borboletas

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Quando criança, caçava borboletas,
No jardim de minha avó.
Quando fiz doze anos,
Percebi que as borboletas nao eram para serem caçadas,
Que eram criaturas belas e gentis.
Passei a admirá-las.

Quando moço,
Nao mais as borboletas me interessavam.
Pensava nos grandes ideais,
No amor e na revolução.

Quando homem, minha avó faleceu,
Ao jardim nao mais retornei.
Os ideais nao me interessavam,
Muito menso as borboletas.
O mundo tornou-se frio.

O mundo tornou-se cru.

As norboletas nunca voltaram
À minha mente,
Nessa fase.
Pouco elas me importavam.
E os dias foram passando,
O mundo passou correndo
Minha vida passou voando.

Quando velho, ao jardim
Um dia, retornei.
Nada havia mudado,
estava tudo igual.
EU havia mudado.

Por isso, não o via mais,
como era antes.
Entao compreendi,
ao ver as borboletas
Voarem em sua rotina...

Ao ser criança,
Nao eram as borboletas
o que eu caçava...
As borboletas sao livres pelo pouco tempo em que vivem.
E eu nunca fui livre,
ao me esquecer das borboletas.

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