Cap. 4- Orfanato

185 9 0
                                    

30/08/2021

A Lauren pediu para eu ficar com as crianças no quarto e foi a correr até ao quarto da Camila. Eu fiquei a olhar para o garotão que dormia calmamente e a menina começou a chorar, certamente com fome. Peguei nela, pus algumas almofadas à volta do menino e fui para o quarto da minha fiha. Encontrei a Lauren a olhar preocupada para o braço da Alice.

Eu: O que se passa?

Lauren: Temos mesmo de a levar para o hospital.

Eu: Vamos.

Alice: Não, eu não posso.

Lauren: Porquê?

Alice: Eles vão tirá-los de mim.

A menina que estava no meu colo começou a chorar e a Alice olhou para ela e também começou a chorar. A Lauren puxou-a para o seu peito e a menina mais velha chorou ainda mais.

Eu: Lauren, ela tem fome.

Lauren: Ali, consegues alimentar a tua filha?

A Alice negou.

Lauren: Alice, eu vou amamentar a tua filha, ok?

A Alice assentiu, eu passei a menina para os braços da Lauren e a Camila puxou a Alice para se deitar no seu peito.

Eu: Ali, como é que eles se chamam?

Alice: eu ainda não pensei nisso.

Camila: Posso escolher?- Perguntou a minha filha muito animada.

Lauren: Camila.

Camila: Desculpa, Alice, é que eu queria mesmo escolher o nome deles.

Alice: Não faz mal, podes escolher.

Camila: A menina pode chamar-se Bea e o menino Louis.

Alice: Eu gosto.

Eu: Então, quando tratarmos da tu mão, vamos registar os bebés.

Alice: Eu não os posso registar, eles vão tirar-mos.

Eu: Eles quem?

A Alice não respondeu.

Lauren: Os teus pais?

Alice: Não.

Eu: Não queres que a Camila ouça?

Alice: Não.

Lauren: Filha, podes sair para nós falrmos com a Alice?

Camila: Sim, mas vou ligar à Lucy e pedir para ela trazer o Simon e a Madison para casa.

Eu: Ok.

A Camila saiu do quarto, a Lauren pos a Bea para arrotar e eu sentei-me ao lado da Alice.

Eu: Ali, podes falar connosco agora?

Alice: Sim, eu moro num orfanto desde que me foi diagnosticado Síndrome de Riley-Day. Os meus pais não quiseram ficar comigo e abandonaram-me.

A Alice parou um bocado e eu olhei para a Lauren que estava a olhar para a menina chocada.

Alice: Eu fiquei dias numa rua, como eu não sentia dor, eu não chorava, então fiquei alguns dias na rua. Uma senhora encontrou-me e levou-me para o hospital, eu fiquei internada e depois fui para o orfanato.

Eu: E porque fugiste?

Alice: A diretora do orfanato  que havia um casal que ia querer adotar os meus filhos, eu tentei recusar mas ela disse que eu era menor e que estava à sua responsabilidade e os meus filhos também.

Lauren: Então tu fugiste para não ficares sem os teus filhos?

Alice: Sim.

Ela chorava então eu abracei-a e olhei para a minha mulher que parecia pensativa.

Lauren: Ali, quantos anos tens?

Alice: 16.

Lauren: Zayn, podemos falar?

Eu: Sim. Alice, fica aqui, nós vamos conversar e já vimos ter contigo.

A Alice assentiu e eu e a Lauren saimos do quarto da Camila e fomos para o nosso. A Bea já dormia no colo da Lauren, então ela deitou a menina ao lado do irmão e deitou-se na cama do lado da Bea. Eu fui para o outro lado e deitei-me ao lado do Louis, tirei a almofada que estava ali e o garotinho encostou-se a mim.

Eu: O que vamos fazer?

Lauren: Não sei.

Eu: Podemos ficar com eles.

Lauren: Zayn, tu és advogado e sabes muito bem que não podemos simplesmente ficar com eles.

Eu: E se os adotássemos?

Lauren: Mas para isso, eles teriam de voltar para o orfanato.

Eu: Não, apenas a Alice teria de voltar para o orfanato.

Lauren: E a Bea e o Louis?

Eu: Podíamos registá-los no nosso nome. A Alice dizia no orfanato que os bebés morreram e nós tratávamos da adoção dela.

Lauren: Zayn, o melhor é ir até ao orfanato sem eles, falar com a diretora e dizer que queremos adotar a Alice e os filhos dela.

Eu: Ok, mas temos de ir o mais rápido possível.

Lauren: A Lucy e a Vero devem estar a chegar, enquanto a Lucy cuida do braço da Alice, a Vero fica com as crianças e nós vamos ao orfanato.

Eu: Sim, só temos de ver se a Lucy e a Vero ficam com eles e se a Camila e o Simon aceitam que nós adotemos a Alice e os bebés.

Lauren: Vamos falar com eles.

My Family is My DrugOnde histórias criam vida. Descubra agora