Hope is for Suckers

Terra de histórias

Naquelas semanas, Maya ficou mais sozinha que o habitual, já que seus amigos ficaram treinando para a peça e Zay foi visitar parentes. Oque restava para fazer era ficar em casa desenhando e jogar baralho com vovó Hart. Em um destes dias solitários, enquanto desenhava, percebeu que estava chovendo, com direito a raios e trovões e se lembrou de um dia como aquele, há alguns anos atrás.
A pequena maya estava escondida embaixo dos seus cobertores, com medo, o que ela não gostaria de admitir para qualquer um,dando gritinhos a cada luz branca que atravessava o céu e o barulho estrondoso dava tremedeira em seu corpinho. Fazia dois dias dês que maya não via seu pai, e ainda tinha esperança de que ele aparecesse e a protegesse.
Ao ouvir o ranger da porta, espiou entre as cobertas, esperando ver seu pai. Porém, quem apareceu foi Katy Hart, sua mãe.
- Baby girl? Onde está aquela coisinha?
Maya deu um risinho.
-será que ela está aqui?- disse ao abrir o armário- ou aqui?- dessa vez abriu um pote pequeno em cima da escrivaninha.
-como eu ia entrar aí mãe?- disse maya sem sair das cobertas
-ah você está aí!-katy olhou para a coberta sem tirá-la do rosto de maya, fingindo nunca saber que ela estava ali o tempo todo- posso entrar na sua caverna?
Maya tirou a coberta de seu rosto, permitindo que katy se unisse a ela.
-o que você está fazendo,maya?
A garota ia responder quando soltou um gritinho ao ouvir os estrondos.
-ah já entendi, você está lutando contra o monstro lá fora, o grande...
Maya sentiu que uma boa história estava por vir e sorrindo,perguntou mais sobre o tal mostro.
E a noite passou assim, mãe e filha debaixo de uma coberta viajando por lugares fantásticos.
Quando maya viu novamente seu desenho, percebeu que tinha desenhado uma garotinha  é uma mulher em sua janela olhando para o céu e abaixo de seu prédio um homem com uma mala, andando. Suspirou passando a mão sobre o desenho do homem, e sentindo seu primeiro desapontamento com a esperança.