Capítulo 6 - Desespero.

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Quando vi que ele conseguiria entrar, corri para o quarto e liguei para Luan.

- Você não corre mais que eu, gatinha - ele gritou da porta.

Joguei o celular entre os travesseiros.

- Rua deserta, ninguém irá me ouvir - chorei 

Matias entrou no quarto e trancou a porta

*  *  *

Luan - Uma raiva incomum

Eu pausei meu jogo para atender Breeze.

"Cuida dela, faça isso por mim."

Atendi a tempo de ouvi-la gritar, um estalo em seguida... então uma voz que reconheci logo, Matias. Nunca fui com a cara desse sujeito

- Se você gritar, eu baterei mais forte - A voz ressoou no telefone.

Eu senti um ódio crescendo.

" Ela é o que tenho de mais precioso. Cuida dela, Luan "

- Eu não vou quebrar a promessa que fiz para o meu melhor amigo. Eu vou matar esse desgraçado - Bradei e desliguei

"Corra o mais rápido que puder, se ela precisar "

*  *  *

Breeze

- Para, Matias, por favor - Eu senti a fivela do chicote em minhas pernas.

- Cala a boca, Gatinha, ou vai doer mais - Gritou - Ninguém virá, você afastou toda a sua família. - completou.

Eu pedia baixinho para Luan chegar logo. Droga, ele vai para a casa dos meus pais, eu não tinha dito que me mudara.

Caí de joelhos, minha perna sangrava. Onde ele conseguiu esse chicote ?

- Isso minha Moranguinho, deite - Matias jogou o chicote no chão e se ajoelhou enquanto ria do apelido, colocando-se ao meu lado.

Gritei, gritei o mais alto que pude, ninguém veio.

Matias tapou minha boca, eu não conseguia mexer a perna, estavam feridas e ardendo, eu não as sentia. Mas meus braços estão bons, dei socos seguidos no rosto dele, focando o nariz que eu quebrara. Ele gemeu de dor.

- Gatinha, amo sua insistência, você nunca se dá por vencida. Porém, eu me preparei para tudo. - Sussurrou.

Em um único movimento. ele arrancou minha blusa e a jogou para o lado.

- Se eu te quero, te terei - falou entre os dentes.

Me deitou no chão e montou em mim, colocou minhas duas mãos acima da minha cabeça e beijou meu pescoço, mordeu o lóbulo da minha orelha e sussurro...

- Hoje você vai ser minha.

Gritei em meio as lágrimas, consegui debater minhas pernas, mas a dor foi intensa.

- Não se mexa, vai ser pior - disse.

Ele me segurou com apenas uma mão, com a outra puxou braçadeiras do bolso. Amarrou-as em mim, com outras duas ele me amarrou ao pé da cama. 

- Para, Matias, Por favor - Balbuciei

- Não até eu ter o que eu quero - E apertou minhas bochechas.

Suas mãos deslizaram das minhas, acariciando meu braço, gritei

Onde você tá, Luan ?

30 Dias sem Ele.Onde histórias criam vida. Descubra agora