Corrompido

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Nota inicial:

Desafio relâmpago;

Eu aceitei e conclui a história de acordo com as exigências.

Espero que gostem.

Church

Hannah e Metatron insistem em levar o filho à igreja, mas num dia bonito e ensolarado, tudo que mais Castiel quer fazer é aproveitar fazendo tudo que não provém a casa de Deus. Ele realmente tinha planos, mas seus país ainda mandavam em si. Ele tinha de obedecer.

O moreno acompanha os mais velhos até o local, mas a feição emburrada não saía de sua face. Ele estava irritado.

O Novak tem de ficar a primeira fileira diante de todos aqueles bancos de madeira escura. Se não estivesse sobre a visão dos mais velhos, com toda certeza ele faria algum ato mal-educado, como revirar os olhos por exemplo. Uma bela forma de demonstrar o tédio e o desinteresse.

Olhou de relance ao coro, apenas uma voz em torno de onze meninos chamou-lhe atenção. Quando o rapaz bateu os olhos no dono daquela voz, surpreendeu-se completamente. O jovem era bonito. Os fios loiros ficavam lindamente charmosos ao topete que era ajustado, seus olhos eram de um verde límpido, o mais lindo que já vira em toda sua vida. Sua feição era serena, como de um verdadeiro anjo.

Sim. Ele compreendia que era clichê, mas foi inevitável.

O anjo que chegou para o corromper.

E num piscar de olhos, ir a igreja não é a tarefa mais difícil ao moreno nem tão mal-humorado assim.

**

Todos os domingos ele fazia questão de ir ao local, e sentava-se na primeira fileira sem pestanejar. Surpreendia os país, estes que acreditavam que o filho havia tomado um jeito, finalmente.

Pobres coitados.

Castiel pode ser um garoto protetor, carinhoso com quem merece, um bom rapaz quando pretende ser, mas não é santo. Isso não é do seu feitio.

O moreno praticamente engolia o rapaz do coro com os olhos. Abria as pernas sugestivamente e passava as mãos na virilha quando sabia que o outro o observava. As bochechas do loiro adorável ganhavam um tom escarlate, e Castiel pretendia os deixar ainda mais dessa cor. Mas de outra forma.

Santo diabinho.

**

O domingo subsequente chegou voando. O dia estava ainda mais bonito. Os pássaros cantavam alegres. Crianças andavam com sua bicicletas. As flores perfumavam as ruas, e os religiosos saiam de casa cedo mais uma vez para mais uma missa.

Quando os cumprimentos de partida chegaram, o moreno inventou uma desculpa descarada aos país. Pediu para que ficasse um tempo a mais. Segundo ele, os jovens precisavam curtir mais a natureza, e então decidiu por voltar para casa a pé, no intuito de pegar um ar puro, afinal de contas, o dia estava magnífico. Os responsáveis partiram com o carro tempo depois, permitiram a estadia do filho, contando que o rapazote não demorasse tanto.

Logo que partiram o moreno resolveu agir. Não tinha o dia todo. Ele precisava encontrar-se com o loirinho que lhe arrancava suspiros. Deu a volta no grande paredão de pedras antigas e se apoiou na parede, esperando os rapazes do coro saírem logo.

Ficou um certo tempo observando o gramado baixo do local, até ouvir o pequeno grupo sair dali, junto do loiro, claro. Quando seus olhos se encontraram, Castiel ousou um gesto com as mãos, chamando-o, mas temendo tamanha intimidação, colocou as mãos nos bolsos da calça social.

O loiro adorável hesitou. Olhou ao redor e depois de pensar brevemente aceitou. Chegou perto do moreno que o olhava lascivo nas missas, mas manteve uma distância considerável. Apenas prezando o espaço pessoal.

— Oi anjo. - Castiel soltou descarado, piscando ao loiro em sua frente.

— Quem é você? - perguntou tímido, fitando o corpo todo do moreno rapidamente.

— Castiel o nome, só pra você saber oque gritar mais tarde. - seu sorriso aumentou de tamanho quando o viu corar.

— O que quer de mim?

— Muitas coisas. Mas o principal motivo por estar atrás de você é bastante obvio. - umedeceu os lábios e secou o corpo do loiro, vendo-o se contorcer brevemente.

— Não sou tão fácil. - avisou. Castiel riu e levou as mãos ao alto, em forma de rendição.

— Não pensei que seria.

— Uh sério? Então você não acha que pode vir aqui flertar com o menino inocente da igreja que ele já vai abrir as pernas pra você assim que pedir? - cruzou os braços sobre o peitoral.

— Na verdade - chegou mais perto para sussurrar em seu ouvido — Estava esperando que você abrisse minhas pernas. - voltou a posição inicial para observar seu rosto.

Quando Castiel o fez, ele estranhou o que vira. Algo no olhar do loiro adorável do coro havia mudado repentinamente.

— Dean. - soltou de repente.

— O que?

Agora o loiro chegou mais perto para sussurrar em seu ouvido.

— Só pra você saber o que gritar mais tarde. - Dean sorriu.

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