Abella Del Corneto

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Eu estava sentada no aeroporto de  Curitiba batendo os pés. 

Prazer meu nome é Abella, Abella Del Corneto, mas me chame de Ab. 

Estava sozinha, cheguei de táxi e fiquei sentada por um bom tempo ao lado de um garoto insuportável que só sabia me encher o saco.

Por que sozinha? Bem, minha mãe eu não via há uns 5 meses porque ela foi fazer um tal de mutirão de saúde pelo mundo com uma instituição, ela era pediatra em outros países e no momento se eu não me engano estava no Chile. Não sei direito, pois ela mal me ligava para dar noticias; Meu pai estava atrasado como sempre, ele estava quase sempre ocupado na fazenda e quase nunca voltava para cidade, nem mesmo sabia se ele chegaria a tempo para se despedir de mim. Para terminar minha melhor amiga; Vitoria, que já era pra estar comigo há meia hora assim como meu pai, devia estar com seu namorado, Lucas, e se esqueceu de vir se despedir de mim. 

Para onde estava indo? Meu destino era San Francisco, Califórnia.

Já que ficava o dia inteiro sozinha em casa, ou enfiada na casa da Vitoria tenho dezessete anos e consequentemente ainda menor de idade eu não podia (e nem queria) ficar assim sozinha por muito tempo, o que era o caso. Então minha mãe resolveu me mandar pra Califórnia para morar com o meu tio, o Mark, irmão dela. 

Ele vivia em uma mansão com cinco outros meninos o qual ele cuidava, não sabia muito bem o porque ele cuidava deles, mas sabia que eram praticamente adotados por ele. 

Ficaria lá até quando minha mãe voltasse para o Brasil, porque ela sabia muito bem que meu pai mal sabia cuidar de uma planta, quem diria de uma filha.

Olhei no relógio e já eram duas e meia da tarde.

Meu voo sai as 14h45, é melhor meu pai e Vitoria chegarem logo.

Pensando assim, vi Vitoria entrando pela porta do aeroporto correndo feito doida, não tinha palavras para descrever como fiquei feliz em ver aquela estabanada chegando.

-Vitoria! Eu estou aqui! Oi!- Falei correndo em sua direção.

-Amiga! Me desculpa o atraso!- Gritou correndo até mim e me abraçando forte.

-Vics, você já pode me soltar, está me sufocando- falei a empurrando para sair do abraço tão apertado.

-Ah ok, desculpa- disse me soltando e se recompondo- Que horas sai seu voo?

-Daqui há... Uns trinta minutos- falei olhando para o relógio em meu punho.

Quando levantei o olhar Vitoria estava com os olhos vermelhos e cheios d'água.

-Não! Não faz isso! Não fica assim, por favor- pedi a abraçando e suas lágrimas começaram a escorrer. A segurei pelo queixo e levantei sua cabeça- É por pouco tempo. - falei a reconfortando 

-Eu não quero ficar sem você- disse fazendo beicinho e segurando o choro.

-Ai meu Deus!- felei a abraçando com um aperto no coração- Se eu pudesse juro que eu te levava. 

-E eu ia, opa! Vitoria fora do Brasil, imagina que sonho. E torcer para aqueles gatos que moram com o seu tio serem gatos.- falou já se animando e enxugando as lágrimas que restavam em seu rosto. 

-Idiota. Vamos tomar um café e comer alguma coisa até dar a hora do meu voo?- perguntei. 

Vitoria assentiu com a cabeça e fomos para a cafeteria. 

Ficamos conversando na cafeteria do aeroporto até a anunciante do aeroporto pedir embarque imediato do voo 753. 

-Ab, cadê o seu pai?- perguntou parando comigo na frente do portão de embarque.

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