Capítulo 2

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Eu levantei apressado e abri a porta da sala, mergulhando em uma completa escuridão. Lembrei que havia uma lanterna na mochila, então a peguei. O colégio parecia ser o mesmo, porém, as paredes marcadas de sangue e as vozes que ecoavam no corredor o deixavam macabro.
Eu estava andando até o banheiro do primeiro andar, quando me deparei com um vulto virando à esquerda. Sei que não parece muito inteligente, mas eu o segui. Eu o segui até o refeitório, onde encontrei uma sombra enorme que veio em minha direção.
Eu procurei saídas, mas não tive sucesso. Eu tentava subir em uma das mesas para alcançar a janela, quando ele agarrou minhas pernas:
-Me solta, desgraçado!

Tentei dar um soco em seu rosto, mas meu punho o atravessou como se não existisse nada ali. Foi então que ouvi uma risada maligna seguida de um aperto no meu peito, e então eu me perdi no escuro.

Acordei com vozes gritando ao meu redor e bolinhas de papel voando de um lado para o outro. Coloquei a mão no bolso e senti um papel dobrado. Era o bilhete. E a garota, bom, ela estava lá, me observando com um brilho nos olhos e um sorriso sarcástico querendo dizer: eu te avisei.

Fim.

Don't Touch The ScarsOnde histórias criam vida. Descubra agora