Turn To You l Justin Bieber Fanfic

10. WE ARE.

– Oi, posso entrar? - perguntei encostada na porta. Ele estava deitado na cama olhando para o teto assim como eu estava no meu quarto antes.

– Se for para encher meu saco, não. - ele disse seco.

– Claro que não, seu grosso. - disse sentando no canto da cama dele.

– O que é? - ele perguntou olhando para mim. Só via os olhos dele, que eram uma das únicas coisas que destacavam-se naquela pouca luz do quarto dele.

– Por que vocês pararam de fazer o que faziam? - disse como quem não queria nada.

– Quer mesmo saber de tudo? - ele perguntou ajeitando-se na cama, insinuando que era para eu deitar do lado dele, e assim eu fiz. Ele colocou minha cabeça no seu peito desnudo, o que fez-me arrepiar. Justin respirou fundo e começou a falar.

– Eu e os meninos éramos um grupo de assaltantes de bancos de milionários em qualquer lugar do mundo. O Adam trabalhava com a gente. Ele era mais novo, então não sabia fazer nada. - quando ele disse que Adam era mais novo que eles, eu achei estranho, mas não disse nada.

– Nós ensinamos tudo à ele, mas teve um tempo em que ele começou a se achar o fodão para cima de mim, e queria ficar acima de todos, principalmente de mim, já que eu liderava toda aquela "gangue". A gente começou a brigar sem parar e ele acabou fudendo com todos os nossos negócios. Perdemos tudo por culpa dele, então víramos rivais, ele conseguiu sua tropa. Começou a fazer as mesmas coisas que fazíamos, mas sempre fomos melhores que ele, e desde o início estávamos acima dele. Tínhamos mais recursos. Mais gente, já ele, tinha acabado de sair. Não tinha ninguém, ele nunca conseguiu me derrubar, mesmo depois de conseguir vários homens e aliados, porém nós tínhamos mais, muito mais. Nossa casa era cercada de seguranças. Nossos carros são blindados até hoje. Ele nunca conseguiu nada disso. Éramos donos de várias boates, e tínhamos vários negócios e parcerias espalhados por toda Flórida, tínhamos algumas coisas em Miami também, mas o negócio do Adam sempre foi Nova Jersey. Vocês começaram a namorar quando ele era professor na sua escola, né? - ele perguntou e eu só balancei a cabeça positivamente.

– É, mas o que você não sabia era que ele estava disfarçado, mentiu a idade dele, e você não sabia, estava apaixonada por ele, e ele, quando descobriu que era irmã do Chris, começou a ficar com você, mas não porque ele estava gostando de você, porém ele queria se vingar do Chris, e a gente só pegou mais ódio. Você insistia nele e ele nunca te fez nenhum mal, então decidimos não matar ele, até porque ele tinha seus capangas e nós já tínhamos saído dessa vida.

– Tá, mas até agora você só falou do Adam e não respondeu minha pergunta. - disse quando ele parou de falar.

– Uma vez quase mato a minha mãe com um susto, às vezes ela saía na madrugada à procura de mim e dos meninos correndo risco, sempre parava no hospital por minha culpa, e uma vez, na beira da morte, ela implorou para eu sair daquela vida, porque eu e os meninos estávamos nas drogas. Eles concordaram em ficarmos só com as boates, e nós saímos. - ele terminou depois de um longo tempo e eu ainda estava digerindo toda aquela história.

– Quantos anos exatamente têm que vocês deixaram de lado? - perguntei fazendo carinho na barriga dele.

– Uns dois. - ele disse e eu fiquei quieta, mas senti uma lágrima cair.

– Ei, não se preocupa com isso. - ele disse levantando meu rosto e ficamos a centímetros um da boca do outro. O olhei por alguns segundos e aquele olhar gelou a espinha, até que ele beijou-me e eu não consegui resisti. Ele intensificou o beijo e subiu em cima de mim tornando mais selvagem e preciso. O desejo, não sabia explicar, mas eu desejava aquilo. Um fogo passeava pelo meu corpo.