(63) Pondo o plano em ação.

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Você quer um concelho...nunca pense demais, isso enlouquece qualquer um.

Saio do quarto ja desmaterializado, Bianca estava na porta da frente me esperando.

Eu não estava com raiva dela, pelo contrário ela me ajudou a fazer algo que eu devia fazer mas não estava conseguindo, digamos que ela me deu 'aquele empurrãozinho'.

-Mateus desculpa ta...eu nem devia ter me metido nisso, pode me chingar o quanto quiser prometo não revidar.

-nada disso Bianca, eu so tenho que agradecer você por ter me ajudado, adiar so ia piorar.

-mas você tinha que descobrir isso sozinho, eu fui totalmente errada.

-para de se culpar, você sabe que foi melhor assim.

Eu saio da casa de Beatriz lentamente dando a chance de Bianca me alcançar.

-quer dar uma volta?! Pra esfriar a cabeça?
-não obrigado...esta tarde de mais tenho que descansar um pouco.

Eu segui para o cemitério, Bianca realmente parecia muito arrependida e queria se redimir de qualquer maneira.

》Gabriel narrando.

Depois de ter tido aquela conversa com Mateus, me senti na obrigação de ajudá-lo. Ângelo esta o enganando, o usando talvez.

Ele prometeu algo impossível, e tenho quase toda certeza que ele esta tramando algo.

Vou para casa dos nossos pais é la que ficamos depois da morte deles, a casa é grande o suficiente e Ângelo mal parava em casa por tanto não se víamos tanto.

Como o previsto ele não estava la, o silêncio rodiava a casa, mas hoje eu ficarei na vigia ate ele aparecer.

Fui em direção a varanda me sentando na cadeira de balanço que minha mãe tanto adorava, lembro dos velhos e bons tempos em que passamos nessa casa, meu pai mal parava em casa por conta do trabalho e Ângelo vivia na rua com seus amigos.

Então ficávamos apenas eu e minha mãe... sentados nessa varanda ela cantarolando músicas pra mim e eu apreciando.

-hora hora...vejamos quem esta aqui.

Ângelo diz me arrancando das minhas lembranças.

-precisamos conversar.

-pelo jeito vaio falar do seu protegido.

-você esta o enganando, você prometeu algo impossível pra ele...porque?

-porque não acho que ele deva voltar para o mundo dos vivos, você sabe melhor que ninguém, que sempre quando quebramos as regas algo grave acontece aqui.

-custava ter dito isso a ele?! Ele quer cuidar da mãe dele...quer ficar perto de quem ele gosta, você o encheu de esperanças.

-e des de quando você se importa com essas almas penadas?

-eu ja disse ele é meu protegido, fica longe dele.

-você não pode me obrigar.

-posso... e so você sabe como eu posso.

-você seria capaz de se sacrificar por esse garoto? Você é muito idiota mesmo.

-você diz isso porque ainda não tem seu protegido.

-não, não tenho e quer saber... eu vou continuar fazendo ele fazer coisas erradas, impedindo dele ver a luz, vou continuar o levando para bares, bordel, baladas. E você terá que me engolir.

-vamos ver quem termina essa refeição primeiro...

Ângelo me olho com fúria nos olhos e entra, eu ja tinha conseguido a resposta que eu queria e agora tudo estava se encaixando.

As saídas, toda aquela diversão, todo aquele interesse em Mateus, agora tudo se encaixava.

》Mateus narrando.

Eu ainda estava deitado em minha lápide, ja tinha amanhecido e o dia assim como todos os outros estava ensolarado.

Bianca não disse nem um piu des de ontem mas também não saiu do meu lado. Eu ja tinha aceitado minha permanência aqui, era angustiante mas eu não posso mudar as regras que existia bem antes de eu vir pra cá.
Aquela despedida minha e de Beatriz tinha cortado meu coração, eu estava decidido a nunca mais... nunca mais ir vê-la.

Ela ficará melhor sem mim...ela precisava aceitar que eu morri, isso era tão difícil sendo que nem eu mesmo aceitei.

-Mateus?!

-hum?

Ainda estava de olhos fechados, não pretendia abri-lo e muito menos me levantar dali tão cedo.

-espero que se levante pra falar comigo!

Percebo que não era Bianca mais sim Gabriel, Bianca nem se quer estava ao meu lado... ela ja tinha saído e nem ao menos eu tinha percebido.

-a sim, desculpe não vi que era você.

-esta melhor?

-aceitando o óbvio aos poucos.

-podemos caminhar um pouco.

Eu não estava com a minima vontade de sair tudo estava dando errado e eu não conseguia fingir que está tudo bem.

Assim que nos viramos a esquina e atravessamos a rua Gabriel começou a falar em um assunto um tanto interessante pra mim.

-como o prometido, consegui algumas respostas pra você.

Fiquei quieto incentivando o mesmo a continuar.

-você tem que parar de sair com Ângelo... todo esse interesse faz parte do plano dele.

-Plano dele?!

-ele não quer que você veja a luz... e pra você ver a luz você precisa fazer coisas boas... ajudar pessoas coisa que você não esta fazendo ultimamente.

-por isso que ele estava fazendo eu beber,tranzar, e dançar loucamente....

-poupe-me de detalhes.

-eu mesmo estava me ferrando... cara que porra.

-não, ele estava fazendo você fazer isso.

-e como você não percebeu essa aproximação estranha.

-Ângelo não tem muitos amigos, achei que ele estivesse fazendo um.

- a sim... é bem o típico dele não é mesmo?!

-você tem que se acalmar e dar a volta.

-como?

-ja disse, ajudando pessoas.

-ok, vou dar um jeito.

-so não morra novamente.

-pode deixar comigo.

Dou meia volta deixando Gabriel para trás, meu plano tinha mudado completamente, e se eu quisesse que desse certo, não poderia ficar muito próximo ao Gabriel.

Vou em direção ao cemitério, vejo Bianca sentada em sua lápide e Ângelo em sua frente.

-estava procurando você pequeno Príncipe.

Respirei fundo, eu tinha que fazer de conta que nada avia acontecido, eu tinha que fingir ser o besta de sempre.

-ha é... fui dar uma volta.

-pronto pra última curtição.

Respiro novamente.

-... sinto muito, hoje eu não vou poder ir.

Sua expressão mudou, mas eu continuei calmo pemsei logo em uma desculpa.

-espero que seja algo importante.

-minha mãe... sinto muito não poder acompanha-lo.



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