Prologue

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Há dois anos atrás.

— Ainda falta muito pra podermos ir embora? – Perguntei em sussurro à minha omma.

— Mais ou menos, filho... Aguarde mais um pouco, seja paciente. — Bufei revirando os olhos.

Estávamos há quatro horas sentados esperando appa resolver um problema que ocorreu em seu trabalho e tudo que eu mais queria era ir embora. Me sinto preso aqui. Sem falar que minha bunda já deve estar quadrada de tanto tempo que estamos aqui.

— Vou lá fora tomar um ar... – Disse me levantando ao ser interrompido por um estrondo vindo da porta.

Era o appa.

Ele estava quase bufando e eu juro que vi fumaça saindo de suas orelhas e, se não vi, ele estava prestes a o fazer, pois estava vermelho como um tomate. Nunca o vi tão nervoso assim... E olha que, se você procurar no dicionário a definição de "Nervosismo", provavelmente vai achar uma foto dele ou seu nome como uma das definições.
Com o estrondo eu quase pulei de susto. Se eu quase pulei, imagine a omma. Quando direcionei-a o olhar, a mesma estava tremendo e com os olhos arregalados.

— Omma! – Disse e fui ao seu encontro, mesmo não estando tão distante assim de sua pessoa.

— Vamos embora. – Ele disse frio passando por nós e fui correndo atrás dele, pois o mesmo estava indo muito rápido apesar de estar batendo os pés com força no chão, atrasando sua quase corrida.

— Appa, o quê houve?

— Só traga sua mãe e vamos embora. Agora.

— Sim, senhor.

Não contestei, pois sabia que ele estava nervoso e não queria piorar a situação ou algo do tipo. Não queria fazer mal algum à ele, então deixaria o mesmo esfriar a cabeça com o tempo.

Entrei de volta no recinto para chamar a minha mãe, que tinha um semblante de extrema preocupação.

— Vamos, omma. – Disse calmamente pegando-a pelo braço. – Como pôde ver, appa não está calmo e feliz, então queria pedir pra se apressar para não irritá-lo mais ainda. Vamos evitar qualquer tipo de situação ruim, não? – Sorri sem mostrar os dentes e ela assentiu levantando-se.

Enquanto estávamos saindo, pude ver meu pai andando de um lado para o outro com uma expressão nada contente.

— Park Jihun, quando chegarmos em casa podemos conversar? – Minha mãe se dirigiu ao meu pai.

— Claro, amor, conversamos depois. Mas agora eu, realmente, preciso esfriar a cabeça. – Ele disse do jeito menos grosseiro e estressado possível tentando acalmar-se.

— Tudo bem. Mas você tem certeza que está em condições de dirigir, Jihun?

— Sim, sim. Só estou meio nervoso, não insano. Jamais poria minha família em risco no trânsito simplesmente por não estar apresentando um humor tão bom assim. Não precisa se preocupar. – Disse, visivelmente, mais calmo e controlado beijando a testa da minha mãe, que sorriu em retorno. – Vamos logo pra casa antes que esse lugar ou essas pessoas me tragam mais irritações e problemas.

Entramos os três no carro e seguimos o caminho de volta para casa.

Appa estava tão calmo e são que nem ao menos parecia que havia quase quebrado tudo pela frente há poucos minutos atrás. Quebrando um breve silencio que se fez no carro, meu pai iniciou:

— Jimin, como vai o Jungkook?

— Vai muito bem! Estamos muito felizes juntos. Ele me faz muito bem, sabe? Faz transbordar o "copo" de amor que nós três enchemos juntos ao longo da minha vida

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⏰ Última atualização: Aug 22, 2016 ⏰

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