Back To Beacon Hills

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Maddie

Em Beacon Hill há 15 dias exatos

Desde que soube que tinha que voltar para cá eu senti todos os planetas colidirem bem dentro da minha cabeça. Beacon Hills não é o melhor lugar, não gosto daqui, não gosto de viver aqui. Estou saindo do colégio no meio do primeiro ano do colegial, o Ray, meu pai, só pode estar querendo destruir minha vida. Minha mãe morreu quando eu tinha cinco anos, não gosto das pessoas me fazendo ficar pior do que já estou sentindo pena de mim e é exatamente isso que acontece quando se volta a cidade que presenciou todo seu sofrimento.

— Madison, posso falar com você? — meu pai pergunta e eu aceno fazendo que sim, ele senta ao meu lado na cama de solteiro que tinha dezenas de livros espalhados. — Sei que não gosta daqui, mas é nossa casa nova. Vai ter que esquecer um pouco do ressentimento que tem deste lugar.

— Tudo bem Ray.

— Não está nem mais com raiva, pode voltar a me chamar de pai. — seu sorriso se abre lentamente. — Ou, eu vou exigir que me chame de Senhor Palmer, por gentileza.

Abraço ele e no mesmo instante ele começa a cantar Black Hole Sun. Eu rio descontroladamente da sua desafinação, mas canto junto, deixo que o momento siga como deve ser, não posso mais brigar com meu pai. Eu amo muito ele, sei que foi difícil toda essa história de pai solteiro e ele tem feito bem o papel da mamãe, sinto falta dela, porém ele repõe a saudade com o amor incondicional por mim.

Pego meu violão e passo a alça no meu ombro o apoiando ao ficar de pé, toco para o meu pai e retomamos a cantoria animada. Até ele dizer que precisa ir, suspiro e coloco o violão de aparência gasta no seu apoio. Despeço-me dele que desce apressado para o trabalho e fico olhando seu carro indo embora.

Olho as caixas fechadas amontoadas ao lado da minha cama e decido obedecer meu pai, antes de começar a arrumar as coisas afasto os móveis e pego alguns materiais de limpeza, começo a varrer e depois passar pano, afastando e colocando no lugar os móveis e objetos. Desempacoto minhas coisas e as coloco em seu lugar. Horas depois dou conta que já limpei toda a casa. Estava a caminho do sótão quando ouço batidas na porta.

Corro apressada pela escada em caracol e continuo no mesmo passo apressado até a porta de madeira escura, giro a maçaneta.

— Em que posso ajudar? — Pergunto sorrindo.

— Meu nome é Stiles, eu sou filho do Xerife, meu pai pediu para eu vir aqui trazer uns documentos... — ele finge ler o título do envelope. — sobre a empresa do seu pai.

— Para de ser fingido garoto, você já deve ter lido tudo — Tomo os papéis de sua mão e coloco debaixo dos braços. — por isso, eu fico com isso. Obrigada, de qualquer maneira.

— Xerife Stilinski? — Sorrio ao ver ele concordando. — Faz muito tempo, mas eu me lembro do seu pai. Meu nome é Madison Palmer...

— Claro que é, ainda lembro do que aconteceu. — Ele coça a cabeça de leve. — Eu sinto o mesmo que você... — demoro a responder ele. — eu preciso ir.

— Lamento pela sua perda, não deixe isso destruir você. — Suspiro falando finalmente quando ele ia dando as costas. — Eu sei que é forte o suficiente para fazer você querer desistir de tudo, mas ainda temos pessoas que nos amam.

Aceno e ele acena de volta. Corro para dentro de casa e coloco o envelope na mesa da televisão vendo que se trata de uma análise sobre pagamentos de tributos da empresa ignoro completamente o desejo de abrir. O meu encontro com Stiles me faz tentar lembrar dele. Enquanto sigo para o sótão, porém me foge da mente os momentos em que o vi.

The lie, the fall, the love|Teen WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora