Sua mãe te ama, Nadia!

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POR KATHERINE

Viva, aqui estou eu, viva. Apesar de ter sobrevivido a mais essa nunca me senti tão morta em todos os 500 anos da minha existência, talvez seja pelo fato de estar me contorcendo de dor em cima dessa cama, por conta das inúmeras queimaduras que estão espalhadas em todo o meu corpo, ou pelo fato de não ter sido o amor da minha vida quem me salvou, isso mesmo, Stefan Salvatore fez a sua escolha, preferiu a vida da sua amada Elena puta Gilbert a minha...

Flash back on

As chamas se aproximam cada vez mais, e o círculo em que estava presa só diminuía a cada segundo que se passava, enquanto isso Stefan que estava fora dele só olhava de mim pra Elena, parado, sem mover um músculo, acho que ele sequer respirava, parecia que estava vivendo uma batalha interna, a maior da sua vida, ou melhor, decidindo qual vida salvaria.

- Stefaaaan, Stefaaan, socorro, por... favor. - se esgoelava Elena na mesma situação que eu, ele então pareceu sair de seu transe, e encarou a morena que estava com o rosto banhado em lágrimas - Por favor Stefan, so...so...socorro! - ela disse a última palavra como num suspiro, logo em seguida pareceu desmaiar e caiu sentada na cadeira, já que estava em pé.

Nesse momento foi tudo muito rápido, quando eu me dei conta ele já não estava no mesmo local de antes, tinha pulado no círculo de fogo em que Elena estava, alguns segundos depois saiu de lá com ela nos braços, me olhou, e pela primeira vez na vida odiei aqueles olhos verde-esmeralda, no seu olhar tinha uma súplica de desculpas com uma pitada de pena, em seguida saiu da cabana que nesse momento já estava a ponto de cair por conta do fogo que tinha se espalhado pela mesma, e eu fiquei lá, sozinha, Tessa tinha fugido, Damon deu algum jeito e também já não estava mais aqui, e Stefan tinha salvado Elena, não a mim, mas Elena, sempre a Elena.

Olhei em volta e o fogo parecia ter ficado mais mortal, as chamas antes amarelas tinham ganhado um tom azulado, e estava tão intenso que mesmo sem nem encostar em mim eu sentia minha pele queimar, subi na cadeira, mas era inútil, já que as pernas do objeto de madeira já estavam em chamas, fechei os olhos e fiquei lá parada apenas esperando o meu fim, quando de uma hora pra outra sinto o meu corpo ser puxado e me afasto do fogo.

Braços estavam em volta de mim, me segurando no colo, mas não braços fortes como gostaria, ou melhor, os braços fortes que eu gostaria, abri os olhos lentamente e vejo uma figura morena de cabelo bom.

- Nadia... - digo num tom de voz bem fraco, já que não conseguia respirar muito bem por causa da fumaça.

- Faz um favor, da próxima vez que estiver prestes a morrer avisa com mais antecedência, é sério, meu cabelo ta cheirando a fumaça agora. - sorri de lado pra ela, desci do seu colo e quase caí, mas minha filha me segurou e eu me apoiei no seu ombro, olhei pra frente e a cabana tinha acabado de cair no chão, nesse momento não pude deixar de pensar que se não fosse por Nadia eu estaria entre os escombros nesse momento, direcionei minha visão pro moreno que estava a minha direita, um pouco afastado, ele ainda segurava Elena nos braços, que parecia estar desacordada, e o jeito que ele segurava ela contra seu corpo... era tão carinhoso, tão protetor, parecia que ele nunca deixaria nada acontecer com ela, e realmente não deixou.

Então ele virou o rosto que antes estava direcionado para um ponto qualquer na floresta e nossos olhares se cruzaram, verde no castanho, eu pudi ver tudo que ele sentia, todos os seus sentimentos:raiva, tristeza, angústia, desolação, tinha tudo, menos um, arrependimento, nesse momento não consegui mais segurar, ela simplesmente saiu, uma pequena lágrima cheia de dor caiu do meu olho direito direto no chão, em seguida só senti minha cabeça girar, e desmaiei, mas não sem antes ver Stefan dar as costas e ir embora...

Flash back off

Agora, aqui em cima dessa cama nenhuma dor era maior do que a que estava sentindo no peito, nem mesmo a dor corporal, essa eu sei que passará, já a outra, essa está perfurando minha alma de uma maneira que não tem cura ou remédio que dê jeito, essa é bem pior, e a dor de um coração partido, um coração que foi partido por Stefan, me sinto tão brega falando esse tipo de coisa,mas não tem outras palavras para expressar o que estou sentindo, são exatamente essas: DOR POR UM CORAÇÃO PARTIDO.

Não importa o quanto eu negue, eu te amo (Steferine)Onde histórias criam vida. Descubra agora