(58) Morrendo Novamente.

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Eu ainda estava caído no chão, naquele beco umido e escuro, a dor ainda se era possível sentir e isso apenas contribuía para o meu desespero aumentar.

Eu fechava meus olhos e me concentrava na dor, mas parecia que ela so aumentava mais e mais a cada segundo.

Meus pensamentos vão parar em Bianca, que sempre eu errando, pisando na bola com a mesma ela sempre está do meu lado.

Ainda mais agora que ela está preste a me ajudar, ou melhor estava... meus olhos estavam querendo fechar e por mais que eu lutasse para me compor acordado e literalmente vivo meus olhos vão se fechando aos poucos.

Eu estava conformado em morrer, ou sei la oque irá acontecer comigo mas eu ja estou pronto.

Ouso passos rápidos, e logo após alguém entra no beco caminhando em minha direção.

Pensei em ser o rapaz de novo, para terminar o serviço, mas assim que a pessoa chega mais perto eu dou um supriro alongado.

-Mateus...oque aconteceu com você?

Bianca estava ajoelhada ao meu lado, chorando eu não conseguia explicar pra ela o que aconteceu, parecia que cada vez que eu tentava falar mais dor eu sentia.

-como...você soube, que eu, estava aqui?

-você me chamou... você pensou em mim, você me chamou e eu vim, vai ficar tudo bem vou ajudar você.

Ela fecha os olhos como se tivesse se concentrando em alguém ou em algo eu não tinha mais forças pra respirar, eu estava com medo... medo do que poderia acontecer.

Fecho meus olhos e penso em minha mãe, talvez meu plano de reviver tivesse indo por água a baixo.

-Mateus, não dorme, fica acordado.

Bianca diz me tirando dos meus pensamentos, mais ou menos 5 minutos Ângelo chegou olhou para mim e fez um sinal de reprovação com a cabeça, por alguns segundos me senti inútil mas depois cai na real de que estava morrendo e o que mais importava agora era ele me cura ou sei la o que o anjo da âncora faz.

-Mateus...sempre se metendo em confusão.

Ângelo diz se agachando ao meu lado.

-agora não é hora pra deboche Ângelo, ele está sofrendo, oque vai acontecer com ele?

-nada, absolutamente nada.

Dessa vez ele se senta apoiando suas costas na parede.

-você so pode estar de brincadeira.

Bianca estava indignada com a situação.

-não, não estou ele irá apagar e você terá que torcer pra que ele volte pra cá.

Bianca senta ao meu lado novamente pega em minha mão, e eu me entrego a dor ficando inconsciente segundos depois.

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》Ângelo narrando.

Eu estava indo resolver uns problemas quando Bianca me veio em mente, na primeira eu a expulsei, mas depois senti que ela precisava de mim, e pode acreditar quando é a propria me chamando o assunto é sério.

Fui pelo caminho em que me veio em mente, e la estava eu prestes a entrar em um beco úmido e escuro.

Logo quando entrei vi Mateus deitado no chão e uma poça de sangue ao seu redor, Bianca estava ajoelhada ao seu lado, e sim que me vê se levanta.

-Mateus...sempre se metendo em confusão.

Digo me agachando ao lado do Mateus.

-agora não é hora pra deboche Ângelo, ele está sofrendo, oque vai acontecer com ele?

-nada, absolutamente nada.

Me sento descansando meu corpo, não se podia fazer nada, as regras são claras.

-você so pode estar de brincadeira.

Bianca parecia inconformada,eu queria ajudar queria provar a ela que eu não sou esse anjo mal que ela pensa que sou, mas infelizmente eu não podia.

-não, não estou ele irá apagar e você terá que torcer pra que ele volte pra cá.

Bianca senta ao lado do Mateus novamente e pega em sua mão, me senti constrangido por algum motivo naquele momento.

Mateus tinha apagado de vez, Bianca ainda estava ao seu lado e eu iria me sentir muito mal se fosse em bora e a deixasse sozinha naquela situação.

O silêncio estava presente des de que Mateus apagou, ja fazia mais ou menos uma hora des do acontecimento.

-ele ja deveria ter acordado.

Ela diz ainda sem olhar para mim.

-podemos tirar ele daqui, levar ele pro cemitério se você quiser.

Ela fez um sinal positivo com a cabeça eu me levanto lentamente e chego mais próximo ao Mateus, ele realmente parecia morto.

Eu o viro de frente e o pego no colo, para um morto ele estava bem pesadinho, sinto Bianca me seguindo. Chegando la eu deito Mateus em sua lápide e me viro de frente para Bianca.

-você promete que ele irá acordar?

Eu não podia prometer nada, as pessoas que morrem quando estão materializadas nem todas voltam.

-eu queria prometer isso pra você...

Ela estava com os olhos cheios de lágrimas e aquilo de alguma forma me afetava.

-calma, você tem que acreditar que ficará tudo bem, pensamentos tem poder.

Eu a abracei forte, e fico surpreso com o meu gesto, eu e Bianca não nos falávamos antes ela me ignorava e eu não fazia questão de ter a sua atenção.

Ela me tratava mal, falava que eu era uma má influência, eu sempre fui o malvado mas o meu irmão, Gabriel... sempre ficou com a melhor, ele sente prazer em ajudar os outros ele se sente bem.

Ele é um idiota, isso sim sempre ajudando os outros sem receber nada em troca, meus pais sempre mostraram mais afinidade a ele, Gabriel morreu em um assalto, e depois desse acontecimento minha família foi de mal a pior.

Eu nunca recebi o amor que merecia, cheguei a conclusão de que as pessoas são apenas pessoas, e nos somos nós.

Hoje em dia as pessoas so querem seu próprio bem, exemplo:você está andando ao lado de uma pessoa um homem armado para você preste a apertar no gatilho, a pessoa que está ao seu lado correrá, e amanhã ela não estará interessada no que aconteceu com você.

O mundo está cheio de pessoas ruins e eu não vejo mal algum ser mais um.

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