Palavras e futuro.

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As palavras fluem de tal forma que me assusto. Na calada da noite, elas vociferam uma vontade de expor os sentimentos em papel, ou que seja num aplicativo de texto qualquer e tenho apenas que obedecê-las.
No escuro quarto, a luz da tela do tablet, elas vão surgindo e dizendo o quanto é importante poder se expressar, mesmo em meio a este silêncio. Exceto, por alguns ruídos, como o ressonar da pessoa amada, dando a certeza que estará ao meu lado, de uma forma tão profunda, tão para sempre. Ou o som do vigilante, que avisa ao passar na rua se privando do seu sono, e nos guardando a uma noite tranquila na espera de um novo amanhecer.

Um novo dia se monta ao passar das horas, onde estamos inertes e sonoros em nossas camas. O planeta não para seus movimentos transacionais e rotacionais em torno do sol e da lua, ambos satélites, que nos observam lá do alto, proporcionando a certeza que nada pode parar, mesmo quando achamos não ter forças para seguir, os movimentos continuam nos trazendo um novo amanhecer ou anoitecer, independente de qual lugar do mundo você esteja.

Nos ensina que, também, podemos agir mecanicamente diante as dificuldades que a nós foram impostas de forma tão severa. E faz a gente se questionar: "Como seguir se não há força?" Simplesmente, não resista, se deixe fluir. É nesse ponto em que me encontro agora, não resisti a vontade de expor estas palavras, mesmo não sendo uma escritora nata. Vou apenas seguindo uma linha de pesamento, que as palavras, esses meros verbetes que surgem em minha mente, se formam em uma linha de raciocínio, por vezes, até ilógica. Contudo, o que seria dos poetas, pensadores, filósofos senão fosse essa vontade ilógica de se expressar? E assim nos entregar algo que nos faz segui-los, e admira-los. As vezes, até por achar que nos definem, como se estivessem a nos descrever, mesmo quando ainda não existiamos. Este é o poder da palavra, torná-se apresentadora de pessoas, fatos, histórias urbanas, sociais e fictícias.

Não podemos lutar contra ela, pois o seu poder é infinito e imortal, se perpetua por séculos a fio, registrando do acontecimento histórico mais marcante, ao simples e doce romance de um casal fictício criado por algum autor iniciante qualquer, que hoje é renomado, mas que em sua época foi desvalorizado.
As palavras quando guardadas em algum lugar, se garantem no futuro. Serão valorizadas, como um vinho de sua melhor safra, quanto mais antigo melhor o seu sabor, maior sua raridade e valor. Elas definem sua época, aquele momento.

E assim como o planeta em órbita, não se repetem os dias e noites, por mais que isso possa parecer, contudo faz surgir novas oportunidades de guarda-las, para que, quem sabe em um futuro não tão distante, alguém possa lê-las, inspirar-se e identificar em si, os mesmos sentimentos que estou agora, ser alguém no mundo, que no primeiro dia de um novo maio, numa madrugada insone do ano de 2016, sente o desejo de quem sabe um dia ser alguém importante, não agora no presente, porém quem sabe, o que essas palavras tão simples, tão eu, se tornarão no futuro?

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