Perfect - H.S

Capítulo 1

- Vamos amor! - escutei a voz abafada de Erick no andar de baixo.

Me chamo Jennifer, tenho 21 anos. Erick é o meu atual namorado, estamos juntos à oito meses. Ele é uma pessoa importante na minha vida, pois foi ele que me ajudou em uma fase muito delicada, quando eu tinha acabado de terminar com o meu ex-namorado, Harry Styles.

Flashback on:

- É impossível conviver com você! Você é maluca! - disse Harry passando a mão em seus cabelos. Completamente exaltado.

- Maluca? Eu vi você olhando para aquela garota. Eu não sou cega sabia?! - Não tem como eu estar errada. Eu sei o que eu vi. Estávamos tendo um jantar incrível, até aquela garota aparecer. Eu a vi olhando pra ele e aposto que ele adorou a atenção. Claro que sim, ele é lindo, jovem e bem sucedido. Talvez eu não seja o suficiente pra ele.

- Eu desisto, cansei de procurar justificativas pra uma coisa que não tive culpa nenhuma!

- Ótimo - falei irônica. - Porque eu também cansei de bancar a trouxa, fingindo que não sei o que você faz nas minhas costas!

- Se desconfia tanto assim de mim porquê ainda está comigo?

- Você tem razão, não tem motivo nenhum pra estar com você! Então porquê você não vê se me esquece de uma vez! - falei firmemente, mesmo estando destruída por dentro por estar dizendo aquilo a ele. Não tenho como mensurar o quanto dói dizer essas palavras. Mas agora não importa, só quero pôr um ponto final nisso tudo.

- Vou esquecer mesmo! - falou com as bochechas vermelhas e olhos marejados, não sei se por raiva ou tristeza, me dando as costas e batendo a porta logo em seguida. É, acho que é raiva.

Eu permiti deixar as lágrimas que eu tanto segurava escorrerem livremente pelo meu rosto, caindo no sofá e encolhendo as pernas até encostar minha cabeça nos joelhos. Oh Deus, o que eu fiz?

Flashback off.

Desde aquele dia eu nunca mais o vi. Londres é bem grande, e decidi não manter muito contato com os amigos que tínhamos em comum. Acho que tenho medo de descobrir o quão feliz ele está sem mim.
Confesso que exagerei sobre tudo. Ao longo do tempo percebi que ele de fato não me traía, era tudo uma fantasia da minha cabeça. Mas não posso condenar a mim mesma por ter tido aquelas crises de ciúmes. Pois eu era jovem e insegura, totalmente diferente do que sou hoje. Eu não tinha me encontrado ainda. Sempre achei que eu não merecia uma pessoa como ele. Alguém gentil e bondoso, que faz questão de estar comigo. Foquei tanto nas qualidades que eu não tinha que me esqueci de valorizar as que eu tinha. Ele valorizava isso. Na verdade, ele sempre disse que eu tinha o coração mais lindo que ele já viu. Eu fingia acreditar no que ele dizia, porque eu não enxergava isso. Eu não conseguia me ver da mesma forma como ele me via.
Esses dois anos fizeram eu amadurecer bastante. Eu finalmente me encontrei. Descobri a maravilha que é sentir amor próprio, um pouquinho a cada dia.
Mas agora já é tarde demais para me arrepender pelo que fiz.
Tentei ao máximo superar aquilo, o que resultou em muitas noites sem dormir e meses sem conseguir assistir à filmes românticos. Tudo me lembrava do que eu tive e do que eu perdi.
Mas ele provavelmente seguiu em frente, então eu decidi fazer o mesmo. Não é como se eu tivesse outra opção. Quero dizer, existe um limite do quanto um ser humano consegue sentir pena de si mesmo, e em algum momento do meu luto amoroso eu atingi esse limite.

- Amor?

- Já estou quase pronta! - falei em um tom um pouco alto para ele poder me escutar.

- Vá rápido, por favor!

Desci as escadas com uma certa pressa, já que sei que Erick odeia atrasos.
Estava usando uma camisa solta com alguns botões, calça jeans azul clara, e um sapato de salto não muito alto. Usava uma maquiagem leve, e cabelos soltos. Nada muito extravagante já que trabalho como secretária em uma empresa de contabilidade.

Ao descer, Erick me dá um beijo rápido e em seguida vamos até o carro.
Faz parte da nossa rotina ele vir me buscar pela manhã, para me levar ao meu trabalho antes de seguir para o seu, mesmo sempre reclamando que está atrasado. Talvez eu precise comprar um carro.

- Droga! - praguejou quando o sinal fechou antes que ele pudesse atravessá-lo. Buzinou e preguejou novamente, mesmo sabendo que ninguém além de mim ouviria com os vidros fechados e que o trânsito não diminuiria por conta disso.
Eu definitivamente preciso comprar um carro.
***

Bom gente, eu realmente espero que vocês tenham gostado desse primeiro cap.
É apenas o comecinho da história, então garanto que não irão se arrepender se continuarem lendo.

Votem e comentem por favor, me ajudarão e me motivarão muito se fizerem isso!

Beijo, e até o próximo capítulo!