Pior escolha que eu já fiz

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Enfim chegamos na Capital. Nunca tinha visto nada igual, parece que tudo era feito de ouro, até mesmo as pessoas. Tudo era impecável, as pessoas sorriam, crianças corriam, o chafariz lançava sua água para cima, as luzes iluminavam até a parte mais afastada da cidade. Sem sombra de dúvidas era a Capital.

-Finalmente. - Comentei.

-Vamos atacá-los agora! - Link sugeriu.

-Vamos! - Eu e Luke concordamos, afinal, já fazia um bom tempo que nós não entrávamos em uma furada.

-Vocês são loucos? - Luna ficou brava. - Nós precisamos de um plano!

-Sim. - Concordou Diana. - E outra, nós não conseguimos derrotar todos de uma só vez.

-Vocês são chatas... - Desanimei.

-Reclame o quanto quiser, precisamos de informações. - Manu abriu um pergaminho, que começou a se envolver de uma luz.

-O que é isso? - Link perguntou e eu queria saber também.

-Vocês estão por fora mesmo né. - Luke começou. - Ela abriu um pergaminho sem nada escrito para usar a magia do território, fazendo com que apareça um mapa da cidade. Sério que vocês nunca ouviram falar nisso?

-Não entendi mas eu gostei disso! - Comentei. Link concordou comigo como se não tivesse entendido também.

-Sem mais delongas, estamos nesse ponto. - Manu apontou para o lugar onde parecia que estávamos. - O quartel fica aqui. Não aproximem de jeito nenhum desse lugar, entenderam?

Infelizmente eu não tinha senso de direção então não prometi nada. 

Nós nos separamos para buscar informações e marcamos de nos encontrar de tarde no mesmo lugar. Infelizmente eu também não sabia voltar. Sim, eu estava lascado.

Comecei andando por ai como se eu fosse um habitante, mas, estava óbvio que todo mundo sabia que eu não era de lá, afinal, minhas roupas eram de um nível totalmente inferior as do povo de lá. 

Minha barriga começou a roncar e eu não tinha dinheiro para nada. Avistei uma carroça que vendia maçãs e resolvi roubar uma usando minha velocidade. O que foi? Eu cresci fazendo isso, se for para me julgar, julgue desde o começo.

O plano de roubo foi um sucesso, o vendedor nem se quer piscou. 
Na hora em que eu ia dar a primeira mordida, alguém me chamou.

-Ei, você. 

-Hm? - Virei.

Era um jovem, talvez da mesma idade que eu, cabelos louros e olhos claros. Usava uma armadura mais chique que as dos outros soldados que eu vi um tempinho atrás e parecia estar bem sério.

-Eu vi o que você fez. - Ele olhou para minha maçã. 
Fiquei surpreso por alguém ter conseguido acompanhar minha velocidade.

-Não tem jeito então. - Joguei a maçã para ele. - Foi mal.

-Não achei que você reagiria assim. - Ele sorriu.

-Bom, a culpa foi minha mesmo. - Eu dei as costas para ele.

-Ei. - Ele me chamou de novo.

-O que fo... - A maçã estava vindo em minha direção.

-Pode ficar. - Dessa vez foi ele que me deu as costas.
Até que existem pessoas boas nesse mundo. Antes de continuar andando, fiquei observando ele pagar o cara que vendia as maçãs que não estava entendendo porque o cavalheiro estava lhe dando dinheiro por "nada".

As aventuras de Greed: O despertarOnde histórias criam vida. Descubra agora