Prólogo

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Maya Moore estava na sua primeira semana de faculdade. Apaixonada por fotografias ela decidiu ingressar na faculdade. Esse era seu grande plano pro futuro, viajar pelo mundo a fora com sua câmera e sem destino certo, mas não foi assim que aconteceu. Sua vida mudou drasticamente. Agora, ela terá de escolher entre o amor e a vingança.

Maya POV


Já era quase madrugada e eu não parava de olhar o relógio, meus pais já deveriam ter chego, tentei entrar em contato pelo celular mais não consegui, mil coisas se passavam na minha cabeça, acho que estou me preocupando a toa o voo deve ter atrasado, amanha de amanha eles devem estar aqui. Tomei meu chocolate quente e subi para meu quarto para ler um livro, acabei adormecendo..


Acordei e fui direto ao banheiro, fiz minha higiene e tomei um banho, meus pais já devem estar la em baixo me esperando pro café, coloquei um vestidinho branco com cerejas estampadas por ele todo e um tênis vermelho pra combinar, peguei meu celular e desci, ouvi vozes na cozinha e corri até lá.


- Oi querida, quanto tempo - uma moça com os olhos claros disse vindo em minha direção, eu a conhecia de algum lugar. Exitei em abraça-la - Não lembra mais de mim? Sou esposa do seu tio, Helena. - me lembrei dela, a vi apenas uma vez quando fui em seu casamento com meu tio.


- A desculpe é que eu ando com a cabeça muito ocupada acabei me esquecendo - sorri gentilmente e a abracei - cadê minha mãe e meu pai? vieram com eles? papai não trouxe mais nenhum urso de pelúcia gigante né, daqui a pouco não vou ter mais espaço no quarto - disse animada mais logo desmanchei meu sorriso assim que a vi me encarando séria - aconteceu alguma coisa?


- Seus pais sofreram um acidente grave de carro querida... - ela encarou o chão por um segundo e logo voltou a olhar em meus olhos - eles não resistiram - completou me deixando em choque.

Uma lagrima escorreu pelos meus olhos, não dava pra acreditar...

- Esta tudo bem querida? - era incrível como ela estava calma.

- Me... me diz por favor que isso é mentira - as lagrimas desciam compulsivamente pelo meu rosto - me diz que é uma brincadeira, meu pai adora brincar, ele ta gravando isso não é ? PAI PODE SAIR VOCÊ NÃO CONSEGUE ME ENGANAR - gritei e ela continuou me encarando com uma expressão de pena em seu rosto - CADE ELE? PAAI - fui pra sala olhando pros lados na esperança de que tudo fosse uma brincadeira - MÃE - subi as escadas correndo, eu já estava soluçando, entrei em cada comodo da casa a procura deles e nada, eu não queria acreditar, me encostei na parede do corredor e fui lentamente escorregando até cair sentada no chão, me senti derrotada, meus pais morreram e eu não pude dar adeus, eu queria ter a chance de me despedir e dizer o quanto eu os amo, mesmo que eles tenham sido pais ausentes na minha vida eu seria eternamente grata a eles.


Helena se aproximou cautelosamente e se sentou do meu lado, ela não disse nada apenas me puxou pra chorar em seu ombro, abracei ela com toda força que eu ainda tinha e deixem as lagrimas rolarem enquanto ela acariciava meu cabelo.


- Ta doendo - disse entre soluços colocando a mão em meu peito.


- Shiii, vai passar! - acabei adormecendo em seus braços ali mesmo no corredor...

Eles estavam sorrindo, bati a foto e olhei para eles

- Agora vem cá, vamos tirar uma foto todos juntos - sorri

- Ah não mãe! Só tiro foto com vocês se fizerem uma pose bem bonita pra foto - disse divertida preparando a câmera - Vai pai, da um beijo na mamãe, um beijo apaixonado como na foto do casamento de vocês - o retrato do casamento deles sempre foi o meu preferido, dava pra ver todo amor que eles sentiam um pelo outro só de olhar a foto - vai pai!! - disse impaciente e ele a beijou e eu bati a foto olhando a mesma logo em seguida, havia ficado perfeita. Coloquei a câmera no cronometro e a posicionei na mesa, corri até meus pais e os abracei dando língua, enquanto eles sorriam para a foto

Acordei com meu celular tocando, recusei a chamada sem ao menos ver quem era, não estava afim de falar com ninguém, olhei pra escrivaninha e lá estava o porta retrato com minha foto com meus pais a qual eu havia acabado de sonhar, me levantei e peguei o mesmo, fiquei encarando a foto e não pude deixar de sorrir, coloquei o porta retrato sobre o peito e respirei fundo.

The crime is my lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora