Mesmo não tendo uma boa memória e mesmo tendo bebido um pouco na festa da noite passada eu consigo me lembrar de algumas coisas.
Me lembro, por exemplo, de que mesmo antes de entrarmos na balada meus amigos já estavam bêbados e quando finalmente conseguimos entrar as coisas só pioraram. Era impossível andar sem esbarrar em alguém e não é como se eu tentasse não esbarrar, haviam tantas pessoas que se eu desviasse de uma certamente atingiria outra ou talvez até duas pessoas, era um esforço um tanto desnecessário.
Depois de algum tempo lá dentro acabamos por encontrar um outro grupo de amigos bêbados, na verdade eu não conhecia nenhum deles, mas estavam todos tão bêbados que mesmo nunca tendo me visto eles falavam que estavam com saudades de mim, eu apenas entrei no embalo e os dizia o mesmo. Naquele momento decidi beber um pouco, iria enlouquecer se continuasse a ser o único sóbrio.
Mas em meio a todo aquele furdunço de pessoas se esfregando e música alta, eu avistei um rapaz que aparentemente não estava bêbado, ele estava calmo e apenas balançava o quadril tranquilamente de uma forma que não combinava com a música eletrônica que tocava, ele parecia tão puro e sereno, não sabia se ele era real ou uma alucinação minha. Mas sendo alucinação ou não, eu queria beijá-lo e é aí que se criou um problema, eu não sabia como começar uma conversa com ele e eu não poderia apenas chegar e o beijar, quer dizer, eu poderia, porém seria muito estranho e desrespeitoso.
Após alguns minutos o encarando decidi comentar sobre nossos amigos, na verdade eu não sabia ao certo se os meus amigos eram também seus amigos, mas ele estava relativamente perto de nós então, talvez, ele os conhecesse. Eu esperava que sim, pelo menos.
— Woah, eles realmente não sabem quando parar! — eu provavelmente pareci um idiota dizendo aquilo, tão aleatoriamente e de repente.
— É. — ele me olhou assustado por alguns milissegundos mas logo desviou o olhar para o seu copo.
— Ãn...de onde você os conhece?
— Faculdade... — disse sem certeza, talvez ele não os conhecesse de fato, mas não diria isso.
— Ah sim, maneiro. Qual seu curso?
— Psicologia. — não havia interesse em sua voz, ele olhava para o copo vazio e o balançava no ritmo da música.
— Bom, eu sou músico independente. — estava um pouco vermelho ao dizer aquilo, o garoto nem mesmo havia me perguntado mas eu estava desesperado por sua atenção e dizer que era músico independente sempre impressionava.
Não houve respostas, apenas a música alta e as conversas das pessoas que nos rodiavam, as luzes coloridas iluminando minha face ansiosa e deixando meu nervosismo ainda mais aparente, não havia nada que eu pudesse fazer. Eu, Kim Namjoon, estava prestes a desistir daquele garoto moreno com camisa azul que não tinha ritmo quando uma das minhas músicas preferidas começou a tocar na balada, sem pensar duas vezes segurei na mão livre do rapaz ao meu lado e o puxei até o meio da multidão que se formara em frente ao palco.
Ele provavelmente nem queria estar ali comigo, mas permaneceu durante três músicas seguidas e mesmo que todas elas fossem animadas eu juntei os nossos corpos, os balançando de um lado para o outro no meu próprio ritmo. Estar ali dançando consigo me fez esquecer completamente do mundo lá fora e quando eu vi seus rosto sendo iluminado por aquelas luzes fortes eu quase cai duro ali mesmo, sua pele brilhava como ouro e seus olhos pareciam diamantes. Ah, aquele garoto, eu queria o beijar, não somente seus lábios, mas sim todo o seu corpo, cada centímetro, mas eu não conseguia, se fosse com qualquer outra pessoa eu conseguiria mas com ele era tão diferente, me coração batia de forma anormal e até mesmo minha voz mudava quando lhe direcionava a palavra.
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Namjin ≈ Do It
FanfictionNamjoon geralmente não se lembrava das noitadas com os amigos e muito menos das bocas que beijava, porém naquela noite, quando seus olhos caíram sobre o garoto de cabelo negro, ele soube que seria inesquecível. •oneshot (talvez, em breve, two) •base...