No Orfanato

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Eram 03:00 da madrugada, eu  estava deitada em meu quarto acordada pensando como vai ser dos 18 anos a cima. Minha vida irá mudar completamente, pois terei que sobreviver no mundo sozinha, as regras do orfanato são claras, quando todas as crianças completam 18 anos,não poderão ficar no orfanato.
Eu completarei 18 daqui 3 meses no dia 20/08/1990. Não sei qual rumo tomar. Eu sou muito solitária, não conhesso ninguém. No orfanato não costumo sair do quarto. mas quando saio fico sentada no campo ao lado do orfanato, lá posso me sentir livre,onde posso sentar e escrever meu diário,pois a única presença de algo que sinto são apenas neblina e um lago lindo onde jogo comida para os peixes. Quando volto para o orfanato subo as escadas correndo e sigo em direção ao meu quarto, meu quarto é o último do corredor,todos consideram meu quarto assustador. Não tenho amigos e nem contato com os funcionários do orfanato. Quando eu  queria fazer algo,comer alguma coisa,esperava todos irem dormir.
Perdi meus pais em um acidente de carro, meu pai dirigiu bêbado ao voltar de uma festa com a nossa família,
minha  mãe Katharine e o meu pai John na frente e eu no Banco de traz. Eu estava com 3 anos, e ao ver o meu pai bêbado e minha mãe desesperada pedindo para meu pai parar o carro, eu fiquei assustada avistei o cinto de segurança e enrrolei ele em meu corpo,pois estava com muito medo chorando  pedindo o meu pai pra parar. Mas  ele perdeu o controle e invadiu a contra mão e caiu na ribanceira na BR 007 em Rayston sentido centro de Washington. O carro desceu a ladeira em alta velocidade e capotou. Um carro que vinha logo atrás do carro de meu pai avistou tudo,o motorista desceu do carro e foi rápido prestar socorro,meu pai morreu na mesma hora, minha mae foi levada em estado de urgência para o hospital de Washington mas não resistiu e faleceu. Eu sofri apenas alguns arranhões com o vidro que quebrou na traseira do carro
Eu não tinha mais ninguém na cidade,me sentia sozinha, não parava de chorar. OS policiais me levaram para este  orfanato público da cidade, onde eu cresci , e onde me isolei durante minha infância toda, A madre Carmen
Que cuida do orfanato me levou até meu quarto. Eu fiquei no sótão, pois queria me isolar de todas as crianças do orfanato.

Desde então...meu maior refúgio e o meu silêncio.

Katy A IMORTALOnde histórias criam vida. Descubra agora