*Windsor,Reino Unido, início do século XV.
-Elena! Venha me ajudar logo, garota!- Em uma cozinha de um castelo antigo, Madal, uma escrava negra, suava com o fervor das panelas do castelo Windsor. Sua filha, Elena, de doze anos ajudava sua mãe nos afazeres.
-Estou indo mamãe. - Elena era fruto de uma traição, seu pai era o Rei Albert Draco . Sua mulher, Rainha Aurora Draco, não sabia de tal traição, seu sonho era ter uma filha, mas só deu a luz à um menino. Tratava Elena com gentileza e compaixão, ao contrário de Albert que repugnava a raça da menina, não só a raça negra, como a bruxa também.
~×~
-Mãe, já completei meus quinze anos, quando irá me iniciar na magia? Quero ir embora logo desse lugar onde somos tratadas como animais.-Elena estava na cozinha lavando panelas gigantescas, enquanto sua mãe descascava pilhas de legumes.
- Pare de se iludir Elena, não importa o lugar que você esteja, sua cor é sua maldição, está marcada até a morte, tem sorte que ainda é um pouco clara.
- Madal já tinha aceitado que seu destino era ter uma vida miserável, e o da sua filha não seria diferente.
- Fico horrorizada como você mesma não tem orgulho de sua cor, tendo o poder que tem, não tenta melhorar sua vida, porque? Não serei igual a você, uma mulher fraca que não luta pelos seus direitos, aceita ser rotulada como escrava! - Elena se aproximou de sua mãe, queria olhá-la nos olhos.
-Você não entende, criança! Nunca será nada mais que uma negrinha escrava! - Madal à punia com tapas no rosto.-O quê está acontecendo aqui criada? Porque está batendo em minha governanda? Pare com isso!-Um jovem rapaz, com veste de realeza adentrou à cozinha.
-Príncipe Victor, me desculpe, mas peço que não se meta na educação de minha filha - Disse Madal fazendo uma pequena reverência. -Como ousa dizer onde eu tenho que me meter ou não?
-O Príncipe estava incrédulo com tal abuso. -Victor, por favor, não faça nada. - Elena murmurou para o príncipe, sua mãe não percebeu, olhava para o chão com medo da punição que pensou que veria.
-Me acompanhe Elena. - Ordenou Victor. - E você, fique no seu lugar, que é a cozinha, não terei misericórdia na próxima vez.
-Não terá próxima vez, senhor.Victor e Elena deixaram o aposento. Se encontravam agora na suíte do príncipe.
-Lena, não posso deixar sua mãe lhe tratar assim, meu anjo. - Falava Victor com uma voz doce e gentil. - Ela é minha mãe Victor, a única pessoa que eu tenho nesse miserável mundo. - Respondeu Elena, deixando algumas lágrimas caírem. - Ei, sei que nossas posições sociais são diferentes..-Muito diferentes. - interrompeu Elena. - Nada, nem ninguém vai machucar você, não antes de passar por mim, você não tem só sua mãe, eu a amo e sempre irei amar,mesmo se um dia eu casar com uma princesa mesquinha, continuarei te amando e mantendo-a ao meu lado como for possível.
-Também o amo Victor, mas não quero ser a outra. - Elena se sentou na ponta da cama, Victor fez o mesmo. - Sinceramente, querida, eu também não quero que você seja a outra. - Victor ficou com um olhar pensativo .-E eu também não quero ser eternamente escrava, ou ser julgada pela minha cor.-Respondeu Elena.-Um dia você será livre, quando eu reinar tudo será melhor para seu povo, até para as que fazem feitiços. - Victor pronunciou à última frase com dificuldade, não era novidade para Elena o preconceito da realeza contra as bruxas.
-Agora vamos parar de falar de sua mãe, ou do meu futuro. Trouxe você aqui para outra coisa.Victor beijou Elena com ferocidade, deitando sua amada na cama ele arranca sua camisa e volta a beijá-la, não demora muito ele tira totalmente a roupa de Elena e à possui por uma noite.
*alguns anos depois*
-Você está sempre no vilarejo, nunca fica em casa e agora está saindo de novo. - Uma mulher elegante, loira de olhos verdes como do filho, e pele branca como a neve, reclamava com seu marido.
-Pare de me importunar mulher, não tem damas de companhia o suficiente para fazer-lhes companhia?- O Rei Albert era um homem bonito e elegante, porém grosseiro.-Eu não quero mulheres me bajulando o dia inteiro, quero um marido e um pai para meu filho. -Rainha Aurora era uma mulher solitária, sempre foi assim depois que se casou com Albert. - Pare de drama, nosso filho quem deve educar é você, e pelo que vejo não está fazendo seu dever direito.-Nosso filho é um rapaz perfeito, respeita você como mais ninguém poderia.-Aurora aumentava seu tom de voz, perdia a elegância quando falavam mal de seu único filho. - O problema de seu filho é querer se misturar com a criadagem, desconfio até que esteja enfeitiçado por aquelas malditas.-Você não era assim antes de me casar, defendia o direito dos negros e a religião deles, religião essa que até brancos fazem parte.-Toda raça tem seu lado sombrio,Aurora. Não entendo porque se preocupa com isso, não tem nada ver com você! - foi esse o fim da discussão. Albert deixou sua mulher sozinha, mas logo que ele saiu, ela saiu em seguida. Usando uma capa longa, com um capuz que encobria o rosto, Aurora pegou seu cavalo e cavalgou para terras distantes.
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Elisabeth Draco Entre O Bem E O Mal
AléatoireElisabeth é uma bruxa poderosa que logo cedo perdeu seus pais que morreram na tentativa de salvar sua vida no meio de uma guerra contra seus maiores inimigos. Hoje ela mora com seu tio wladmir Halle, que é o alfa de sua família e dono de uma academi...