Capitulo 25 - Tempestade

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Lay e Sofia olharam uma para a outra em pânico.

- Isto vai ser horrível! - disse Lay.

- Eu não posso permitir isto! - gritou Sofia - Ainda morre alguém outra vez!

Uma luz apareceu na mão de Sofia, que gritou em surpresa ao vê-la. A luz encadeou tudo e quando a luz desapareceu, não havia o mínimo sinal de tempestade ou uma única nuvem no céu, sequer.

Vanessa levantou a cabeça, com surpresa, e foi para a varanda.

Não havia nada.

As estrelas continuavam a brilhar e nada tapava a sua lua. Nem uma brisa havia.

- Como é que é possível...? - sussurrou Vanessa.

Sofia não conseguia acreditar. Como é que ela tinha feito aquilo?!

Max estava atrás de Lay, ainda meio-desorientado pela luz.

Lay olhou para o Palácio da Nuvens e agarrou Max e Sofia pelo braço.

- Vamos embora! - disse Lay.

Mais tarde

Todos estavam em silêncio á muito tempo.

Toda aquela jornada, para nada. Continuava a ser noite, a mãe não as tinha reconhecido e agora estavam a caminho de casa, sabendo que seriam recebidas com castigos até aos dezoito anos.

- Sofia, Lay... - disse Max - Eu acho que quando chegar-mos á cidade devíamos-mos separar... O vossos pais devem estar preocupadíssimos e ainda me matam... Mesmo que...

- Mesmo que...? - perguntou Lay.

- Esqueçam... - disse Max, suspirando - Mas seja como for... Foi bom estar convosco...

- Max. - disse Lay - Não é que nós nos vamos separar daqui a cinco minutos! Ainda falta uma data de tempo parar chegarmos. Dias até!

Ele suspirou outra vez.

- Eu sei, mas mesmo assim...

Todos ficaram em silêncio por mais uma bocado até que Sofia disse:

- Max... Aquilo que eu acho que fiz á bocado...

Max pousou nos ombros dela.

- Já tens idade suficiente. Tu deves ter poderes, obviamente. Esses eram os poderes que provocam ou acabam tempestades.

- Achas que eu também tenho alguma coisa dessas? - perguntou Lay.

- Não tenho dúvidas. - disse Max - Mas devem ser diferentes. Vocês não podem ter os mesmo poderes.

Max levou uma asa á cabeça.

- Se a Sofia têm os de tempestade... A Lay deve ter os de... bruxaria!

Lay ergueu um sobrolho:

- Isso é bom?

Ele abanou afirmativamente a cabeça.

- Sim. - disse Max - Pode vir a ser-te muito útil, se conseguires dominar essa área. A Vanessa também tinha algum talento para alquimia. Talvez uma de vocês tenha herdado essa qualidade.

- Isso parece ser muito fixe! - disse Lay, já mais feliz com a resposta - Como é que eu aprendo essas coisas?

- Tempo e prática. - disse Max - Eu posso dizer-te o que sei sobre alquimia e bruxaria. Mas não é muito...

- Oh, vá lá! - queixou Lay - Porque é que é sempre preciso tempo e prática?!

- Porque o mundo é assim... - disse Max, no tom mais casual do mundo.

Lay deu um sopapo a Max, que caiu no chão.

 Dias mais tarde

- É desta... - disse Sofia.

Ao longe via-se a cidade onde Lay e Sofia viviam.

Um mês e meio.

Elas tinham partido dali á um mês e meio (O Labirinto do Luar faz perder a noção do tempo e da realidade) e agora, voltando de mãos vazias, iam ter de enfrentar as consequências.

Depois de uma despedida, Max desapareceu de vista. Elas olharam uma para a outra.

- Vamos? - perguntou Lay.

- Vamos. - disse Sofia.

Mais tarde

- SOFIA! - gritou Joana.

Joana atravessou a sala a correr para abraçar Sofia.

- Tive saudades, mãe... - sussurrou Sofia.

Joana continuava a abraça-la enquanto dizia:

- Eu e o teu pai estávamos doentes de preocupação! - disse Joana - Depois soubemos da Lay e... Oh, eu estava tão preocupada... Quando o teu pai voltar das compras, ele...!

Sofia largou a mãe.

- Antes de esse estado de espirito terminar e começares ao berros comigo, dares-me um estalo e castigares-me...- disse Sofia - Eu quero pedir desculpa por tudo. E eu e a Lay nem conseguimos fazer nada.

Elas foram sentar-se nos sofás da sala. Joana queria saber o que se tinha passado com ela, e estava a tentar não perder as estribeiras.

Sofia contou tudo. Tudo o que tinha aprendido, os desafios, as provas de coragem, os enigmas e o Palácio das Nuvens. Até a parte dos peixes e da coluna falante ela contou.

A mãe dela ficou preocupada com isso dos efeitos durarem cinco anos, mas ficou feliz por saber que Sofia estava fora de perigo e avisada para ficar alerta a mudanças bruscas de comportamento.

Joana também estava extremamente surpreendida com a descrição do Palácio das Nuvens. Como aquilo era diferente do que ela ouvia quando era da idade de Sofia. Na idade dela, falava-se do Palácio das Nuvens como o sitio mais fantástico do planeta. Mas as coisas pareciam ter mudado.

- E... - disse Sofia - Bem...

Ela olhou para a mãe, que a incentivava a acabar a narrativa.

- Nós conhecemos a Deusa do Dia...

- O quê?!

- Ela está presa, mãe! Todo este tempo ela esteve lá! Ela não morreu! Mas está extremamente fraca...

- Oh minha deusa...

Na casa de Lay

Com Lay, a coisa não tinha sido tão boa. A marca vermelha ainda estava bem visível na cara de Lay que estava no quarto, sentada na cama a olhar pela janela.

E ainda tinha levado mais novidades em cima.

Os pais tinham tido a oportunidade de voltar aos empregos originais e por isso iam voltar de onde tinham vindo.

De certeza que ela ia ter de contar a sua aventura mais cedo ou mais tarde mas por agora, o pai e a mãe dela estavam furiosos e Lay tinha sido proibida de ver Sofia, de estar no computador, ver televisão e sair de casa se não fosse para ir á escola.

Porque é que as coisas tinham de ser tão injustas?

Lay nem tinha tempo de dizer desculpas, por tudo o que se tinha passado.

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Yep, pessoas! As miúdas também têm poderes!

Mas só agora é que foi a altura de eles aparecerem...

E eu acho que este capitulo podia ter ficado muito melhor...


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