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Luce estava agora perto do lago que se encontrava próximo a Ponte do Castelo.

Ela não estava nada satisfeita com o rumo que as coisas tinham tomado.

Loki tentou e ainda tentava a convencer de que as coisas que ela tinha feito eram para o próprio bem dela. Ele disse que tudo não fazia parte de um "Treinamento surpresa" e que depois as coisas saíram um pouco do controle . Mas ela se lembrava claramente do que tinha lhe acontecido, e não estava nada convencida de que eram mesmo apenas treinamentos.

As coisas estavam instáveis para Luce e para todo o resto das pessoas, e ela ainda tinha dado uma pausa todo esse tempo em suas pesquisas sobre as travessias, o que a deixou ansiosa e preocupada ao lembrar que não tinha feito muitos avanços em relação ao assunto, então o que lhe restava fazer nesses poucos minutos livres, era descansar o máxino que conseguisse e tentar nao pensar em coisas, em nenhuma coisa.

Luce estava deitada naquela grama, que agora parecia uma pouco mais verde, e viva, e ela tentou somente olhar para o céu e as nuvens, mas depois de um tempo fica difícil descansar em meio a tudo isso que estava acontecendo, ainda mais quando ela escuta passos e alguém indo em sua direção.

Ela abriu os olhos e a primeira coisa que viu foram os cabelos pretos e um pouco grandes demais de Gus, ao seu lado, a olhando.

-O que você quer agora, Gus?
-Luce, eu só eu queria...Conversar um pouco com você.
-Sobre o quê? O fato de que você e todos os outros participaram da emboscada e esconderam tudo de mim? E que ainda por cima queriam me enganar mais ainda sobre tudo isso?

Gus fez uma careta e balançou a cabeça negativamente.

-Na verdade é um pcouo sobre isso. E, ao contrário do que você está pensando, nem eu e nem quase ninguém sabia sobre isso. Seu pai fez questão de manter tudo entre eles, em segredo. Você sabe que se eu soubesse de alguma coisa, óbvio que te alertaria, mas não foi o caso.

Luce apenas continuou olhando para o céu.

-E...Eu queria dizer que, acho que você nao deveria ter ficado tão chateada assim com o seu pai, afinal de contas, eu imagino que teve realmente um pouco de boas intenções nisso tudo.
-Boas intenções? Tentar me matar seria boas intenções pra vocês?

-Ah, qual é, Luce? Eles nao devem nem ter chegado perto disso, ainda mais pelo fato de ser você a pessoa emboscada.
-Pessoa emboscada? Tá legal, acho que você não entendeu. Não foi o fato de quase terem acontecido coisas piores do que ser atacada por caras super treinados e armados enquanto eu  estava totalmente desarmada, nem por ter sido injetada com algo estranho e desconhecido que deixa a pessoa com horríveis efeitos colaterias, e muito menos por cair em um quase penhasco, ficar desacordada e quase morta, se não fosse a ajuda que tive, é claro. Enfim, não foi nada disso que me deixou "chateada", foi o fato de ter sido o meu próprio pai a estar por trás de tudo isso e ainda estar convencido de que foi para o meu bem, porque está óbvio, não foi. E se essa foi a intenção dele, desculpa, não deu certo. Agora você entende?

Gus apenas desviou o olhar dele dos olhos de Luce e olhou para o céu, da mesma forma e com o mesmo olhar que Luce fazia à alguns instantes.

-Agora...Eu posso deitar aqui, relaxar a mente e olhar para o infinito com você?

Ela apenas sorriu e se deitou com toda a cautela, novamente.

                                 ...

-Então...Vocês querem esse treinamento para aqui e agora? Porque eu realmente tinha um compromisso, mas... -Dizia Mobe.
-Você pode desmarcar. -Disse Amanda.
-É, não podemos esperar mais. -Disse Castiel.

Mobe apenas os olhou, olhou para trás de si e direcionou o olhar para eles novamente.

-Sigam-me.

Ela se virou, indo em direção à algumas prateleiras misteriosas e coloridas, e então todos foram atrás dele.

Mobe parecia ter puxado alguma espécie de alavanca, que fez um barulho um tanto estranho.

Abria-se diante deles, o que parecia, uma passagem secreta.

-Sejam bem vindos ao meu escritório particular.

Eles olhavam agora para um local diferente, mas parecia bem luxuoso, cheio de artefatos desconhecidos e peças raras de alguma coisa, de qualquer coisa.

Haviam um sofá e uma cadeira alta e revestida de, o que aparentava ser ouro.

Mobe se sentou na cadeira.

-Podem se sentar, para começarmos.

Então todos se entreolharam, mas se sentaram em seguida.

-A primeira coisa que vocês devem saber são os riscos, mas acho que não viriam até mim sem saber da maioria deles. Travessias para demônios são extremamentes caras e difíceis, imaginem para anjos que nem sequer sabem aonde estão indo exatamente...

-Mas é claro que sabemos, e estamos te pagando, então... -Disse Amanda.

Mobe apenas a olhou e continuou o discurso.

-Segundo, não são apenas os riscos de mortes, julgamentos e prisões que podem prejudicar vocês, há também os riscos das travessias.
-Que tipos de riscos? -Disse Alec.
-Ora, vocês sabem muito bem que as travessias de anjos podem lhes...Prejudicar, então imaginem as dos rotulados...Demônios.

-É, nós imaginamo, mas...-Disse Hero
-Pois é, então imagine uma dessas, só que 10 vezes pior.
-O quê? -Disse Amanda, arregalando os olhos.
-Foi o que eu tentei dizer. Para quem já está acostumado ou que teve um treino muito bom, ou um "empurraozinho" como por exemplo de outro que tem total domínio, não sofre tanto efeito assim, mas para vocês....Só quero alertá-los dos fatos.

Todos tiveram um momento de silêncio.

-Ok, quais são as outras coisas? -Disse Castiel.

Mobe deu um sorriso.

-Agora esperem, vou fazer uma ligação para uma pessoa que me ajuda nesse tipo de coisa, e que irá trazer as coisas inicias para ajudá-los a atravessar.

Alec e Castiel acentiram com a cabeça.

Mobe discou o que parecia um telefone em forma de sapato, mas aquele não parecia nada com um telefone terráqueo e nem com nada que eles haviam visto alguma vez.

O telefone parecia chamar.

Mobe se levantou e foi conversar perto de uma estátua, conversando em um tom que não se dava para concluir muitas coisas.

Ele voltou depois de um tempo.

-Minha ajudante nao demorará muito tempo para chegar. Enquanto isso, querem provar de algumas receitas caseiras que servem para meus convidados?

-Eu acho que...-Disse Hero.
-Não, não queremos nada. Só vamos esperar aqui. -Interrompeu Amanda.

Hero a olhou meio confuso e bravo ao mesmo tempo.

Mobe apenas balançou os ombros e se levantou, provavelmente indo atrás de alguma coisa ou alguém para lhe trazer algo.

Hero foi perto de Amanda e disse:

-Se você não quer comer tudo bem, mas tem gente aqui que não come a dias!
-Você pelo menos sabe se o que ele queria servir era estrogonofe ou a cabeça de algum ser desconhecido?
-Ela tem razão... -Disse Alec, bem atrás deles.

Hero apenas os olhou e tentou observar mais o local.

Então eles ficaram mais algum tempo, esperando.

Mundos Opostos/ Amor ConvergenteOnde histórias criam vida. Descubra agora