Dakota Bales:

150 13 11
                                    


Dakota observava seus sete testes de gravidez queimando em uma pequena fogueira atrás de sua casa. Todos deram positivo.

Só de pensar na possibilidade - exatidão - de estar grávida de Rick seu estômago se revirava - o que já era normal nos últimos dias - e sua boca ficava seca.

Deus, grávida aos dezesseis! Deus!

Ela se arrependia tanto de ter perdido a virgindade dessa forma...

Aconteceu em um barzinho qualquer, seu grupo de amigos havia se encontrado para dançar, mas Rick a levou para uma garagem distante e insinuou-a, até ela aceitar:

"— Tem certeza, Dakota? — Perguntou Rick, rude.

— Hum, sim, por que não? — Ela estava claramente receosa.

— Só não quero ter que te ouvir reclamando nos meus ouvidos sobre ter perdido a 'pureza' com um drogado depois, escutou? — Segurou o queixo da garota, firme e rude."

Dakota apenas assentiu e puff, aconteceu.

E em meio a estocadas rudes e grunhidos roucos se Rick, a menina permaneceu com uma expressão dura, sem emitir nenhum tipo de som, apenas segurando as lágrimas de arrependimento.

Rick é basicamente aquele tipo de pessoa que enfia o pênis em tudo que tem um buraco.

Cansada e com fome, entrou em casa, que estava estranhamente silenciosa. Foi até o banheiro do corredor ver se tudo estava bem com si.

Olhou com raiva seu reflexo no espelho, cabelos rebeldes que iam na altura do queixo, castanhos. Sua pele branca, incomum para uma texana, fazia contraste com suas sardas. Para ela nada parecia se encaixar. Levantou a blusa para ver as gordurinhas extras no pé da sua barriga, e mais sardas e pintas salpicadas na sua pele. Não queria ficar gorda com celulites e uma bola na barriga, mas não tinha escolha.

Ela queria poder tirar essa coisinha de dentro da sua si, mas o resto de dignidade que ainda tinha não á deixava fazer isso.

Foi quando ela ouviu o grito vindo de sua mãe: Dakota, venha cá!

Abaixou a blusa e saiu apressada em direção a voz de sua mãe, chegando assim na sala, para vê-la parada com seu pai ao seu lado.

Não entendendo suas expressões sugestivas e raivosas, ela olhou para a mesinha de centro e lá estava posicionado seu oitavo teste de gravidez: o qual ela não havia usado.

Merda.

— Pode nos explicar isso, Dakota? — Seu pai disse rígido.

Ela ficou um tempo sem falar, aumentando a raiva de seus pais.

— E-eu, não é me-

— Fale igual gente, garota! — Ele levantou a voz. — Você está grávida, Dakota? Porque se estiver... há, vou fazer questão de arrancar esta peste daí com minhas mãos.

Dakota tremia e suava agora, tudo que queria era sentar no chão do banheiro e vomitar os órgãos fora.

— Dakota, nos responda! — Sua mãe berrou.

Novamente ficou calada e branca como papel , quase transparente.

Então seu pai tomou uma atitude, pegando nos cabelos da menina, deu um tapa na sua cara que saiu como um estalo. Nem dando tempo de ela sentir a dor do tapa, ele preparava a mão para socar sua barriga. Ela se desesperou.

— Não! — Foi um grito agudo em meio á lágrimas. — Por favor não, não, tem um bebê aí, pai!

Seu pai a soltou no chão, a deixando cair com os joelhos e os cotovelos fincados para proteger a barriga ainda lisa.

Enquanto isso, sua mãe subia as escadas com pressa, e quando voltou carregava uma mala com roupas da menina jogadas dentro.

E Dakota continuava estirada no chão, chorando. Quando viu sua mãe com uma mala, seu choro somente aumentou:

— Não mãe, por favor não, mãe, mã-

Seu pai foi quem a cortou:

— Para Dakota, só está se ridicularizando. Agora, saia daqui e volte quando for para nos dar orgulho.

E quando ela não se mexeu, seu pai pegou a mala e no braço da menina as carregando até a porta e as jogando para fora.

— Reforçando garota, volte quando for para nos dar orgulho. — Berrou e bateu a porta.

Depois de uns vinte minutos tentando se recuperar mas caindo no choro novamente, Dakota se levantou, e tudo caiu em cima dela de novo:

A fome, o sono, a vontade de ir ao banheiro, a dor nas pernas, tudo atacou.

E isso é só o começo. Pensou.

Saiu andando, arrastando sua malinha e pensando para onde iria. Ela estava no interior do Texas, esse era o motivo de seus pais extremistas. Para chegar ao centro andando seria aproximadamente quatro horas, ela nunca conseguiria chegar no estado em que estava. Então se concentrou em chegar até a estrada e arranjar uma carona.

Depois de meia hora caminhando, chegou até ao asfalto, e começou a fazer gestos para os carros que passavam. Ela não tinha nada mais a fazer.

Um carro parou, com a janela já abaixada, o homem a olhou com a sobrancelha levantada e um sorriso vagabundo, porém sua cara se fechou assim que viu o estado da garota, e a mala atrás dela. Saiu em disparada logo após levantar a janela, quase arrancando seus pobres dedinhos.

Destruída, sem rumo e sem lugar, se sentou no meio fio com lágrimas nos olhos, e caiu no sono após a sexta vez chorando, ás 11:30pm.

Gente, calma que no próximo cap tem Larry :) espero que vocês gostem da história, meus lindos! Estou amando escrevê-la.

P.S: a menina da mídia obviamente é a Dakota, pra quem quiser saber essa garota é a Kira Rausch, e ela vai 'ser' a Dakota nessa estória, (porém de cabelo preto, porque ela tá atualmente com ele colorido).

Bear XX

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 08, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Footloose. (L.S)Onde histórias criam vida. Descubra agora