mão habilidosas trabalhavam harmoniosamente como se todo seu corpo segui-se o ritmo da musica que ela cantarolava.

Não muito longe de mim, percebo Marlon, também escondido entre alguns arbustos, ele parecia completamente enfeitiçado, ele observava a serva de longe e seu rosto estava completamente corado.Então é isso que chamam de paixão? 

Por alguma razão me senti feliz pelo príncipe, amar é uma virtude concebida a poucos, eu acho, mas eu não entendo, se ele está apaixonado por essa serva por que ele veio até aqui então? será que ele sabia que ela trabalhava aqui? então ele me usou apenas como desculpa para vela? Eu acho que vou ter uma overdose de felicidade

- YESSSSS!!!- dou um pulo e um soco no ar 

Marlon olha assustado para traz e me nota, ele se impressiona e eu coro ao me lembrar que ele ainda estava ali, mas quem liga? ele não gosta de mim mesmo.

Ele vem em minha direção com um sorriso no rosto

-Princesa, creio que já estas bem melhor 

-E sim eu to ótima, quem e a gatinha?- me redireciono a serva que por incrível que pareça, não nos notou ali

-G-gatinha?- ele desvia o olhar para o lado, ele sabe de quem eu estou falando

-Eu percebi que estava olhando sem parar para a garota das flores ali- dou um sorriso alegre para ele

-Não, não, eu só me distrai c-com... essas flores aqui- ele direciona as flores para mim, elas eram amarelas, me lembram o sol- são para voce

Como assim? por que pra mim? será que ele é muito tímido pra admitir?

-Seiiii- estreito os olhos para ele, como se desconfiada- por que a gente não faz amizade com ela? voce a conhece?

-N-não,eu não a conheço,melhor não atrapalharmos o seu trabalho

-Que isso, vamos só dar um oi- fui caminhando em direção a menina, o príncipe agarra meu braço com suas mão firmes e me puxa para próximo dele, colocando suas mãos frias em minha cintura, eu cindo seu peito contra o meu e seu cheiro me dominando, o que ele está fazendo? 

-E-eu quero ficar a sós com voce! - ele sussurra em meus ouvidos

-O que?

Suas mão vão acariciando as minhas costas e uma delas vão descendo até minha cintura, eu posso ouvir sua respiração, a cada toque seu minha pele parece congelar mais e mais, sua mão vai descendo ainda mais para baixo e antes que ele pudesse se quer relar na minha comi são traseira eu dou uma pisada forte em seu pé, ele geme e cambaleia para traz.

-Mas o-que...

-Você acha que eu sou o que meu querido? as servas do seu palácio de marfim que não se cansam de dar pra voce? 

-O-oi?

-Eu não só tuas nega não vei, vai tirando a mão, aqui não é padaria pra voce ficar me amaçando- eu gesticulo muito as minhas mãos quando estou nervosa, o que foi isso agora? o que ele estava tentando?

-C-calma, e-eu acho que voce não é o tipo de garota que eu achei que fosse- ele senta no chão e passa as mãos nos pés doloridos abaixando a cabeça, acho que esta envergonhado 

-Ha, que tipo de garota voce achou que eu fosse, do tipo vadia? 

-M-mais ou menos 

-Olha desculpe por pisar no seu pé, mas voce me assustou, achei que fosse gentil e fofinho

-Você me acha fofinho?- ele faz uma cara de que não entendeu

-Eu achei que voce fosse me atacar 

-Eu nunca faria isso, prin...

-Ei perai i- ele me encara- voce não ta mais falando tão formalmente agora 

-Er...eu não...eu... aaaaa- ele suspira de alivio mas ao mesmo tempo como se alguém tivesse o descoberto- eu odeio falar desse jeito 

-Haha, eu odeio quando voce fala desse jeito 

-Hahahaha- ele não parece tão ruim assim, nos ficamos rindo ali por um tempo, até que notamos que a serva não estava mais presente

-Agora confesse- aponto para ele, que se levanta vagarosamente do chão- voce conhece aquela menina não é?

Ele cora e leva a mão na boca olhando pro lado

-Sim eu a conheço... mas não precisa se preocupar eu não tenho nada com ela, o nosso plano de namoro ainda está valendo e eu sempre cumpro as minhas promessas,e uma delas está bem aqui na minha frente, ele pega a minha mão para beija-la, eu a retiro rapidamente e com um sorriso sarcástico eu digo:

-Cara, desculpa ai mas... eu nunca irei namorar com voce