É como vinho. É como amor. É como nudez. E tomo tudo!

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Cada gota. Cada gole.
Soa diferente.
Soa seco, soa mole.
É indiferente.

São nuances de prazer
Arder.
Doçura, bravura.
Tanino há nos vários saberes.
Só serve para dois.

A marca dos lábios.
São a mesma da rolha.
Cada dia, é uma garrafa.
Sacudidos, revisados e respirados.
Dorme, acorda, mancha.
A mesma folha.

É suave, doce, do porto.
É mole, é duro, seco, é torto.
É cheiroso, molhado e gostoso.

É cheiro que se delicia.
É o sabor. Nos olhos, (da) na malícia.
É textura. É pele. É pelo. É nua.

São um
Dois.
Vários
Não é rum.
Nem sempre às sós.
E sim. Achar algum bom... é raro.
Ou os melhores, estão nos mercados, nunca visados.

É o sabor, perante a pele.
É a cor, no tanino.
É o gosto divino.
Do seu sexo, da sua imagem,
Do seu nexo, de uma miragem.
É teu, é tu. É eu. É nós.
Entrelaçados nessa garrafa de vinho.

(Tinto, por favor)

COSTA, Gabriel

Versos SoltosOnde histórias criam vida. Descubra agora